Sinopse
Edição: 2013 Páginas: 160 ISBN: 978-989-51-0797-1 Goodreads: mais informação aqui. |
Opinião
Gostaria, em
primeiro lugar, de agradecer a gentileza do autor, Anderson Borges Costa, que
nos cedeu um exemplar de “Rua Direita”.
Aproveito ainda
para reiterar a minha crença de que os Prefácios deviam dar definitivamente
lugar a Posfácios, pois fui novamente surpreendida por revelações acerca da
história ainda antes de a ler e que gostava de ter descoberto por mim mesma.
Para além disso, penso que a leitura do texto de Carlos Felipe Moisés é de mais
fácil compreensão após a leitura da obra.
Fechados estes
reparos (manias minhas!), passo à verdadeira opinião sobre a obra.
1905 – Desfile de Carnaval na Rua Direita. Foto: Gustavo Machado da Costa/AE |
Numa primeira
fase, somos apresentados ao protagonista, um sem-abrigo que tem fome. Esta
simples descrição é tão completa como insuficiente, pois ninguém pode ser
reduzido a meia dúzia de palavras, nem um mero sujeito lírico como este. No
entanto, é esta fome que o guia através do labirinto em que se transforma a Rua Direita, e que cria um constante aperto no ventre do próprio leitor.
Não consegui deixar de me sentir angustiada à medida que seguia as desventuras
desta pessoa, que encerra em si um mundo de cultura e personalidade, tão
grandes quanto a sua fome.
Edifício Guinle |
Na terceira parte
há um retorno à lucidez relativa, e o protagonista ganha uma voz. Voltei a
sentir a curiosidade inicial sobre o que o destino guardava para o nosso “herói”,
se alguma vez conseguiria saciar a sua fome, até ao final do livro.
Em conclusão,
para mim a obra ganhava se fosse reduzida a parte intermédia, e não acho que isso
levasse à perda de significado. Um dos pontos que mais me agradou foi o facto
de o narrador nos conseguir fazer sofrer realmente pelo protagonista, e pela
sua condição, percebida pelos outros, de “não-humano”.
P.S. Fiquem com a bela memória de infância do protagonista, para vos transportar também para a calçada da Rua Direita.
Olá,
ResponderEliminarBem parece uma leitura interessante, até porque ficamos com uma prespetiva diferente de um sem abrigo, mas que não deve ser de muito facil leitura.
Bjs e boas leituras
Sim, a história do protagonista é muito boa; apesar das partes de escrita mais difícil, valeu a pena :)
EliminarBoas viagens! :)
Bárbara