Sinopse:
“Tinha vivido cada instante da
sua vida intensamente, apaixonadamente. Tinha perseguido cada um dos seus
sonhos com todo o ser, e tinha sido feliz. Agora, deitado naquela cama de
hospital, diante do pouco tempo de vida que um cancro em estado avançado lhe podia
conceder, sentia que aquele não era um cenário digno para o último acto de uma
existência tão rica e vibrante quanto a sua. Afinal, ainda estava vivo e ainda
lhe faltava perseguir um último sonho – assistir a um eclipse total do Sol. Só
uma pessoa o poderia compreender, Sarah, sua neta. Joseph sabia que conseguiria
convencê-la a empreenderem essa última viagem, ao Sul da Austrália, em busca do
último sonho, em busca de uma nova perspectiva de vida para Sarah… Uma
maravilhosa viagem de autodescoberta, plena de beleza espiritual e poética.”
Opinião:
“Quando o Amanhã Chegar” é um
livro de leitura simples e clara. Nele vemos uma história bonita, mas bastante
previsível. Atrevo-me a dizer que sabemos o fim do livro logo no início. No
entanto, considero que o livro não foi escrito com o intuito de nos levar ao
fim com curiosidade, mas sim como um relato de vivências e sentimentos que
alguém resolveu deixar.
É verdade que nesta obra estão escritas
várias verdades. No entanto, não me surpreenderam. Não foi um livro que me
deixou com uma lágrima no canto do olho, nem com um sorriso largo nos lábios.
Apesar disto, é um livro de boa leitura e com alguns ensinamentos.
A narrativa conta-nos a história do
avô de Sarah com um cancro em fase terminal, que possui um desejo por
concretizar: assistir a um eclipse total do sol. Para isso tenta pedir ajuda à
sua neta Sarah. Mas a concretização deste desejo tem várias implicações,
nomeadamente a saída do hospital e a não realização de tratamentos importantes
para a sua saúde.
Talvez por lidar com doentes
todos os dias, não consiga concordar com tudo aquilo que Peter O’Connor
defende. Claro que entendo o seu objetivo, e porque quis mostrar que é importante
viver com qualidade acima de tudo. Mas penso que a racionalidade também não
deve ser menosprezada como foi neste livro. “Nem tanto ao mar nem tanto à terra”,
como diz o provérbio.
"Todos morremos, um dia. É a forma como vivemos que é importante, não o tempo."