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sexta-feira, 6 de maio de 2022

Wrap-up de Abril

 

Depois de um mês de Março repleto de stress por estes lados, Abril foi o mês para relaxar. Apesar de não termos feito tantas leituras quanto gostaríamos, tivemos muito boas leituras: a destacar 3 livrinhos com 5 estrelinhas.

Classificação Temática: Romance
Nº Páginas: 360
Editora: Porto Editora
Lido por Rosana Maia - Opinião aqui
🌟🌟🌟🌟🌟

Classificação Temática: Romance
Nº Páginas: 392
Editora: Bertrand
Lido por Rosana Maia - Opinião aqui
🌟🌟🌟🌟

Classificação Temática: Policial e Thriller
Nº Páginas: 264
Editora: Alma dos Livros
Lido por Bárbara Tomé - Opinião aqui
🌟🌟🌟

Classificação Temática: Romance
Nº Páginas: 136
Editora: Clube do Autor
Lido por Bárbara Tomé - Opinião aqui
🌟🌟🌟

Classificação Temática: Romance
Nº Páginas: 372
Editora: Clube do Autor
Lido por Rosana Maia - Opinião aqui
🌟🌟🌟

Classificação Temática: Romance
Nº Páginas: 320
Editora: Topseller / Penguin Livros
Lido por Rosana Maia - Opinião aqui
🌟🌟🌟🌟🌟

Classificação Temática: Romance
Nº Páginas: 480
Editora: Casa das Letras / Leya
Lido por Bárbara Tomé - Opinião aqui
🌟🌟🌟🌟🌟

E vocês? Como foi o mês de Abril? :)
Já leram algum destes livros?

Boas viagens,

Bloguinhas

quinta-feira, 5 de maio de 2022

Opinião " O Último Xeque-Mate", Gabriella Saab

Sinopse

Podem ler a sinopse aqui.  


Opinião  

Não li muitos livros passados no período da II Guerra Mundial, mas gostei bastante dos que li e, por isso, fiquei muito entusiasmada com a oferta da Leya de O Último Xeque-Mate, de Gabriella Saab. 

O Último Xeque-Mate apresenta-nos Maria Florkowska, uma jovem de 14 anos que se junta à resistência polaca. Maria e a sua família são capturados e enviados para Auschwitz. A sua amada família é morta à chegada, mas Maria é poupada. Rapidamente, o delegado do campo, Fritzsch, vê em Maria um entretenimento fácil dada a sua habilidade para jogar xadrez. Conseguem imaginar terem 14 anos, serem brutalmente espancados, verem a vossa família morta e estarem completamente sozinhos num campo de trabalhos forçados? Pois, nem eu.

Durante a narrativa acompanhamos Maria no seu dia-a-dia dentro do campo, e vivemos com ela todas as adversidades porque tem de passar, todos os castigos, a fome, o frio, a presença constante da morte. Este é um livro muito visual, e, por isso, muito doloroso. Conseguimos, através da protagonista, quase cheirar a sujidade, a podridão e a morte que a rodeiam, e arrepiamos-nos quando ela tem frio, choramos quando ela chora. Como devem imaginar é um livro difícil de ler, mas que ao mesmo tempo é tão viciante, a autora conseguiu encontrar um equilíbrio que torna esta leitura perfeita.

Apesar de todas as atrocidades que Maria tem de sofrer, há nesta protagonista uma chama que teima em não se extinguir, e que de alguma forma a mantém viva, e nos dá alento para prosseguirmos a leitura.

O desejo mais profundo de Maria é um jogo final com Fritzsch, Maria anseia o derradeiro Xeque-Mate, e que se faça justiça. Uma justiça impossível face aos crimes hediondos praticados.

O Último Xeque-Mate é daqueles livros que está connosco todo dia mesmo quando não o estamos a ler, é um livro que nos aproxima de uma realidade distante e tenebrosa e que não pode ser esquecida, principalmente nos tempos críticos que estamos a viver. 

Muitos dos eventos históricos inseridos na narrativa aconteceram mesmo e alguns dos seus personagens existiram, o que torna o livro ainda mais real e doloroso. 

Ouvi falar muito pouco deste livro nas redes sociais e ele merece mais visibilidade, quer para os leitores que adoram ficção da II Guerra Mundial, quer para leitores como eu, que, não sendo uma leitora assídua desta temática, adorei. O Último Xeque-Mate já se tornou um dos favoritos do ano e está a espera que vocês o leiam!!


domingo, 15 de setembro de 2019

Opinião "Sono", de Haruki Murakami

Sinopse

«Há dezassete dias que não durmo.»
Assim tem início a história que Haruki Murakami imaginou e escreveu sobre uma mulher que, certo dia, deixou de conseguir dormir. Pela calada da noite, enquanto o marido e o filho dormem o sono dos justos, ela começa uma segunda vida. E, de um momento para o outro, as noites tornam-se de longe mais interessantes do que os dias... mas também, escusado será dizer, mais perigosas.

Opinião 

Comprei este livro por se terem juntados três motivos que me pareceram muito válidos: o livro é esteticamente muito bem conseguido, possuindo uma robusta capa dura e ilustrações maravilhosas, o preço apetecível a que o encontrei pesou muito na minha veia consumista, e o autor, Haruki Murakami, do qual nunca havia lido nada, no entanto, estava curiosa por ler algo deste escritor japonês contemporâneo tão aclamado pela crítica.

Murakami conta-nos em Sono a estranha história de uma mulher, da qual nunca vimos a saber o nome, o que sempre me agrada, a despersonalização, como se esta mulher pudesse ser qualquer pessoa. A protagonista não só não dorme há 17 dias como não tem sono ou qualquer sintoma de exaustão, pelo contrário, passa a ocupar a sua noite com actividades que há muito tinha esquecido gostar de fazer e que a definiam. Presa à vida monótona e rotineira e às obrigações familiares vivia de forma mecânica, como de resto vivemos todos ou quase todos, e de certa forma a insónia acordou-a para a tomada de consciência de que vivia inconsciente. 

O acto de dormir surge assim, provavelmente na perspectiva do autor, como um mecanismo reparador que apazigua as inquietudes, que nos impede de sair da Caverna de Platão e de ver para além das sombras, que nos desliga e nos mantém neste torpor onde estamos emersos. 

Vivemos inconscientes, e talvez seja essa a única maneira de suportar a vida. Dar de caras com uma existência sem sentido, com o absurdo de Camus é demasiado assustador. Talvez seja melhor dormir e desfrutar a inocência de viver sem analisar de Bernardo Soares.

A insónia funcionou como uma falha no sistema que nos impede de ver que a realidade é tão-somente o que conseguimos abarcar, uma falha no sistema que nos mantém como peões num jogo de tabuleiro, cujas regras desconhecemos, manuseados por invisíveis mãos que ao longo dos tempos têm pertencido a diferentes Deuses. 


Sono é assim uma leitura interessante com nuances de ensaio filosófico, uma espécie de conto meio surrealista meio fatalista, em que a protagonista se abstrai tanto da realidade que talvez tenha alcançado a transcendência. Acredito que esta seja uma leitura aberta a outras interpretações, e que por isso não seja um entretenimento para um público geral. 

Muitos leitores não gostaram do final por ser demasiado abrupto e aberto, inicialmente também eu procurei as páginas que achei estarem em falta no meu exemplar, mas depois de reflectir aceitei que o fim seja mais óbvio e linear do que aparenta, já que a única maneira de sobrevivermos e a única existência que nos foi permitida é aquela que conhecemos e mesmo após breves laivos de lucidez sabemos que é melhor cair no sono e dormir. 

Termino com uma passagem do Livro do Desassossego de Bernardo Soares que durante a leitura me surgiu de imediato no pensamento. 

Dorme, porque todos dormimos. Toda a vida é um sonho. Ninguém sabe o que faz, ninguém sabe o que quer, ninguém sabe o que sabe. Dormimos a vida, eternas crianças do Destino. Por isso sinto, se penso com esta sensação, uma ternura informe e imensa por toda a humanidade infantil, por toda a vida social dormente, por todos, por tudo.




segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Opinião " Quando o Deserto Floresce e outras histórias", Prem Rawat

Sinopse:


"Se não entende que estar vivo é, por si só, uma fonte de felicidade, ainda lhe falta uma peça do puzzle.

Quando o deserto floresce e outras histórias é um pequeno livro inspirador, onde, em cada uma das pequenas e deliciosas fábulas que o compõem, encontramos pistas sobre como utilizar as ferramentas interiores de que cada um de nós dispõe para nos ajudar a tomar individualmente as decisões que vão condicionando o nosso percurso. 
De leitura acessível, é um pequeno tao para compreender o valor da vida, desde o sucesso à relação com o próximo.
A informação que assimilamos é importante mas, para aquilo que é essencial na vida, precisamos de nos conhecer."
 
 

Opinião:

"Quando o Deserto Floresce e outras histórias" não é o tipo de livro que estou habituada a ler, no entanto quando a Casa das Letras ofereceu um exemplar para leitura e opinião pareceu-me um modelo curioso de livro e por isso comecei a sua leitura.

Esta obra está dividida em capítulos associados a uma palavra que o autor considera a base para a explicação da sua abordagem perante a vida. Cada secção tem uma fábula seguida de uma pequena interpretação dada pelo autor e de como ele aplica essa lição no seu dia-a-dia. Todas as suas explicações são escritas de formas simples e sem preconceitos ou juízos de valor, contando apenas o que ele considera a melhor atitude para obter uma vida melhor.

Além do mais, o autor é alguém experiente no que toca ao apelo à paz e com muita prática em transmitir os seus valores. De facto, mais para o final do livro tem algumas das suas respostas a perguntas colocadas em palestras que deu. 

Para além disso, para os mais curiosos possui no fim uma explicação sobre a vida do autor e os seus feitos, que começaram quando ele ainda era muito novo.

Deste modo, mesmo para aqueles que não são fãs deste tipo de livro, possui fábulas muito didácticas e que podem ser contadas não só a adultos mas também a crianças mais novas, e também nos apresenta um autor com um exemplo de história de vida. 

Por fim, agradeço à Casa das Letras por ter oferecido um exemplar para leitura e opinião.