sábado, 4 de abril de 2015

O Nosso Obrigada ao Rui Serra ...

Sobre o autor

"Rui serra nasceu em novembro de 1972, data em que a unesco comemorou o “ano internacional do livro". Cresceu e sempre viveu no alentejo. Desde cedo começou a escrever e em fevereiro de 2011 cumpriu o sonho de menino e editou o seu primeiro livro de poesia, “escritos de um outro dia”. Participou ainda em diversos concursos, sempre subordinados à temática “poesia”. Por duas vezes escreveu para a e-zine “nanozine” e participou nas antologias: world art friends da corpos editora em 2011 e na antologia da chiado editora “entre o sono e o sonho” em 2012, 2013 e 2014. A convite, participou num projecto do gafa, grupo de amigos fotógrafos amadores, onde consta um poema seu no livro alicerces, cujas receitas reverteram para a casa “acreditar” no porto. Em 2012, “memórias de uma pena”, o segundo livro de poesia do autor, vê a luz do dia através da chancela da corpos editora. Um ano depois e muita tinta gasta, rui serra edita agora, “fragmentos do meu pensar”, um livro, também este de poesia, onde se nota um certo amadurecimento do autor na relação com as palavras."


E foi com o Rui Serra que passamos o nosso mês de Março!

Para os mais distraídos deixamos aqui a marca que o Rui Serra deixou no Bloguinhas Paradise! 

E estando nós de parabéns, o Rui Serra deixou uma prendinha para nós e para os nossos leitores!

Aqui fica uma deliciosa prosa poética por Rui Serra :)


Esteganografia da vida

Não. Esta foi a mais dura das palavras que tive de pronunciar naquela tarde, mas um sim seria impensável e só o tempo, muito mais tarde, revelou que afinal de contas aquela tinha sido a palavra mais sábia que algum dia pude proferir.

Importa saber que jamais possuí a capacidade de predizer o futuro em toda a minha vida, mas, sem saber o que naquele dia estava a fazer, tomei uma, se não, a decisão mais acertada e ajuizada de toda a minha existência.

O significado de tal palavra ecoou para sempre até aos confins dos dias.

Passado, como alguns de nós o entendemos, é algo que não existe. É algo que num determinado momento foi o presente e que na efemeridade da nossa existência passou. Não existe um passado, nem nunca existiu, existe sim um momento.

Nem imagino que a vida alguma vez tenha sequer existido. A vida existe neste momento em que escrevo estas simples linhas. O que está para trás também existe, única e exclusivamente na forma em que existe, não como um passado, mas como algo que está simplesmente aqui e que foi em tempos um presente.

O que pretendo dizer é que não existindo passado, também não existe qualquer tipo de futuro.
Futuro é apenas um tempo verbal do que, hipoteticamente achamos, está para vir.

E, é no meio destas duas condicionantes temporais que existimos. O que é o presente, se não o momento actual. E foi num momento como este, que embora pareça que foi passado, antes pelo contrário, foi, é e continua a ser presente, em que proferi aquela palavra que deu início a tudo o que alguma vez importará, em qualquer existência, minha ou tua.

No momento em que escrevo estas linhas o tempo está suspenso, culpa de uma conspiração cósmica que no seu sempre presente conspira para que o que realmente importa seja o momento, nada mais que o momento temporal que levo a colocar um ponto final nesta frase.

Presente significa agora. Significa o instante e é no presente instante que o presente se apresenta. Não há como o esperar, pois ele simplesmente é, nem como lhe fugir pois ele é. É no presente que reside a vida. Não deixes que o teu “passado” interfira no teu “futuro”, e vive o momento, vive o presente que se te apresenta.

Eu não sou nem quero ser um oráculo, nem quero aqui profetizar qualquer tipo de presente futuro ou futuro presente. Quero apenas deixar-te estes escritos para que os leias com toda a atenção e carinho e percebas o que te quero transmitir, que percebas a mensagem que está no seu interior.

Amo-te.


Mais uma vez, o nosso muito Obrigada ao Rui Serra. Desejamos-lhe as maiores felicidades e sucesso!

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