domingo, 17 de maio de 2020

Opinião "O Homem que Sabe Pensar", James Allen

O Homem que Sabe PensarSinopse

Aquele que cultiva um verdadeiro ideal no seu coração irá, um dia, realizá-lo. O Homem que Sabe Pensar é um clássico intemporal que tem inspirado milhares de leitores em todo o mundo, influenciado pensadores, filósofos e teólogos ao longo de décadas e décadas, e, desde que foi publicado, tem sido citado e elogiado vezes sem conta por autores das mais diversas áreas.

Carregado de conselhos práticos, conduz-nos diretamente para aquilo que é importante, sem perder tempo com discursos desnecessários. É simples, verdadeiro, profundo, e toca instantaneamente o coração dos leitores. Mostra-nos que a nossa mente guia os nossos passos ao longo do caminho da vida e que aquilo que pensamos influencia diretamente a nossa vida, algo que, muitas vezes, subestimamos.

Mas como devemos começar e onde é que podemos procurar? Como é que alcançamos a clareza de mente necessária para nos trazer a iluminação e a felicidade? Neste livro, James Allen oferece respostas claras a estas perguntas.

O Homem que Sabe Pensar é um livro extremamente bem escrito, lúcido, belo e comovente, que respira o puro ar da verdadeira espiritualidade. É uma fonte de inspiração para todos aqueles que o leem de espírito aberto e toca profundamente a alma de cada um.

Os nossos pensamentos são a semente de tudo o que acontece nas nossas vidas. Tornamo-nos naquilo que pensamos. A partir daqui, a escolha depende de nós: ou decidimos ser donos e senhores do nosso pensamento e criamos a vida que queremos, ou permanecemos focados na negatividade, na frustração e no fracasso.

Opinião

O Homem que Sabe Pensar, publicado originalmente em 1902, foi escrito por um filósofo de seu nome James Allen, um pioneiro do movimento de auto-ajuda. Esta sua obra, a mais conhecida, representa um clássico dentro do seu género e tem vindo a influenciar gerações.

Esta foi uma leitura breve e simples, mas que motivou pensamentos e reflexões que se prolongaram bem além do tempo que despendi nestas páginas.

A grande mensagem deste livro é que somos aquilo que pensamos e a nossa capacidade de moldar os nossos pensamentos é a grande força motriz que nos pode levar ao sucesso ou ao fracasso. Esta ideia é explorada até à exaustão, e, portanto, o livro acaba por ser repetitivo, adoptando um discurso muito circunferencial. Mas como é um livro tão pequeno e tão fácil de ler não se torna maçador, e aconselho-o como um mote para uma reflexão, a acompanhar um chá ou um café.

De resto, acredito que esta ideia seja reflexo da vida do próprio autor, que apesar das adversidades nunca abandonou as suas actividades intelectuais e espirituais.

Concordo apenas em parte com a visão de James Allen, naturalmente alguém com pensamentos nobres, moralmente correctos, alguém feliz e sereno enfrentará tudo com maior tranquilidade, mas nem o nosso livre arbítrio é tão soberano, nem o nosso pensamento é tão poderoso que só pela sua força consigamos alcançar tudo o que desejamos. Há mais peças neste tabuleiro da vida. No entanto, ficamos a pensar: até onde irá o nosso poder e capacidade de mudar as nossas vidas se tentarmos mudar os nossos pensamentos? Confesso que vou tentar activamente por em prática esta doutrina de James Allen; somos apenas nós na dança da causa e do efeito, O homem faz-se e desfaz-se a si mesmo.

Gostei particularmente de alguns apontamentos que Allen deixa no ar, como a importância de termos um propósito que devemos perseguir, não culparmos os outros e as nossas circunstâncias quando seguimos o caminho errado, a ocasião não faz o ladrão, o ladrão esteve sempre lá, apenas se revelou na ocasião.

Revi-me no seu pensamento de que nem sempre são valorizados aqueles que se esforçam, muitas vezes quem está de fora vê apenas o sucesso e atribui-o à sorte e ao destino.

O Homem que Sabe Pensar encerra com a mensagem da serenidade, um equilíbrio de carácter, algo que devemos almejar, acima de tudo. É uma ideia com a qual simpatizo muito, a calma é uma óptima lente! 

Termino com uma frase que quase que valida estes ensinamentos de James Allen, porque se admitirmos que tudo o que existe nasceu do pensamento, então poderá o pensamento fazer tudo o que nós quisermos: 


O maior de todos os feitos foi, no início, e durante algum tempo, um sonho.

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