quarta-feira, 14 de maio de 2014

Teria eu quem me quisesse



Teria eu quem me quisesse,
Quem me ouvisse a debitar conhecimento inútil
E o escrevesse na parede,
Ou na janela,
Escutasse minha prece.
Teria eu quem me quisesse,
E tu em que acreditar.

São pobres e são parcas as palavras
Que me apetece dizer
Ou doar para o mundo ouvir.
Público não me faz companhia.
Preciso é de alguém que me ature.



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