quarta-feira, 13 de maio de 2015

Opinião - " A Verdade e Outras Mentiras", Sascha Arango

Sinopse:

"A Verdade e Outras Mentiras é um thriller psicológico que reúne inteligência, elegância, comédia negra e um elemento surpresa tão forte que nos hipnotiza desde o primeiro momento.
 
O seu protagonista Henry Hayden, um escritor de sucesso com um passado secreto, seduz toda a gente com a sua sensualidade e os seus modos de dandy. Mas a vida de fachada que construiu é subitamente ameaçada quando Betty, a amante, lhe revela que está grávida. Desesperado por salvar o seu casamento e o enorme sucesso literário de que goza, Henry comete um erro fatal e, na ânsia de o consertar, entra num vórtice imparável de mentiras e destruição.
 
Inteligente, sarcástico e de leitura compulsiva, esta é a história de um homem cuja astúcia lhe permite escapar a tudo, mesmo quando está à beira do precipício. Uma obra-prima policial, com muitas reminiscências de O Talentoso Mister Ripley, de Patricia Highsmith."
 

Opinião:

Começo por agradecer à Editorial Presença por ter cedido este exemplar para opinião. 

“A Verdade e outras Mentiras” é um livro, contudo, enquanto o lia, não pude deixar de pensar em como era quase possível passar a história para o grande ecrã. Apresenta um ritmo muito próprio, uma cadência de escrita que nos leva a imaginar uma sequência de imagens como se a nossa imaginação fosse a tela de cinema. De facto, o autor é conhecido também pelo seu trabalho como argumentista, o que certamente o ajudou a criar esta história, que apresenta uma dinâmica muito semelhante a uma peça da sétima arte. 

Na sinopse apenas alguns aspectos sobre a história são revelados e, é difícil falar mais sobre a narrativa sem fazer algum spoiler, mas devo dizer que o que mais me despertou curiosidade no livro não foi o desenrolar do mistério, mas sim ver como as personagens evoluíam e quais as consequências das suas escolhas. 

Por vezes, o autor demonstra uma perspicácia enorme na descrição do mal. Com frases curtas e simples, mas imensamente cheias de significado, descreve à sua maneira um tema que provavelmente gera muitas discussões: nascemos já maus ou o mal se desenvolve em nós como resultado das experiências da nossa vida? 

Contudo, senti falta de alguns momentos de adrenalina algo que me fizesse freneticamente ler para descobrir o mistério. Além do mais, um dos pormenores com mais impacto na história parece ser revelado muito prematuramente, o que tira algum do brilhantismo do pormenor. 

Apesar disto, foi um livro muito fácil de ler, uma boa fonte de entretenimento e distracção. 


"Mas a desilusão não é o fim das ilusões?"



2 comentários :

  1. Concordo com a tua opinião, no entanto eu achei-o muito aquém das expectativas que se geraram... mediano foi o que achei.
    Teresa Carvalho

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    Respostas
    1. Olá Teresa :)

      Acaba por ser mais um estudo de pessoas que um mistério em si, então perde alguma da emoção da descoberta do criminoso. Mas, mesmo assim, achei uma leitura agradável :)

      Boas Viagens,
      Sofia

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