quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Opinião - "Nos Meandros da Lei", Michael Connely

Sinopse:

“«Não há cliente mais assustador que um homem inocente.» Para Mickey Haller, advogado de defesa na cidade de Los Angeles, a frase não podia ter mais significado. Entre os traficantes de droga, vigaristas e condutores embriagados que engrossam a sua lista de multifacetados clientes, há poucas hipóteses de ter de defender alguém inocente. No entanto, Mickey está prestes a aceitar o caso que vai pôr tudo aquilo em que a sua vida assenta para além da dúvida razoável. E se o homem errado estiver atrás das grades enquanto o verdadeiro assassino anda à solta? Thriller irrepreensível que revela o lado sinistramente perigoso da justiça, Nos Meandros da Lei é o romance que pôs Michael Connelly ao lado de nomes como John Grisham e David Baldacci.”


Opinião:

“Nos Meandros da Lei” é mais um thriller que me arrisquei a ler. É, sem dúvida, um género que tenho vindo a apreciar e que até este ano não tinha experimentado. Posso dizer que foi um livro de agradável leitura, leve, repleto do suspense característico de um thriller e que leva o leitor a grande velocidade até às últimas páginas.

Ao longo deste livro, Michael Connely retrata directa ou indirectamente o que é a justiça. Mickey Haller é um advogado da defesa, sendo que esta função inclui quer a defesa de clientes inocentes, quer a defesa de clientes culpados. E, por estranho que possa parecer, a maioria dos seus clientes são culpados, sendo que o conceito de inocência dificilmente lhe surge na mente. Até que um dia, surge um cliente que faz o advogado pôr tudo aquilo em que acredita em causa, inclusive casos já encerrados.

Considero a premissa em que a obra assenta muito interessante, principalmente não tendo eu nenhuns conhecimentos sobre a área judicial. Conhecer as diferentes entidades que actuam num processo de tribunal, desde a polícia, até aos procuradores, advogados de defesa, juiz e até os júris, por si só fez com que visse nela um grande potencial.

No entanto, a verdade é que esse potencial que se vislumbra quer na sinopse, quer mesmo durante a leitura do livro, não atinge o seu climax. Isto não por falta de suspense, nem por falta de conteúdo, pois como já referi é um livro interessante e que se lê num abrir e fechar de olhos, mas sim pela ausência de explicações necessárias no meu ver ao encerramento do caso e porque, em certos momentos da narrativa, a exposição de ideias não era suficientemente clara para o seu completo entendimento.

Como exemplo disto, é de referir a não explicação da relação entre Martha Renteria e Regina Campo, a qual me pareceu de grande importância não só para a conclusão do caso, mas para a base de todas as teorias em que o livro assenta.

Apesar disto, é um bom livro na medida em que nos proporciona uma boa leitura, suspense e ligação com as suas personagens, aspecto que considero essencial numa obra. Fico com vontade de ler mais livros do autor, no entanto, espero que o próximo me traga um autor mais maduro, com menos imperfeições e uma história com bases mais sólidas.




Para quem não sabe, este filme foi adaptado para o cinema. Aqui fica o trailer!



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