quarta-feira, 1 de julho de 2015

Opinião - " Contos da Montanha", Miguel Torga

Sinopse:

"Miguel Torga publicou em 1941 o livro de Contos Montanha, que imediatamente foi apreendido pela polícia política. Em carta de Abril desse ano, Vitorino Nemésio, solidarizando-se com o amigo, escreveu a propósito dessa apreensão: «Acho a coisa tão estranha e arbitrária que não encontro palavras. De resto, para quê palavras se nelas é que está o crime?» Em 1955, Miguel Torga fez uma segunda edição no Brasil, com o título Contos da Montanha. A edição da Pongetti circulou clandestinamente em Portugal, assim como a 3.ª edição, de 1962. Em 1968, a obra Contos da Montanha foi de novo publicada em Coimbra, em edição do autor."


Opinião:

"Contos da montanha" foi o primeiro livro que li de Miguel Torga. A curiosidade sobre esta colectânea surgiu após a referência por um professor  durante uma aula, assegurando que era um livro obrigatório para todos os médicos. Fiquei intrigada com a afirmação e decidi então adquirir o livro.

Quando se lê em português há algo que nos sabe sempre bem: a sonoridade da escrita que traduz a típica língua portuguesa. As expressões são aquelas que ouvimos diariamente, e a construção das frases é semelhante ao que estamos habituados no nosso dia-a-dia.

Com esta obra, Miguel Torga apresenta-nos histórias muito cativantes e bem construídas, com personagens que personificam as almas tipicamente portuguesas. As pessoas que encontramos e adoramos pelo nosso país fora são o alvo de estudo e reflexão deste autor. As pequenas narrativas criadas levaram-me em vários momentos a sorrir, a reflectir e a ver com outros olhos certas situações do quotidiano. 

Todavia, acima de tudo, foram histórias que me levaram a sentir o coração a partir como o das personagens, a sorrir com as suas alegrias e a percorrer a sua viagem de auto-descoberta. 

Esta colectânea é um livro que faz sentido ser lido por todos. É um belo estudo do que é ser português e acima de tudo, o que constitui uma pessoa.


" Enquanto se anda neste mundo, não há remédio senão fazer pela vida."


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