Opinião "Paranoia", Lisa Jackson

Sinopse

Em Edgewater, Oregon, alguns residentes pensam que, vinte anos antes, Rachel Gaston se safou depois de assassinar uma pessoa. Rachel ainda não faz ideia de como um simples jogo de adolescentes se tornou mortal - nem de quem trocou a sua pistola de ar comprimido por uma arma verdadeira. Quando um vulto se aproximou, vindo da escuridão, ela disparou sem pensar. Demasiado tarde, reconheceu o meio-irmão, Luke, e viu sangue a jorrar do seu peito.

Apesar do acompanhamento psicológico, os sonhos horríveis de Rachel sobre aquela noite persistem. a ansiedade levou ao seu divórcio do detetive Cade Ryder, embora também ele se sinta culpado pelo sucedido. Quando a reunião com os colegas do secundário se aproxima, Rachel sente a imaginação a pregar-lhe partidas, convencendo-a de que os objetos em sua casa se deslocaram. Que há perfume desconhecido no ar. Que alguém está a seguir o seu carro.

A observá-la em casa. Tem razão em sentir medo. E à medida que surgem ligações entre uma nova série de homicídios e a morte de Luke, Rachel percebe que não é possível escapar ao passado e que a verdade pode ser mais sombria do que os seus piores medos...

Opinião 

Começo por agradecer à Editorial Presença e à Marcador por gentilmente me terem cedido um exemplar do livro Paranoia, de Lisa Jackson, para participar no projecto #septemberthrils.

Paranoia é um thriller viciante e de leitura compulsiva, ainda que o início me tenha parecido um bocadinho lento. Há vinte anos atrás, Rachel foi acusada e ilibada de ter assassinado o seu meio-irmão, Luke, durante um jogo de adolescentes numa fábrica abandonada. Passaram-se 20 anos e avizinha-se uma reunião com os colegas do secundário, que também vivenciaram com Rachel a noite fatídica que para sempre mudou as suas vidas. À medida que o passado volta para assombrar Rachel, que nunca deixou de ter pesadelos, uma nova série de homicídios surge e a nossa protagonista sente-se constantemente a ser observada.

Adorei Rachel porque apesar das suas fraquezas e do trauma consegue não perder a compostura e procurar a sua segurança e a dos seus filhos mesmo que os outros a achem histérica e paranóica. Pessoalmente não achei, pareceu-me sempre bastante lúcida e com medos justificados.

Gostei também da relação com o seu ex-marido, Cade, polícia tal como o pai de Rachel fora em tempos. Rachel e Cade sentem saudades um do outro, e os novos eventos acabam por forçá-los a uma aproximação que é muito saborosa para o leitor.

O enredo de Paranoia é bastante rico, são imensas as personagens e as ligações entre elas. O único aspecto negativo desta leitura foi existir alguma repetição, são nos dadas as mesmas informações várias vezes. Revirei os olhos sempre que a polícia se questionava se os acontecimentos no presente estariam relacionados com a tragédia do passado, quando é óbvio que estavam. 

Terá Rachel assassinado mesmo o seu meio-irmão? Quem anda a persiga-la?  Quem é este assassino e que mensagem pretende passar ao vitimar aqueles que assistiram ao homicídio de Luke ? 

Bem, só consegui parar quando tive todas as respostas!

O final e as reviravoltas das últimas páginas são fenomenais, não é fácil advinhar o final de Paranoia! Gostei muito e recomendo, principalmente aos fãs de thrillers psicológicos!