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terça-feira, 30 de abril de 2019

Opinião "A Ilha do Dr Moreau", HG Wells

Sinopse

"Em 1887, o navio Lady Vain naufraga no Pacífico. À deriva e sem esperanças de sobreviver em alto mar, Charles Prendick é resgatado por um navio, chefiado pelo doutor Montgomery, com uma missão invulgar: levar algumas espécies de animais selvagens para uma pequena ilha do Pacífico. Ainda debilitado, Prendick é obrigado a desembarcar na ilha, onde conhece a estranha figura do Dr Moreau, um cientista que, exilado em consequência de controversas pesquisas em Inglaterra, realiza experiências macabras com animais."

Opinião

Quando resolvi ler este clássico, após me ter deparado com uma edição a bom preço numa pilha de livros usados, não imaginava que seria tão complicado escrever uma opinião sobre ele. Já a tenho em atraso há alguns meses, e a verdade é que continuo a encontrar apenas uma palavra para o descrever: bizarro!

É narrado sob a perspectiva de Charles Prendick, um náufrago que é recolhido por uma embarcação e acaba por ser aceite numa ilha onde o misterioso Dr Moreau conduz experiências, tentando humanizar animais selvagens. Sem meios para deixar a ilha, Prendick vai aos poucos levantando o véu sobre os métodos pouco ortodoxos e resultados grotescos do cientista, enquanto tenta manter-se em segurança num local cheio de perigos.

E sim, é tão estranho como parece.

Porém, é notória a parábola por detrás da narrativa. Dr Moreau faz ciência sem ética, indiferente ao sofrimento que impõe e sem olhar às implicações para a humanidade. Por fim, sofre o único desfecho possível. Sendo uma obra que foi escrita em 1896, profetizou muitas das questões que se vieram a colocar em anos posteriores, com a Bioética e a procura de fazer ciência de forma responsável. É extremamente vanguardista para a sua época, e interessante por isso mesmo.

Na sua bizarria, tornou-se um marco da ficção científica, e será sempre intemporal!


terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Opinião "Psiquiatras: Uma História Por Contar", Jeffrey A. Lieberman

Sinopse

"A história fascinante das origens, percalços e triunfos da psiquiatria, pelo antigo presidente da Associação Americana de Psiquiatria. A psiquiatria percorreu um longo caminho desde os dias em que os «lunáticos» eram acorrentados em celas frias e exibidos como curiosidades de feira perante um público boquiaberto. Mas, como revela Jeffrey Lieberman nesta obra extraordinária, o caminho para a legitimação da «ovelha negra da medicina» tem sido tudo menos pacífico. O Dr. Lieberman conta a história da psiquiatria desde o seu nascimento como uma pseudociência mística, passando pela sua adolescência enquanto culto de «shrinks», à maturidade tardia - no pós-Segunda Guerra Mundial - como uma profissão cientificamente certificada e salvadora de vidas.

Na sua essência este livro é uma história de detetives, impulsionada pelas questões centrais: o que é uma doença mental e como pode ser tratada? Os verdadeiros heróis desta história são os homens e as mulheres que ousaram desafiar o status quo em busca de respostas. Com estudos de caso fascinantes e retratos pormenorizados dos luminares da psiquiatria, é uma leitura apaixonante e informativa e um apelo urgente ao fim do estigma das doenças mentais, que devem ser tratadas como doenças e não como condições infelizes e irremediáveis." - in Goodreads
 
Edição: 2016
Páginas: 416
ISBN: 9789896443887
 

Opinião

Será porventura impossível a minha opinião desta obra não sair enviesada, visto que a Psiquiatria é a área a que escolhi dedicar-me profissionalmente, e que considero tão interessante como importante para a sociedade em geral.

Desenganem-se, no entanto, aqueles que esperam encontrar neste livro um manual de Psiquiatria. Jeffrey Lieberman consegue, sem se desligar da sua profissão, assumir o papel de contador de histórias para nos levar numa viagem desde os primeiros momentos históricos em que se começaram a pensar as doenças da mente até à era da Psiquiatria moderna. Inclui ainda episódios tanto da sua prática clínica como da sua vida pessoal para mostrar ao leitor menos conhecedor a realidade da doença mental.

Penso que nos encontramos num ponto em que, apesar de todos os avanços científicos na área, informação disponível ao público e dos esforços dos profissionais, há ainda um grande peso do estigma no que concerne a doença mental, e uma cortina de desconfiança que envolve a Psiquiatria. Conhecer a sua história e aumentar a literacia em Saúde Mental são factores importantíssimos no combate a este estigma - Psiquiatras fá-lo de uma forma acessível e entusiasmante. Recomendo tanto a profissionais da área como ao público em geral!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Novidade Bertrand Editora - "Histórias Assim", Rudyard Kipling

Sinopse:

"Ao longo deste livro maravilhosamente ilustrado, reencontramos o humor e delicadeza de Rudyard Kipling, Prémio Nobel da Literatura, em 1907. Nestes doze contos, o autor de O Livro da Selva soube criar uma cumplicidade imediata e ternurenta com os leitores. São histórias para serem lidas em voz alta, saboreadas e partilhadas com todos. Não se esquecem Histórias Assim: Como a Baleia arranjou a sua garganta, Como o Camelo arranjou a sua bossa, Como o Rinoceronte arranjou a sua pele, Como o Leopardo arranjou as suas pintas, O Filho de Elefante, A Cantilena do velho Canguru, Como apareceram os Tatus, Como se escreveu a primeira Carta, Como se inventou o Alfabeto, O Caranguejo que brincou com o mar, O Gato que andava sozinho, A Borboleta que bateu com o pé."

Género: Infantil/Fábulas
Tradução: Ana Mafalda Tello/ João Quina Edições
Nº Páginas: 110
Formato: Capa dura
ISBN: 978-972-25-3260-0

Sobre o autor:

"Rudyard Kipling nasceu em Bombaim, Índia, filho de pais britânicos, em 1865. Foi para o Reino Unido em 1871, na companhia da sua irmã, para estudar. Autor de várias obras mundialmente reconhecidas, recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1907. Faleceu em 1936, em Londres."



 Para mais informações, consulte o site da Bertrand Editora

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Opinião "O Deus das Pequenas Coisas", Arundhati Roy

Sinopse

"O Deus das Pequenas Coisas é a história de três gerações de uma família da região de Kerala, no sul da Índia, que se dispersa por todo o mundo e se reencontra na sua terra natal. Uma história feita de muitas histórias. A história dos gémeos Estha e Rahel, nascidos em 1962, por entre notícias de uma guerra perdida. A de sua mãe Ammu, que ama de noite o homem que os filhos amam de dia, e de Velutha, o intocável deus das pequenas coisas. A da avó Mammachi, a matriarca cujo corpo guarda cicatrizes da violência de Pappachi. A do tio Chacko, que anseia pela visita da ex-mulher inglesa, Margaret, e da filha de ambos, Sophie Mol. A da sua tia-avó mais nova, Baby Kochamma, resignada a adiar para a eternidade o seu amor terreno pelo Padre Mulligan. Estas são as pequenas histórias de uma família que vive numa época conturbada e de um país cuja essência parece eterna. Onde só as pequenas coisas são ditas e as grandes coisas permanecem por dizer. O Deus das Pequenos Coisas é uma apaixonante saga familiar que, pelos seus rasgos de realismo mágico, levou a crítica a comparar Arundhati Roy com Salmon Rushdie e García Márquez, e lhe valeu o Booker Prize."

Opinião

“O Deus das Pequenas Coisas” é, como a própria sinopse indica, uma saga familiar, povoada de personagens tão diversas quanto únicas. A história é construída em torno dos gémeos Estha e Rahel, e é em grande parte um reflexo da sua percepção infantil do mundo. Estabelece desde o início um paralelismo com a relação dos gémeos depois de adultos, revelando aos poucos os acontecimentos terríveis que os afastaram e alteraram irremediavelmente o rumo da família.

É uma obra que dá gosto explorar, sendo que a imaginação dos gémeos está presente em cada página, a par da sua inocência, que contrasta com a intolerância típica do sistema de castas da sociedade indiana e das diferenças sociais entre patrões e operários, numa altura em que a importância dos sindicatos emergia. É uma viagem que vale a pena fazer a um país muito diferente do nosso, num tempo que o distancia ainda mais da nossa realidade. No entanto, senti por vezes que a lente pueril através da qual se olha para esta sociedade acaba por se tornar excessiva, sobretudo com o avançar da história.

Apesar disso, é uma obra cheia de ternura, onde o amor materno e fraternal e as diferenças e conflitos familiares estão bem patentes. Uma história profundamente bonita, em que a mágoa pelo que outrora foi e os motivos do afastamento são expostos sem pudores. A perda está patente desde o início, com o relato dos gémeos em idade adulta, e a tristeza do desolamento e da solidão é gradualmente explorada sem eufemismos.

Foi uma leitura da qual gostei bastante, vencedora do Booker Prize. É rica em emoções, e um relato tocante de uma realidade muito longínqua da nossa através dos olhos de personagens interessantes e diversas. Em resumo, uma leitura que recomendo!


domingo, 14 de junho de 2015

Resultado Passatempo 1° Aniversário (#19) - Circulo de Leitores

Chegou ao fim o nosso décimo nono passatempo de aniversário, e portanto está na altura de revelar quem vai receber o exemplar oferecido pelo Circulo de Leitores.
 

Tivemos 120 participações individuais, sendo que 99 foram válidas.
Após verificação da partilha do passatempo numa rede social, tivemos um total de 172 participações válidas.
O sorteio foi realizado via random.org, que ditou que o vencedor é ...

 
 


Parabéns Filomena Sousa!
Receberás em breve um e-mail da nossa parte. Desejamos-te uma boa viagem literária! :)


A todos os que participaram, muito obrigada, e esperamos que continuem a tentar! Nunca se sabe quando será a vossa vez de vencer!


Boas viagens,

Bloguinhas

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Passatempo 1º Aniversário (#19) - Circulo de Leitores

É com grande ânimo que podemos contar com o apoio do Círculo de Leitores neste nosso 1º Aniversário! Deixamos aqui o nosso grande obrigada à editora pela sua colaboração.


Assim, o blog em colaboração com o Círculo de Leitores tem para oferecer o seguinte exemplar a 1 leitor sortudo!


"Rapariga Silenciosa", Tess Gerritsen



Sinopse:

"Um corpo desmembrado e vestígios de um animal junto às feridas. Esta é a misteriosa morte que Rizolli e Isles têm de resolver. Há alguns anos, naquelas mesmas ruas da Chinatown de Boston, teve lugar um massacre nunca deslindado e uma das sobreviventes manteve até hoje o silêncio, por medo. Mestre em artes marciais, esta mulher é a chave para a resolução de mais um crime. Mas conseguirá a dupla de investigadoras convencê-la a falar? Adaptado ao pequeno ecrã, Rapariga Silenciosa é um daqueles livros que, entre o medo e a curiosidade, não vai conseguir parar de ler. A rainha do thriller americano está de volta com mais uma aventura da dupla de detetives de Boston, Jane Rizzoli e Maura Isles. Científica e meticulosa, Tess Gerritsen combina os seus conhecimentos em medicina com um singular registo de suspense, criando autênticos enredos de mistério. Os seus livros estão traduzidos para 40 línguas e contam já mais de 25 milhões de exemplares vendidos, em todo o mundo."


Mais informações aqui.


As participações são válidas até ao dia 18 de Maio de 2015. Leiam atentamente as regras de participação. O vencedor será contactado por email. O envio do livro está a cargo do blog.


Regras de Participação:

1. Apenas será permitida uma participação por pessoa/email.
2. A partilha numa rede social (Facebook, Twitter, Google+) permite uma entrada extra no passatempo.
3. Para participar é obrigatório ser seguidor do blog Bloguinhas Paradise. 
4. Para participar é obrigatório colocar "gosto" na página do Facebook de Bloguinhas Paradise.
5. Colocar "gosto" na página do Facebook da Circulo de Leitores.
6. O vencedor será determinado pela aleatorização das participações válidas.
7. Neste passatempo apenas serão aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
8. O blog não se responsabiliza por eventuais extravios dos CTT.



quinta-feira, 24 de abril de 2014

Opinião - " Epidemia", Robin Cook

Sinopse

“Quando o director de uma clínica em Los Angeles, além de sete pacientes, cai vítima de um vírus impossível de tratar – e violentamente contagioso -, o Centro de Controlo da Doença de Atlanta entra em estado de alerta máximo. A menos que o vírus seja isolado e dominado, a Humanidade pode estar perante a sua mais grave crise médica desde a peste negra.Nomeada pelo Centro de Controlo de Doença para investigar o problema, a Dr.ª Marissa Blumenthal depressa se vê envolvida no pior dos pesadelos. O caso da Califórnia é apenas o primeiro de uma série crescente de surtos que ocorrem em zonas geográficas sem qualquer relação entre si, mas com intrigantes pontos comuns: os locais são sempre instalações dedicadas ao cuidado da saúde, e as vítimas são apenas médicos ou pacientes seus.À medida que a investigação vai progredindo por meandros cada vez mais bizarros, Marissa descobre que por detrás da ameaça natural existe uma possibilidade muito mais sinistra: sabotagem. Antes de descobrir a verdade, Marissa tem de vencer a fúria dos seus superiores, as dúvidas dos colegas e a ira da poderosa conspiração que jurou alcançar os fins que tem em vista, seja qual for o seu preço em vidas humanas – incluindo a de Marissa. 
O Dr. Robin Cook é um prestigiado médico oftalmologista norte-americano, doutorado em Harvard. É reconhecido como o fundador do género literário «thriller médico» e há trinta anos que se mantém como o autor de maior sucesso deste género a nível mundial.”

Opinião

Este livro não foi daqueles que me deixou ansiosamente à espera de o voltar a ler, nem me levou a ficar presa aos acontecimentos que nele se desenvolviam.

Apresenta uma escrita simples, com termos que, apesar de técnicos e específicos da profissão médica, são bem explicados ao leitor; no entanto, o desenrolar da história e peripécias da personagem principal são por vezes demasiado previsíveis

A história foca–se, maioritariamente, numa personagem e, habitualmente, não vejo problema nisso, mas o constante mudar de personalidade, atitude e comportamento da mesma a cada virar de página fizeram-me perder a ligação com esta e a consequentemente não me envolver tanto com a história.

Não sendo o primeiro livro que li deste autor, fiquei um pouco desiludida, pois estava à espera do suspense que vivi em livros anteriores dele, mas apesar de tudo, é um livro que se lê tranquilamente, sem duplos significados escondidos em cada frase e uma excelente maneira de descontrair num final de tarde.