segunda-feira, 4 de julho de 2016

Opinião “A Seleção”, “A Elite” e “A Escolha”, Kiera Cass

Para começar tenho que dizer que li estes três livros de um folgo só, e por razões que acabarei por explicar, resolvi juntar as opiniões. No entanto, para evitar qualquer tipo de spoiler deixo apenas aqui a sinopse de "A Seleção" - o primeiro volume.


Sinopse:

"Para trinta e cinco garotas, a Seleção é a chance de uma vida. É a oportunidade de ser alçada a um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha. Para America Singer, no entanto, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás o rapaz que ama. Abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. E viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes. Então America conhece pessoalmente o príncipe - e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que nunca tinha ousado imaginar."


Opinião:

“A Seleção” foi certamente o melhor livro que podia ter escolhido para ler na altura em que o li! Isto claro seguindo os conselhos da bloguinha Sofia, que já tinha lido esta trilogia. Num momento de muito stress, nervosismo e ansiedade, mas ao mesmo tempo com muito tempo livre, fui folheando as páginas desta obra, sabendo à priori que estava a enveredar numa leitura descontraída e muito boa no entretenimento. 

Não é de todo uma obra brilhante, nem rica em pormenores e descrições. A história é muito simples, tendo por base no entanto conteúdos que teriam muito potencial e que enriqueciam a narrativa se fossem devidamente explorados. “A Seleção” consiste, como o próprio nome indica, na seleção de 35 candidatas para conhecer o príncipe Maxon e, eventualmente, casar com ele. 

Para além dos pontos positivos de casar com um príncipe, a verdade é que participar neste “jogo”, como diz a sinopse e bem, permite a várias jovens uma nova vida, assim como às suas respectivas famílias. 

A narrativa decorre como se tivéssemos parado no tempo, sem capacidade de evolução. Quem nasceu pobre mantém-se pobre, independentemente do esforço e quem nasceu rico mantém-se rico. E logo aqui podemos ver as injustiças e prever a existência de rebeldes, que curiosamente para algumas personagens era motivo de surpresa. E, a partir do momento em que estas jovens são seleccionadas, a sua posição social sobe, mesmo que eliminadas durante o concurso.

Assim, ao longo da obra vamos como que assistindo à interação das diferentes personagens, e criando as nossas próprias opiniões sobre elas. Apesar de o Príncipe Maxon ter supostamente um lugar de destaque nesta que é a escolha da mulher com quem irá casar, a verdade é que acabamos por conhecer a realidade deste concurso sempre um pouco enviesada pelos olhos de América Singer – uma das raparigas selecionadas de casta 5, onde predomina a falta de recursos. 

Como os títulos indicam, em cada livro vamos acompanhando as diferentes fases deste concurso:

A Seleção das 35 candidatas


Ao longo de uma semana, as raparigas de diferentes castas deixam o seu nome, fotografia e competências para esta seleção. No entanto, contrariamente ao que seria de esperar, America não se inscreve propriamente por vontade própria, mas sim incentivada pela mãe, pela irmã e até pelo amor da sua vida.


Para quem ainda não leu o primeiro volume, a restante opinião não contém spoilers directos, mas é possível que contenha sugestões de alguns acontecimentos.


Ficamos a conhecer a Elite


Apenas 6 candidatas chegam a esta fase, e é aqui que o leitor começa a conhecer melhor cada uma delas, os seus motivos e os seus desejos. Apesar de inicialmente inscrita na competição sem grande vontade, à medida que America conhece Maxon, as mágoas que reinavam o seu coração quando chegou vão sendo empurradas para baixo, ficando à superfície a alegria, a curiosidade e até o amor.

 A Escolha do Príncipe Maxon


E é com "A Escolha" que esta trilogia, centrada no casamento de Príncipe Maxon, termina. E, apesar de olhando para a capa esperarmos sempre um conto de fadas, a vida real não é um conto de fadas e a de Príncipe Maxon também não. Principalmente ao longo deste último volume, o amor é posto à prova e "A Escolha" não é tão fácil, limpa e clara como achávamos que iria ser.

Finalmente, a autora deu verdadeiramente a voz a Maxon neste último livro, atribuindo-lhe  carácter e personalidade que até então era pouco convincente. 


Sendo uma trilogia de puro entretenimento, sinto que não devo revelar mais sobre a história. No entanto, relembro que é uma leitura fácil, leve e capaz de cumprir o seu propósito. :)




Podem ler a opinião da sofia de "A Seleção", "A Elite" e "A Escolha".

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