Sinopse
"Em 1983, o detective Francis X. Loughlin resolvia um dos grandes casos da sua carreira conseguindo a condenação de um rapaz de dezassete anos, Julian Vega, pelo brutal homicídio de uma jovem médica. Vinte anos depois, coincidindo com a libertação de Julian, um novo homicídio ocorre com contornos semelhantes ao caso inicial. Desta vez, porém, o ADN encontrado sob as unhas da vítima corresponde ao da mulher assassinada há duas décadas. Agora, dois homens de lados opostos da lei são forçados a iniciar um sinuoso duelo pela verdade que nos conduzirá a um desfecho inesperado..."
Opinião
Depois de algum tempo afastada dos policiais decidi pegar no primeiro livro que viesse à mão da estante dos para ler, para matar saudades deste género literário. Deste modo, não sei se a minha opinião estará enviesada pelo facto de estar cheia de saudades de histórias, que me fazem uma autêntica viciada no som do virar da página.
Julian Veja foi condenado por homicídio, e encontrava-se na prisão há vinte anos, quando um novo crime é realizado, um assassínio em todo semelhante ao que, alegadamente, cometeu há vinte anos atrás. O Detective Francis X. Loughlin foi o agente responsável pela sua prisão e é também o responsável pela investigação deste novo crime.
Com esta história, o autor poderia ter seguido mil percursos diferentes, explorado vários temas, mas o que ele fez foi falar de pessoas. Na realidade, foi muito sagaz ao fazer isto, e como o faz de uma forma simples, mas envolvente, é impossível não vivenciarmos a viagem emocional que elas fazem.
Além disso, as descrições sobre a perspectiva de Julian Vega são incrivelmente tocantes. Tudo para Julian Vega é novo: o modo como é tratado, o preconceito que todos demonstram quando sabem do seu passado, a cidade onde cresceu, que após vinte anos já não parece sua.
Mas não é só Julian Vega que é apelativo como personagem. O Detective Francis está também soberbamente bem construído, e realiza um trajecto fascinante ao longo do livro. Não conhecemos apenas o Detective, mas a pessoa por detrás do título. O Francis marido, pai e homem que, apesar dos seus erros e más decisões, se mantém sempre fiel aos seus princípios e objectivos.
E, ao escrever a opinião, reparo que, mais uma vez, me perco nas personagens e não no mistério do crime! Ele parece quase secundário na história, mas encontra-se tão bem desenvolvido como os intervenientes.
O que me aconteceu durante a história foi que me encontrava tão entranhada nas personagens, tão hipnotizada por elas, que quando o crime é resolvido me questionei como não o adivinhei antes, porque era tão lógico e o autor tinha dado as pistas todas. Blauner torna-nos as próprias personagens sobre as quais estamos a ler, tão envoltas pela emoção que nos esquecemos de focar no que está mesmo à frente dos nossos olhos.
Peter Blauner convenceu-me, e será certamente um autor para revisitar no futuro.
Julian Veja foi condenado por homicídio, e encontrava-se na prisão há vinte anos, quando um novo crime é realizado, um assassínio em todo semelhante ao que, alegadamente, cometeu há vinte anos atrás. O Detective Francis X. Loughlin foi o agente responsável pela sua prisão e é também o responsável pela investigação deste novo crime.
Com esta história, o autor poderia ter seguido mil percursos diferentes, explorado vários temas, mas o que ele fez foi falar de pessoas. Na realidade, foi muito sagaz ao fazer isto, e como o faz de uma forma simples, mas envolvente, é impossível não vivenciarmos a viagem emocional que elas fazem.
Além disso, as descrições sobre a perspectiva de Julian Vega são incrivelmente tocantes. Tudo para Julian Vega é novo: o modo como é tratado, o preconceito que todos demonstram quando sabem do seu passado, a cidade onde cresceu, que após vinte anos já não parece sua.
Mas não é só Julian Vega que é apelativo como personagem. O Detective Francis está também soberbamente bem construído, e realiza um trajecto fascinante ao longo do livro. Não conhecemos apenas o Detective, mas a pessoa por detrás do título. O Francis marido, pai e homem que, apesar dos seus erros e más decisões, se mantém sempre fiel aos seus princípios e objectivos.
E, ao escrever a opinião, reparo que, mais uma vez, me perco nas personagens e não no mistério do crime! Ele parece quase secundário na história, mas encontra-se tão bem desenvolvido como os intervenientes.
O que me aconteceu durante a história foi que me encontrava tão entranhada nas personagens, tão hipnotizada por elas, que quando o crime é resolvido me questionei como não o adivinhei antes, porque era tão lógico e o autor tinha dado as pistas todas. Blauner torna-nos as próprias personagens sobre as quais estamos a ler, tão envoltas pela emoção que nos esquecemos de focar no que está mesmo à frente dos nossos olhos.
Peter Blauner convenceu-me, e será certamente um autor para revisitar no futuro.
"Quando se tinha sido rasgado, conseguia ver-se o ponto onde os outros tinham sido cosidos."
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