terça-feira, 19 de julho de 2016

Opinião “Herança de Fogo”, Nora Roberts

Sinopse:

“Esta é a história de Maggie Concannon. Talentosa e rebelde, Maggie é uma artista que trabalha o vidro. As suas obras de arte são mais do que apenas objectos belos, são reflexos da sua verdadeira natureza. Até que um dia, Rogan Sweeney, dono de uma das galerias mais sofisticadas de Dublin, descobre o seu trabalho. Se por um lado Rogan é um profissional e quer fazer dela uma artista conhecida e bem sucedida, por outro o seu coração atraiçoa-o pois está completamente apaixonado por aquela mulher rebelde e explosiva. Apesar de Maggie sentir o mesmo, uma relação entre ambos nunca poderá ser fácil… ou não houvesse um passado negro a assombrar o futuro...”



Opinião:

Como já devem saber, Nora Roberts tem um registo muito próprio. Sempre que pego num livro da autora, sei exactamente o tipo de leitura que vou encontrar – um romance, com as suas particularidades que diferem de livro para livro, mas que termina normalmente da forma mais doce possível. Assim, há que compreender que não é uma obra que agrade todo o tipo de leitores, mas que consegue cumprir muito bem o seu propósito para quem gosta do género.

Como já referi também noutras opiniões, este livro não se enquadra na categoria de livros brilhantes e complexos. No entanto, se há coisa que a autora faz muito bem em cada livro que escreve é a caracterização das suas personagens.

Em Herança de Fogo - o primeiro volume da Trilogia da Herança - ficamos a conhecer a história de Maggie Concannon. E, apesar de à priori não me identificar nem gostar muito desta personagem principal, a verdade é que à medida que progredi na leitura fui compreendendo melhor o seu feitio e os seus motivos para ser assim. E, no fim, cheguei à conclusão que tinha à minha frente uma grande mulher. E isto não deveria ser surpresa nenhuma para mim, uma vez que em cada livro de Nora Roberts encontramos personagens femininas muito diferentes, mas com um carácter e personalidade muito fortes.

Maggie, como nos diz logo a sinopse, é uma mulher “talentosa e rebelde”. Contrariamente à sua irmã – Brianna – que irei conhecer no próximo volume, é dona de si e independente. No entanto, toda esta rebeldia e segurança não passa de uma máscara que Maggie coloca em si todos os dias. Ao longo da narrativa, através de Rogan Sweeney, a máscara que tanto trabalho deu a construir não se segura muito bem e ficamos a conhecer a verdadeira Maggie Concannon :).

Assim, estamos perante um romance leve, de agradável leitura, capaz de satisfazer os fãs do género. Para quem como eu gosta de variar não só no tipo de leituras, mas também na sua intensidade, aqui fica mais uma recomendação.



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