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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Opinião “O Rapaz do Pijama às Riscas”, John Boyne

Sinopse:

Ao regressar da escola um dia, Bruno constata que as suas coisas estão a ser empacotadas. O seu pai tinha sido promovido no trabalho e toda a família tem de deixar a luxuosa casa onde vivia e mudar-se para outra cidade, onde Bruno não encontra ninguém com quem brincar nem nada para fazer. Pior do que isso, a nova casa é delimitada por uma vedação de arame que se estende a perder de vista e que o isola das pessoas que ele consegue ver, através da janela, do outro lado da vedação, as quais, curiosamente, usam todas um pijama às riscas. Como Bruno adora fazer explorações, certo dia, desobedecendo às ordens expressas do pai, resolve investigar até onde vai a vedação. É então que encontra um rapazinho mais ou menos da sua idade, vestido com o pijama às riscas que ele já tinha observado, e que em breve se torna o seu melhor amigo…


Opinião:

Para começar a minha participação deste ano no projeto Hol79 escolhi um livro dirigido até mais para o público infantojuvenil que, para grande vergonha minha, nunca tinha lido. E posso dizer que se trata de uma obra muito triste, mas maravilhosa. Mesmo como adulta, a leitura conseguiu deixar em mim a lagriminha no canto do olho.

Não são muitas páginas e, por isso, creio que também não me posso alongar no que revelo acerca da história. A narrativa desenrola-se em torno de Bruno, uma criança alemã de 9 anos, que se muda com a sua família para uma casa ao lado de um campo de concentração, uma vez que é para lá que o seu pai irá trabalhar. Mas como qualquer criança nesta idade, este não se apercebe do que de facto se passa à sua volta, e mesmo no seu país. E, se por um lado, a inocência é uma bênção, com esta obra vemos também os perigos da mesma em determinadas situações.

Perto da nova casa, Bruno faz uma nova amizade, diferente de todas as que algum dia teve, uma amizade que surge daquilo que melhor temos, as nossas conversas e o nosso coração. 

Assim, considero esta obra de leitura quase obrigatória, independentemente da idade. No entanto, saliento que a escrita é simples e claramente dirigida ao público mais jovem, tornando a sua leitura de certa forma mais leve, apesar do peso da mensagem que carrega.


🌟🌟🌟🌟🌟



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segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Novidade "Mais além, o mar", Laura Spence-Ash

Sinopse:

1940. Londres está em chamas.

Sob o intenso bombardeamento alemão, Millie e Reginald Thompson tomam a decisão mais difícil das suas vidas: enviar a filha de 11 anos, Beatrix, para longe da devastação da guerra, separando a família. É assim que Bea se junta ao grupo de crianças assustadas e solitárias que rumam aos Estados Unidos em busca de refúgio.

Já em Boston, é recebida pelos Gregory, que a integram carinhosamente nas suas rotinas descontraídas. Aos poucos, Bea habitua-se aos seus costumes, que incluem verões na costa do Maine, festas e muitos amigos. Aproxima-se dos seus novos “irmãos”, William e Gerald. A menina tímida vai dando lugar a uma jovem confiante e descontraída, que sente ali – com a sua família “emprestada” – a alegria que nunca sentiu com os pais na tristonha vida que partilhavam em Inglaterra. À medida que os anos passam, as recordações dessa existência anterior parecem evaporar-se – até ao dia em que, tendo terminado a guerra, recebe a notícia de que chegou a hora de regressar a casa.

Chegará como uma desconhecida a essa casa original de contornos agora esbatidos, onde a mãe a aguarda, incerta quanto ao futuro, com o coração irremediavelmente preso no passado.

ISBN: 9789892360287
Páginas: 384

Sobre a autora:

Laura Spence-Ash iniciou a sua carreira literária com Mais Além, o Mar, um êxito junto do público e da crítica, que a catapultou para a lista dos "10 Writers to Watch" da revista especializada Publishers Weekly, na Primavera de 2023. Laura foi a editora fundadora da CRAFT, uma revista literária online, e dá aulas em várias instituições, entre as quais se destaca a Universidade de Rutgers. Vive em Nova Jérsia, Estados Unidos.


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terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Leituras de Novembro

E o mês de Novembro foi repleto de boas leituras.
Destacamos a leitura 🌟🌟🌟🌟🌟 deste mês: O Rouxinol, Kristin Hannah.
Podem consultar algumas das opiniões já publicadas, em breve sairão as restantes.

Rosana Maia


A Casa de Gaian, Anne Bishop 🌟🌟🌟
O Rouxinol, Kristin Hannah 🌟🌟🌟🌟🌟
GILD, Raven Kennedy 🌟🌟🌟

Tiago Cunha


Rendez-vous com rama, Arthur C. Clarke 🌟🌟🌟🌟


E vocês? Como foram as vossas leituras durante o mês de Novembro? Recomendam algum livrinho?

Boas viagens,
Bloguinhas

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Novidade Grupo Leya - ASA - "Estilhaços", Bret Easton Ellis

Sinopse:

LOS ANGELES, 1981. Buckley College está ao rubro.

Bret tem 17 anos e está no último ano do liceu quando o seu caminho se cruza com o de um novo aluno com um passado misterioso. Robert Mallory é atraente, carismático, e esconde um segredo. A obsessão que Bret sente por ele só é igualada pela sua inquietação com o Arrastão, um assassino em série que parece estar a aproximar-se do seu grupo de amigos, provocando-os com ameaças grotescas e arrepiantes atos de violência.

As coincidências que se seguem são, de facto, estranhas, mas são também filtradas pela imaginação de um adolescente, cujo dom para construir narrativas está prestes a torná-lo uma sensação literária.
Pode Bret confiar nos seus amigos - ou na sua própria mente - para compreender o perigo que podem estar a correr?

Tendo como pano de fundo o cenário vívido e nostálgico de L.A. na era pré-Menos Que Zero, Estilhaços é uma fusão hipnotizante de factos e ficção que explora de forma brilhante a vida emocional de Bret aos 17 anos - sexo e ciúme, obsessão e fúria assassina.

ISBN: 9789892359458
ISBN do Ebook: 9789892359465
Editora: ASA
Ano de Edição / Impressão: 2023
Dimensões: 235 x 156 x 41 mm
Páginas: 624

Sobre o autor:

Bret Easton Ellis. Autor bestseller. Argumentista. Comentador social. Escreveu seis romances, uma coletânea de contos e um livro de não-ficção. As suas obras estão traduzidas em vinte e sete línguas. Vive em Los Angeles e é o criador do podcast The Bret Easton Ellis, disponível no Patreon.


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quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Novidade LEYA - ASA - "Murtagh", de Christopher Paolini

Sinopse:

O mundo não é mais um lugar seguro para o Cavaleiro do Dragão Murtagh e para o seu dragão, Thorn.
Um rei maléfico foi derrubado e deixaram-nos a enfrentar as consequências do papel relutante que desempenharam no seu reinado de terror. Odiados e sozinhos, estão agora exilados na marginalidade da sociedade. Por toda a terra, vozes abafadas sussurram acerca do solo quebradiço e de um leve cheiro a enxofre no ar e Murtagh pressente que algo perverso se esconde nas sombras da Alagaësia.

Começa então uma jornada épica rumo ao desconhecido, em que Murtagh e Thorn têm de encontrar e iludir uma bruxa velada de mistério. Neste livro apaixonante, protagonizado por uma das personagens mais populares do Ciclo da Herança de Christopher Paolini, um Cavaleiro do Dragão tem de descobrir o em que acredita num mundo que o abandonou.

Murtagh é o livro perfeito para entrar no Mundo de Eragon pela primeira vez... Ou para regressar com satisfação.

ISBN: 9789892359533
Editora: ASA
Ano de Edição / Impressão: 2023
Dimensões: 10 x 10 x 10 mm
Páginas: 824


Sobre o autor:

Christopher Paolini nasceu no Sul da Califórnia e viveu a maior parte da sua vida em Paradise Valley, no Montana, com os pais e a irmã mais nova, Angela. Foi a sua paixão pela fantasia e a beleza natural do Montana que inspiraram o fantástico cenário de Eragon, o primeiro livro do Ciclo da Herança. Tinha quinze anos quando escreveu a primeira versão de Eragon, que acabou por ser publicado em 2003, transformando-se de imediato num sucesso mundial. Seguiu-se Eldest, o segundo capítulo do Ciclo que acompanha Eragon e o dragão Saphira, e depois Brisingr e Herança. Artista talentoso, Christopher desenhou também as ilustrações dos livros. Nos seus tempos livres gosta de afiar facas, entreter-se com videojogos, levantar coisas pesadas, e procurar exemplares perfeitos de cadernos com capa em pele.


Pré-Lançamento
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quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Opinião "A Sombra dos Deuses", John Gwynne

Sinopse:

Uma fantástica saga passada num novo mundo, inspirado na mitologia nórdica, repleto de mitos, magia e vingança sangrenta.

As grandes sagas são escritas com sangue.

Um século passou desde que os deuses lutaram até à sua extinção. Agora restam apenas os seus ossos e promessas de grande poder aos corajosos que os buscam.

À medida que os sussurros sobre guerra ecoam sobre Vigrið, o destino acompanha os passos de três guerreiros: uma caçadora numa demanda de vingança, uma mulher nobre que persegue a chama da batalha e um servo que procura vingança entre os mercenários conhecidos como Jurados de Sangue.

Os três vão moldar o destino do mundo à medida que este cai uma vez mais sob a sombra dos deuses.



Opinião:

Ao ver a capa deste livro numa livraria esta despertou-me a atenção. E após ler a sinopse, fiquei com a pulga atrás da orelha. Quando a ASA teve a amabilidade de nos oferecer um exemplar, que aproveito desde já para agradecer, já não havia volta a dar.

E lá parti eu para a leitura desta história sem conhecer o autor. John Gwynne foca-se em três personagens principais, Orka, Varg e Elvar, e cada capítulo diz respeito a cada uma delas. São três histórias separadas, que ao início não percebemos muito bem onde nos vão levar, mas que nos envolvem de tal forma que por vezes queremos saltar o capítulo seguinte (de outra personagem) para saber o que acontece à seguir.

A história passa-se após a guerra entre os deuses, que levou à sua extinção. Mas os seus descendentes – os Impuros – ainda andam pela terra e são perseguidos pelos humanos. Estes Impuros têm características que os tornam sobrenaturais, com mais força, rapidez, e é por isso que são perseguidos.

John Gwynne tem uma escrita fluída e muito interessante. Descreve e narra de forma crua as várias lutas que vão acontecendo ao longo da história, e faz o leitor interessar-se por todas as personagens, incluindo as secundárias. E se ao início tudo é desenvolvido de forma mais calma e lenta, os capítulos finais são intensos.

Sem dúvida que John Gwynne é um autor que quero voltar a ler, ficando por isso a aguardar pelo segundo volume desta saga, e que também as outras duas sagas por ele escritas – The Faithful and the Fallen e Of Blood and Bone – sejam traduzidas para a nossa língua.


🌟🌟🌟🌟🌟


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segunda-feira, 4 de maio de 2020

Opinião " Reencontro no Céu", Mitch Albom

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Sinopse

Eddie tinha 83 anos e muito mau feitio. O que não o impediu de sacrificar a sua vida para salvar uma menina.

Annie nunca mais foi a mesma desde esse dia. O acidente quase a matou, e embora os ferimentos tenham sarado, as cicatrizes permaneceram para sempre. Só quando reencontra Paulo, um amor de infância, é que a felicidade parece estar finalmente ao seu alcance.

Mas o Destino tem outros planos para ela… planos que incluem novamente Eddie. O velhote rezingão vai ajudá-la a compreender o significado da sua vida na Terra e a aceitar os seus erros, pois é através deles que se aprendem as maiores lições. E vai mostrar-lhe também que, por mais insignificante que ela se julgasse, a sua existência era, afinal, de uma importância tremenda.

Belo e tocante, Reencontro No Céu vem complementar As Cinco Pessoas que Encontramos no Céu na perfeição. Trata--se de uma profunda reflexão sobre a vida, plena de esperança e sabedoria.

A tão aguardada sequela de As Cinco Pessoas que Encontramos no Céu. 

Opinião  

Começo por agradecer à Leya por gentilmente ter cedido ao Bloguinhas Paradise o ebook de Reencontro no Céu, um livro que eu queria muito ler por ser a sequela de As Cinco Pessoas que Encontramos No Céu. Li este último há cerca de seis anos e ainda sinto uma calma comoção quando recordo essa leitura.

Esta sequela, apesar de ser um livro de ficção, mantém uma aura muito espiritual e inspiradora, como sucedeu com o livro anterior. Mitch Albom, mais uma vez, partilha connosco a sua perspectiva do que será o céu, um lugar diferente para cada um, por que cada um de nós teve um céu diferente na terra, um sítio onde foi imensamente feliz. Além disso, quando se chega ao céu encontramos cinco pessoas, que de alguma forma influenciaram os caminhos mais ou menos tortuosos que percorremos. Se no primeiro livro conhecemos Eddie, no seu 83º aniversário, e confrontamos-nos com a sua morte ao tentar salvar uma criança, nesta sequela conhecemos essa criança, Annie. E por isso, a falta de originalidade de argumento neste livro, porque é em tudo semelhante ao anterior, é contornada por este reencontro entre os dois protagonistas.

Annie, após o acidente, que bloqueia na sua mente, torna-se uma mulher amargurada e solitária, a infância tumultuosa deu lugar a uma adolescência na rebeldia, sempre escondendo as sequelas físicas do acidente e repudiando a mãe por aquilo que ela representava para ela, a opressão. Várias tragédias assolaram a vida de Annie até a um momento de calmaria em que a conhecemos, no dia do seu casamento com o Paulo, um amor da infância. Pensavam ambos que, como dizem, depois da tempestade vem a bonança, porém saíram da noite de núpcias directos para um desastre. Annie chega ao céu e a sua viagem começa. Uma viagem repleta de lições e sobretudo de perdão, principalmente o perdão que ela precisava para si mesma. Mitch Albom volta a procurar mostrar-nos que a nossa condição humana de seres insignificantes adquire grandeza por todas as vidas se unirem numa teia de encontros e desencontros, de alegrias e tristezas, de coincidências que nos deixariam boquiabertos se as víssemos a todas com a lucidez que o céu impõe. O que vemos nem sempre corresponde à verdade, se possuíssemos visão sobre o grande plano das coisas talvez fossemos mais tolerantes e aceitássemos as decisões dos outros, que também erram mesmo quando acreditam estar a fazer o certo.

Reitero tudo o que disse na minha opinião de As Cinco Pessoas que Encontramos No Céu, que podem ler aqui, porque de forma geral a mensagem, ou as mensagens, de ambos os livros são as mesmas.

Compreendo as críticas negativas a este livro, é de facto demasiado trágico, mas não é algo que me incomode, porque as tragédias são muitas vezes relâmpagos a cair persistentemente no mesmo local, e quem acredita no contrário esteve em poucas tempestades.

Por outro lado, também percebo que seja um livro com muitas “frases feitas” o que irritou muitos bons leitores, todavia Mitch Albom é um autor de bestsellers muito particulares e que exigem do leitor uma aceitação desde início das temáticas abordadas.

Reencontro no Céu é um livro pequeno e comovente, não me tendo tocado tanto como As Cinco Pessoas que Encontramos No Céu não deixa de ser uma leitura que recomendo, principalmente a quem leu a história de Eddie e ficou curioso com o que futuro teria reservado para Annie. 


quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Opinião "A Magia do Acaso", Tiago Rebelo

Sinopse

Sofia, secretária num escritório de um famoso advogado, casada com André, um bem-sucedido administrador de uma empresa do ramo imobiliário, e eterna sonhadora, sente-se insatisfeita com a confortável vida que leva. Num encontro improvável conhece Bernardo, um fascinante homem de negócios. Apesar do charme inebriante deste e da inesperada atracção que sente não se decide a pôr em causa o seu casamento. Mas um acontecimento inesperado encarregar-se-á de fazer tremer os pilares da vida monótona que hesita em deixar. Após inúmeros encontros e desencontros, peripécias e reviravoltas, Sofia consegue finalmente fazer uma ruptura total com a vida que levou até aqui, virar a página e entregar-se por completo a Bernardo. Os sonhos e a magia do acaso vencem sempre.

Opinião 

Tiago Rebelo é um nome incontornável para quem está atento ao que se publica, a uma velocidade considerável, neste Jardim da Europa à beira-mar plantado. As suas obras povoam as estantes de qualquer livraria que se vos passe à frente. Portanto, sendo um autor português com bastante visibilidade tinha alguma curiosidade. Começo por elogiar a escrita impecável e o estilo muito simples mas simultaneamente requintado. Porém, desacreditando eu com veemência no Amor à primeira vista, um livro com o título A Magia do Acaso auspiciava uma leitura que não se enquadra bem no estilo de livros que aprecio. Apesar disso, acredito que seja um livro simpático, rápido e fácil para os amantes do género.

Neste romance, Tiago Rebelo brinda-nos com um conjunto de personagens que insistem em atravessarem-se umas nos caminhos das outras, como se não houvesse mais espaço no mundo. Ora vejamos. Sofia, casada com André, descobre que o marido mantém uma relação para lá de muito afectuosa com Margarida, sua colega de trabalho. Na outra ponta da narrativa temos Bernardo, que acaba de se separar de Pipa, a qual conhece Tomé, o patrão de Sofia. Bernardo e Sofia, por culpa infinita da Magia do Acaso, acabam por se cruzar, e a partir daí a imprevisibilidade não é também o forte desta obra.

O que dizer destes tristes à procura da Felicidade? Na verdade não consegui desenvolver especial apreço por nenhum deles, não consegui torcer por ninguém, vi-me incapaz de empatizar, e a cada página que passava aumentava o meu desejo de lhes dizer que fossem cada um à sua vida. 

Senti que as vidas destas pessoas se cruzavam debaixo de uma nuvem de sombria desesperança. A minha impressão geral é que o autor se focou muito no pior do pior das relações, no imbróglio que são as traições, na frustração, no orgulho, na saudade caustica, na inevitabilidade do fracasso, e depois falhou desmedidamente na altura em que é suposto nos contar uma história de Amor e nos emocionar. Não houve suspiro, não houve paixão, não houve magia.

Vivenciei um certo desalento durante a leitura porque não queria acreditar que estas personagens fossem o reflexo de pessoas reais. Vi-me constantemente na dúvida se seremos assim todos tão maus, ou se alguns de nós não conseguem apenas encontrar o fino equilíbrio entre as qualidades e os defeitos. E isto é um ponto positivo, a literatura nos fazer pensar no que nos rodeia. 

Ainda que em algumas partes tenha considerado que o narrador foi excessivo ao explicar os sentimentos e os pensamentos das personagens, em outros momentos as linhas de raciocínio deixaram transparecer um autor que é atento e observador, que contempla cuidadosamente e com carinho a beleza do quotidiano. Por exemplo, é muito engraçado quando o que dizemos e fazemos é interpretado pelo outro de uma forma totalmente díspar e daí ilibamos as nossas culpas, com frequência abdicamos da responsabilidade dos desentendimentos criados por falhas na comunicação. 

O autor levanta ainda algumas questões no âmbito da fragilidade das relações humanas para as quais, mais tarde ou mais cedo, procuramos resposta: será que o Amor eterno sobrevive apenas ao abrigo da redoma da falsa moralidade? É o Amor capaz do perdão a qualquer custo? É justo as pessoas serem usadas como segundas opções, guardadas de forma calculada para serem activadas como plano de contingência quando não há magia nem acaso que nos salve da solidão?

Fica também a mensagem de como levianamente nos podemos transformar no que outrora repudiámos e como esse é o caminho mais fácil por ser o que conhecemos, como nos acomodamos sem medo do desastroso final de se viver apenas medianamente feliz.

 


segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Novidade Grupo Editorial LEYA - "A Magia do Acaso", Tiago Rebelo

Sinopse:

"Sofia, secretária num escritório de um famoso advogado, casada com André, um bem-sucedido administrador de uma empresa do ramo imobiliário, e eterna sonhadora, sente-se insatisfeita com a confortável vida que leva. Num encontro improvável conhece Bernardo, um fascinante homem de negócios. Apesar do charme inebriante deste e da inesperada atracção que sente não se decide a pôr em causa o seu casamento. Mas um acontecimento inesperado encarregar-se-á de fazer tremer os pilares da vida monótona que hesita em deixar. Após inúmeros encontros e desencontros, peripécias e reviravoltas, Sofia consegue finalmente fazer uma ruptura total com a vida que levou até aqui, virar a página e entregar-se por completo a Bernardo. Os sonhos e a magia do acaso vencem sempre."

Nº Páginas: 384
 

Sobre o autor:

"Tiago Rebelo é um dos romancistas mais brilhantes das letras portuguesas. Na última década manteve uma produção literária constante e os seus livros tornaram-se há muito presença habitual nos lugares cimeiros das principais tabelas de vendas nacionais. Com títulos disponíveis em diversos países, desde o Brasil a Angola e Moçambique, foi igualmente editado em Itália e na Argentina. Depois dos enormes sucessos aplaudidos pelo público e pela crítica."


Para mais informações, consulte o site do grupo editorial Leya.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Passatempo do 2º Aniversário - "O Livro do Chocolate", Joanne Harris, Fran Warde

Mais uma vez, no nosso Aniversário, são os leitores que recebem presentes ... Como prometemos, aqui vos deixamos a supresa docinha que preparamos para festejarem connosco o 2º Aniversário do Blogue! Agradecemos à Arcádia - Casa do Chocolate pelo apoio!

(A verdade é que não podia haver festa sem bolo, e - temos de nos confessar - a par da leitura, somos também verdadeiras amantes do chocolate. Desfrutem!)
 

Sinopse:

Experimenta-me… Prova-me… Saboreia-me…Cinquenta receitas que celebram o delicioso chocolate! Quando Joanne Harris escreveu o romance "Chocolate", lançou sobre todos os amantes de chocolate do mundo um encantamento único. A “sua” excêntrica Vianne Rocher abriu uma tentadora chocolaterie e todos nós partilhámos do aconchego do seu lar e nos deliciámos com os seus devaneios gastronómicos. Muitos anos passaram, mas essa sensação de conforto e união mantém-se até hoje. Para celebrar um romance tão querido (e pecaminoso), Joanne Harris juntou-se à chef Fran Warde e, juntas, criaram o supremo livro de receitas de chocolate. E porque uma iguaria é (muito) mais do que a soma dos seus ingredientes, estas cinquenta receitas são como segredos ancestrais repletos de doçura e magia.



As participações são válidas até ao dia 11 de Maio de 2016 (às 22h59). Leiam atentamente as regras de participação. Os vencedores serão contactados por email. O envio do livro está a cargo do blogue.

Regras de Participação:

1. Apenas será permitida uma participação por pessoa/email.
2. Para participar é obrigatório ser seguidor do blog Bloguinhas Paradise. 
3. Para participar é obrigatório colocar "gosto" na página do Facebook de Bloguinhas Paradise. (Para efeitos de contagem da participação use o botão de visita da página disponível no formulário.)
4. Colocar gosto na página de Facebook "Arcádia Casa do Chocolate"(Para efeitos de contagem da participação use o botão de visita da página disponível no formulário.)
4. O vencedor será determinado pela aleatorização das participações. 
5. Neste passatempo apenas serão aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.




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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Passatempo "O Livro do Chocolate", Joanne Harris e Fran Warde

Como prometido, para comemorarmos a mais recente meta alcançada (500 seguidores) temos 2 exemplares de "O Livro do Chocolate" para vos oferecer, com a colaboração da Arcádia, à qual desde já agradecemos.

Sinopse:

Experimenta-me… Prova-me… Saboreia-me…Cinquenta receitas que celebram o delicioso chocolate! Quando Joanne Harris escreveu o romance "Chocolate", lançou sobre todos os amantes de chocolate do mundo um encantamento único. A “sua” excêntrica Vianne Rocher abriu uma tentadora chocolaterie e todos nós partilhámos do aconchego do seu lar e nos deliciámos com os seus devaneios gastronómicos. Muitos anos passaram, mas essa sensação de conforto e união mantém-se até hoje. Para celebrar um romance tão querido (e pecaminoso), Joanne Harris juntou-se à chef Fran Warde e, juntas, criaram o supremo livro de receitas de chocolate. E porque uma iguaria é (muito) mais do que a soma dos seus ingredientes, estas cinquenta receitas são como segredos ancestrais repletos de doçura e magia.



As participações são válidas até ao dia 16 de Janeiro de 2015. Leiam atentamente as regras de participação. Os vencedores serão contactados por email. O envio do livro está a cargo do blogue.

Regras de Participação:

1. Apenas será permitida uma participação por pessoa/email.
2. Para participar é obrigatório ser seguidor do blog Bloguinhas Paradise. 
3. Para participar é obrigatório colocar "gosto" na página do Facebook de Bloguinhas Paradise.
4. Colocar gosto na página de Facebook "Arcádia Casa do Chocolate".
4. O vencedor será determinado pela aleatorização das participações válidas.
5. Neste passatempo apenas serão aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.




terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Opinião - "Homem na Escuridão", Paul Auster

Sinopse:

E se a América não estivesse em guerra com o Iraque mas consigo própria? Nesta América, as Torres Gémeas não caíram e as eleições presidenciais de 2000 conduziram à secessão, com estado após estado a abandonar a união e uma sangrenta guerra civil a instalar-se. Este mundo paralelo é criado pela mente e coração perturbados de August Brill, um crítico literário vítima de insónias. Com 72 anos, Brill está a recuperar de um acidente de viação em casa da filha, no Vermont e, para afastar recordações que preferia esquecer - a morte da mulher e o violento assassinato do namorado da neta -, conta histórias a si próprio. Gradualmente, o que Brill tenta desesperadamente impedir insiste em ser contado. Com a neta a juntar-se-lhe de madrugada, ele arranja finalmente coragem para revisitar os seus piores dramas. Chocante e apaixonante, Homem na Escuridão é o exemplar romance do nosso tempo, um livro que nos obriga a confrontar a escuridão da noite, celebrando a existência das pequenas alegrias do dia-a-dia num mundo capaz da mais grotesca violência.


Opinião:

Fiquei muito tempo a pensar se deveria ou não escrever esta opinião. No entanto, com o incentivo da bloguinha Tomé acabei por tentar escrever algo. E porque digo tentar? Porque sendo o mais sincera possível, não posso dizer que tenha percebido o livro. Apesar de ser repleto de uma escrita fácil e até agradável, não consegui dele retirar o sumo. Penso que o grande problema foi a ligação entre as diferentes histórias e personagens que, para mim, não foi clara. Claro que entendi as diferentes narrativas e mundos criados, mas qual a relação entre eles?

É um livro que retrata em diferentes alturas o modo como se vivia em América e, de certa forma, as consequências da guerra. Conseguimos ao longo deste livro ver o que é o stress pós-traumático, o que é perder alguém, não só com uma personagem, mas também com as que rodeiam a personagem principal.

Na verdade, não quero dizer que não recomendo o livro, nem que é um mau livro. Talvez o tenha lido numa má altura, talvez este mereça que eu o tente ler novamente um dia com mais atenção, mas nesta leitura, a verdade é que não consegui entender o objectivo do mesmo. 



sábado, 22 de novembro de 2014

Opinião - "O Espião Português", Nuno Nepomuceno

Sinopse:

“André Marques-Smith é um bom rapaz. Dedicado à família e aos amigos, é o mais jovem funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros português a assumir a tão desejada direcção do Gabinete de Informação e Imprensa. Uma dedicação profissional que esconde um coração partido. Freelancer é o nome de código de um espião da Cadmo, uma organização semigovernamental internacional. A par do MI6 e da CIA, a Cadmo age nos bastidores da política mundial, moldando o mundo tal como o conhecemos. Freelancer é metódico e implacável, um dos seus operacionais mais cotados. André e Freelancer são uma e a mesma pessoa. De Lisboa a Estocolmo, Londres, Roma ou Viena, as suas muitas faces desdobram-se, as missões sucedem-se. Uma delas reserva-lhe uma surpresa. Nas suas mãos, está uma descoberta que pode mudar o mundo e pôr em causa toda a sua vida. Mas, para o melhor e para o pior, ele não está sozinho…”


Opinião:

Para começar, tenho de agradecer ao Nuno Nepomuceno que gentilmente me cedeu este belo livro que agora se encontra na minha linda biblioteca :)! Por outro lado, também tenho de agradecer às meninas do FLAMES, uma vez que foi através delas que fiquei mesmo com vontade de ler e adquirir o livro.

“O Espião Português”, como o próprio nome indica, é um romance de espionagem, o que por si só me deixou curiosa. Como já devem ter reparado, assim como só há uns tempos iniciei as minhas viagens nos thrillers, também me encontro ainda no início das viagens em policiais e livros de espionagem. E é muito bom começar em grande, com livros que nos deixam uma boa impressão do género e que nos fazem ficar curiosos e até ansiosos pela sua continuação.

A obra dá-nos a conhecer André Marques-Smith, um agente duplo que trabalha simultaneamente para a Cadmo e para o Minstério dos Negócios Estrangeiros. Mas como uma vida de espionagem não teria piada se corresse tudo bem, também na vida do personagem principal surgem alguns problemas e desilusões inimagináveis. Como todos bem sabemos, nem tudo na vida é o que parece e é de congratular o autor pela maneira como o transmitiu.

Confesso que de início estranhei um pouco a escrita do autor, bastante característica e que provavelmente um dia será inconfundível: repleta de frases curtas, que de certa forma ajudaram a construir o suspense e a rapidez dos acontecimentos, mas à qual ainda não estava familiarizada. Claro está que com o desenrolar da leitura me fui habituando a este traço de personalidade do autor.

Para os leitores viciados em suspense, tenho de referir que a narrativa não é 100% suspense, no entanto, este facto não tira o valor ao livro. Mais uma vez, é de salientar a capacidade do autor de estabelecer um equilíbrio entre o suspense e os restantes acontecimentos essenciais à obra.

E sendo um livro de espionagem repleto de suspense, desvendar mais sobre a história seria estragar a leitura do livro, pelo que não o vou fazer. No entanto, não posso deixar de dizer que a narrativa é bem mais do que espionagem, é bem mais do que suspense, é no fundo aquilo que quisermos que ela seja. Se por um lado é um livro com personagens características, com as respectivas características e feitios, também é um livro repleto de sentimentos dessas personagens.

Posto isto, considero um prémio book-it merecido :) e digno de ser lido. Fico ansiosa pela sua continuação, não só porque como é óbvio quero saber o destino do André, mas porque ficou aqui a vontade de ler mais coisas de Nuno Nepomuceno.