Sobre a Autora:
"Ann Yeti é o pseudónimo de uma autora portuguesa com raízes australianas. Tendo vivido repartida entre dois continentes, viajou extensivamente entre eles, mas foi no Alentejo que encontrou um local de refúgio e de silêncio onde redescobriu uma paixão antiga, esconsa e fragmentada, pela escrita, e esta começou a tomar contornos mais definidos. O romance Um Pingo na Água é a segunda obra da autora. A novela Um Fio de Sangue foi publicada em dezembro de 2018."
Sou uma simples partícula de poeira cósmica. Fui concebida num rio serpenteando pela floresta tropical. Nasci entre colinas e um mar de sargaços. Foi História que me fez querer viajar mas foi viajando que aprendi a amar a História. Sou uma contadora de histórias! Tenho o gosto pelas letras desde sempre, lidas e escritas, e a imaginação como a minha mais fiel companheira e a minha pior inimiga.
Entrevista:
Quando é que começou a escrever? E o que a fez começar a escrever?AY: Sempre gostei de palavras! De brincar com as palavras, de jogar com o significado das palavras, de entrelaçá-las de forma harmoniosa. Desde muito nova que fui acumulando na gaveta um pequeno espólio de textos, algumas incursões pela poesia, enfim, coisas diversas. Mas esta pulsão para escrever uma obra mais completa é relativamente recente e apanhou-me de surpresa, bem como a vontade irreprimível de a dar à luz.
Qual o primeiro livro que se recorda de ler? E o próximo na lista?
AY: Os primeiros livros que me recordo de ler com absoluto deleite foram as aventuras de “Os Cinco”, da Enid Blyton; devo dizer-lhe que ainda os tenho todos, encadernados! O próximo… gostava de ler um autor português de quem só tenho lido boas críticas, o Afonso Cruz. Será a minha próxima aquisição.
Quais os seus livros preferidos e autores?
AY: Livros preferidos foram vários ao longo dos anos, consoante a idade e o estado de espírito em que me encontrava. Na adolescência houve um livro que me marcou bastante: Servidão Humana do Somerset Maugham. Mais recentemente, tive uma paixão literária pela Isabel Allende: Casa dos Espíritos, Filha da Fortuna e Retrato a Sépia. Mas depois não gostei de outros dois livros dela, nem os consegui acabar. Por isso, não posso dizer que tenha um autor preferido, tenho sim obras que, pontualmente, me enchem as medidas.
Qual a melhor companhia para um livro? O café, a praia, o quentinho do sofá?
AY: Definitivamente, o quentinho do sofá!
O que a inspirou a escrever os seus romances?
AY: Sonhos, talvez... Como escreveu Alan Dean Foster: “No one understands the lonely perfection of my dreams” (Ninguém entende quão perfeitos são os meus sonhos solitários).
Como tem sido a reacção dos leitores aos seus livros?
AY: Globalmente muito positiva. Um Pingo na Água é o meu segundo livro, um pequeno romance. O primeiro, ainda mais pequeno, foi a novela Um Fio de Sangue. Ambos com boas opiniões críticas nas minhas páginas do FaceBook (cada livro tem uma, além da minha página de autora), na Goodreads, noutros fóruns de opinião.
Imagina-se a escrever dentro de outro género literário?
AY: Não me imagino a escrever thrillers ou fantasia, por exemplo. Dentro do género “romance”, porém, há outras abordagens que estou tentada a fazer.
Já alguma vez se deparou com alguém a ler algum dos seus livros? Como reagiu?
AY: Nunca me aconteceu. Mas algumas leitoras têm-me mandado fotografias com o livro, tiradas nos sítios mais diversos, e alguns comentários elogiosos. De tal forma que criei uma rubrica intitulada “Os fãs têm a palavra”, é uma interação muito engraçada.
Considera que se aposta devidamente nos autores portugueses ou que as editoras tem deixado escapar ou não dão a devida atenção e visibilidade a bons livros escritos por pessoas desconhecias?
AY: Acho que se as obras/autores forem excecionalmente bons, alguma editora vai acabar por lhes pegar. Pode não ser imediatamente fácil, mas têm surgido novos nomes no panorama literário nacional. Se isso se traduz em êxitos de vendas, já é outra questão. Depois há aqueles que são medianamente bons; para esses, é muito difícil chegar aos grandes grupos editoriais que preferem apostar em catálogos de autores estrangeiros os quais, embora medianamente bons, ou até nem isso, vêm de fora com a garantia de “x” exemplares vendidos. Isto mesmo foi-me dito por uma editora. Agora, o que eu acho profundamente injusto é as editoras apostarem em publicações sem qualidade nenhuma apenas porque quem as escreve é uma cara conhecida…
Quais são os seus projectos para o futuro?
AY: Esperar que esta pandemia passe! É algo terrível que está a acontecer e que vai ter um impacto muito profundo no futuro próximo e na vida de todos nós. Quanto aos livros, Um Fio de Sangue continua em rodagem, Um Pingo na Água saiu na pior altura possível e ainda tem de se afirmar. Há um rascunho na gaveta, um projeto mais ambicioso, o tal “enredo mais denso e intrincado”. Obrigada pela entrevista.
Agradecemos à Ann Yeti por se ter disponibilizado a responder a esta entrevista.
Desejamos-lhe as melhores felicidades e sucesso!
Podem espreitar a página do Facebook da autora Aqui.
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