quarta-feira, 29 de julho de 2015

Pensamento do Dia


Na vida fazemos uso do que sabemos. Mas isso não muda o muito que te quero. 
Aqui. Agora.
 
E.L. James, As Cinquenta Sombras de Grey


Opinião - As Cinquenta Sombras de Grey, E.L. James

Sinopse:

"As Cinquenta Sombras de Grey é um romance obsessivo, viciante e que fica na nossa memória para sempre. Anastasia Steele é uma estudante de literatura jovem e inexperiente. Christian Grey é o temido e carismático presidente de uma poderosa corporação internacional. O destino levará Anastasia a entrevistá-lo para um jornal universitário. No ambiente sofisticado e luxuoso de um arranha-céus, ela descobre-se estranhamente atraída por aquele homem enigmático, sombrio, cuja beleza corta a respiração. Voltarão a encontrar-se dias mais tarde, por acaso ou talvez não. O implacável homem de negócios revela-se incapaz de resistir ao discreto charme da estudante. Ele quer desesperadamente possuí-la. Mas apenas se ela aceitar os bizarros termos que ele propõe... Anastasia hesita. Todo aquele poder a assusta – os aviões privados, os carros topo de gama, os guarda-costas... Mas teme ainda mais as peculiares inclinações de Grey, as suas exigências, a obsessão pelo controlo… E uma voracidade sexual que parece não conhecer quaisquer limites. Dividida entre os negros segredos que ele esconde e o seu próprio e irreprimível desejo, Anastasia vacila. Estará pronta para ceder? Para entrar finalmente no Quarto Vermelho da Dor? As Cinquenta Sombras de Grey é o primeiro volume da trilogia de E.L. James que é já o maior fenómeno literário do ano em todos os países onde foi publicada, da Austrália aos Estados Unidos, da Inglaterra à Nova Zelândia."

Opinião:

Anastasia Steele e Christian Grey são os protagonistas do aclamado romance As Cinquenta Sombras de Grey de E.L. James. Perante todo o mediatismo que envolveu a trilogia a que este livro pertence foi inevitável não conseguir acalmar a minha curiosidade até conhecer o famosíssimo Mr. Grey.

A verdade é que a minha estreia pelos populares romances eróticos veio a revelar-se uma leitura viciante, adequada para desligar da velocidade frenética da rotina e entrar num conto de fadas dos tempos modernos.

Não contem com uma obra-prima da literatura, é puro entretenimento, sem pretensões de ser mais que isso. É o que é. A escrita é básica e linear, sem frases poéticas ou segundas intenções. E em boa verdade, floreados semânticos pouco serviriam ao propósito, pois, à medida que a leitura avança, a nossa atenção fica demasiado ansiosa à espera da próxima vez que Anastasia morda o lábio ou revire os olhos a Christian e tenha o castigo que merece. Talvez para pessoas mais sensíveis aconselharia a versão original, porque, como diz a música, A língua inglesa fica sempre bem, e neste caso cortaria alguma agressividade e frontalidade ao nosso calão.

Sim, dou a mão à palmatória, não é uma narrativa brilhantemente elaborada, as suas personagens não vão marcar lugar nas grandes figuras do que os entendidos consideram a Literatura (que blasfémia seria sentar lado a lado Mr. Grey e Mr. Darcy!), mas salvo alguma rara excepção, que sempre as há, é humanamente impossível o leitor não se apaixonar por Mr. Grey: um adorável ser, possuidor daqueles meios sorrisos de fazer parar o tempo, com a capacidade de usar uns jeans como quem usa um fato feito à medida, amável, inteligente, irrelevantemente milionário e acima de tudo imperfeito, autoritário, arrogante, controlador e possessivo, escondendo-se nas suas confortáveis cinquenta sombras. O seu olhar sombrio e perturbado aliado à sua alma destroçada traz em si a possibilidade semi-mágica da salvação, e é aí que reside grande parte do sucesso deste romance.

Mais do que um livro sobre sexo, como me pareceu ser vendido, é um livro sobre uma relação, como são todas, com as mesmas dúvidas e incertezas, com as mesmas exaltações e sonhos. É um elogio à aceitação do outro, é um descortinar de como às vezes é doloroso trazer ao de cima o que no outro se esconde, mas com a certeza que a cada passo na sua direcção a distância se vai tornando menor.

Não compro a premissa que por aí li várias vezes que Mr.Grey tenta mudar o que é pela Anastasia. As pessoas não mudam, mas quando se apaixonam verdadeiramente e permitem que alguém se aproxime deixa de compensar o esforço de segurar a máscara com a qual se escondem.

Se é evidente a minha muitíssima empatia pelo Christian, não simpatizei desde logo com a Miss Steele, talvez porque ad inicium a associei ao fácies apático e insosso da actriz escolhida para lhe dar vida no grande ecrã ou por ser demasiado vulgar, sem densidade psicológica ou personalidade marcada, em comparação com o sui generis Mr. Grey, um expoente máximo da excentricidade, alguém a quem o adjectivo peculiar apenas assenta como um eufemismo.

Fiquei sempre à espera que a Ana se tornasse mais espirituosa e reivindicativa, principalmente quando se torna evidente quem tem, efectivamente, a faca e o queijo na mão, ou o chicote e o açoite, se preferirem. Mas mais para o final do livro já a conseguia ver no bom caminho. E as conversas que ela vai tendo com o seu subconsciente e com a sua deusa interior são deliciosas, divertidas e a transparecer receios muito genuinamente humanos.

Apesar das suas cerca de 500 páginas As Cinquenta Sombras de Grey foram avidamente devoradas e quando o final chegou trouxe com ele a vontade de saber mais, a expectativa e a certeza de que uma gravata nunca mais voltará a ser só uma gravata.



As Cinquenta Sombras de Grey foi recentemente adaptado ao cinema. Aqui fica o trailer para quem ainda não tiver, como eu, assistido a esse fenómeno de bilheteira.


terça-feira, 28 de julho de 2015

Pensamento do Dia


"... até mesmo a pessoa mais aberta tem um lugar privado, um lugar sagrado, onde não deixa ninguém entrar."

Rick Yancey

Opinião "O Mar Infinito", Rick Yancey

Sinopse:

“É a derradeira batalha entre a vida e a morte, a esperança e o desespero, o ódio e o amor. A Terra foi invadida por extraterrestres - os Outros -, que têm como único objetivo o extermínio de toda a população do planeta. Sem aviso, lançaram quatro vagas de destruição que devastaram parte da humanidade. Cassie Sullivan e os seus companheiros contam-se entre os poucos que sobreviveram. Agora, com a espécie humana quase extinta e com uma quinta vaga em marcha, os jovens têm de tomar uma decisão crucial: enfrentar o duro inverno e ficar à espera que Evan Walter regresse, ou partir à procura de mais sobreviventes antes que o inimigo se aproxime demasiado - porque o próximo ataque é mais do que possível, é inevitável. Ninguém é capaz de prever até onde os Outros podem descer, nem estes sabem o quanto a humanidade se pode erguer.”


Opinião:

Penso que esta é uma das opiniões que tive maior dificuldade em escrever. No entanto, espero conseguir transmitir o que pretendo da melhor forma. Para quem não sabe “O Mar Infinito” é o segundo volume da trilogia “A 5ª Vaga”. Li o primeiro livro muito recentemente, pelo que estava bem fresquinho na minha memória. E este aspecto traz consigo algumas vantagens na apreciação deste segundo volume.

Como seria de esperar, iniciei a leitura com as expectativas criadas por Rick Yancey ao longo de “A 5ª Vaga”. E aqui reside o verdadeiro problema da obra. Por muito que não quisesse, é impossível não comparar as duas obras e, infelizmente, “O Mar Infinito” ficou muito aquém da obra anterior.

Se por um lado, em “A 5ª Vaga” víamos uma história construída sobre pilares sólidos, bem planeada, bem caracterizada, onde até na voz do narrador conseguíamos distinguir qual era o papel/a personagem que este estava a caracterizar, em "O Mar Infinito" não consegui identificar estas características que tanto me agradaram. Senti que ao longo de metade do livro, as características que me haviam conquistado tinham desaparecido.

E sendo uma obra distópica assente na ficção científica, um terreno deveras perigoso, a existência de brechas, ou terrenos menos seguros fez com que não me conseguisse entregar em pleno a cada página que compõe a obra. Podemos ver uma história com tanto potencial, tinha tanto por onde ser brilhante. Na verdade, ainda o tem, no entanto, não considero que este tenha sido alcançado de todo ao longo das 272 páginas que dele fazem parte.

Apesar disto, no último terço do livro comecei a vislumbrar uma luz ao fundo do túnel, reencontrando o escritor do primeiro volume, mais coerente e consistente, mais claro e esclarecedor. E, assim como ao longo da obra somos relembrados constantemente de um sentimento tão único – a esperança –, também eu me enchi dela. Acredito que esta trilogia ainda poderá ter um final feliz, onde toda a poeira, confusão e falta de clareza finalmente assente na terra. Fico a aguardar ansiosamente a publicação do terceiro volume, pois acredito que esta trilogia e aquilo a que Rick Yancey se propôs vale de facto a pena.

Por fim, gostaria de agradecer à Editorial Presença que gentilmente nos cedeu um exemplar para leitura e opinião.


Podem ler a opinião de "A 5ª Vaga" da Sofia e da Rosana.
 
Para mais informações sobre o livro, consulte o site da Editorial Presença aqui.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Um Encontro com ... Nuno Nepomuceno!

Finalmente, pude conhecer o autor Nuno Nepomuceno!

É verdade, o autor terminou a sua digressão nacional este fim-de-semana na Note do Vivaci Maia! Mesmo pertinho de casa, não poderia deixar de dar lá um saltinho!


Uma simpatia! :)

Apesar de o tempo não ter sido muito, da timidez e algum embaraço, foi uma grande alegria ter a oportunidade de conversar um pouco sobre tudo e sobre nada, de simplesmente sorrir com alguém que não conhecemos (mas que conhecemos), de partilhar algo nosso através daquilo que inexplicavelmente une mundos e mundos - o gosto pela leitura!

Espero que numa próxima o tempo estique! :)

Para quem não sabe Nuno Nepomuceno é o autor de "O Espião Português" e "A Espia do Oriente"!

 

Mais uma vez obrigada por tudo!

Ficamos a aguardar que volte cá!

domingo, 26 de julho de 2015

Passatempo "Lágrimas Coloridas" e "Sem Pecados na Culpa", Ana Macedo (#23)

Pois é, o fim-de-semana com a Ana Macedo está quase a acabar, e isso quer dizer que temos mais um passatempo!

Um leitor sortudo irá ter a oportunidade de ler "Lágrimas Coloridas" e outro leitor sortudo a oportunidade de ler "Sem Pecados na Culpa". A acompanhar este último, a autora tem ainda para oferecer um T-shirt relacionada com a obra. Se leram a entrevista à autora e as opiniões aos seus livros ("Lágrimas Coloridas" e "Sem Pecados na Culpa") decerto ficaram curiosos com os mesmos.

1º Prémio


2º Prémio





As participações são válidas até ao dia 16 de Agosto de 2015. Leiam atentamente as regras de participação. Os vencedores serão contactados por email. O envio dos livros está a cargo do blogue.


Regras de Participação:

1. Apenas será permitida uma participação por pessoa/email.
2. Para participar é obrigatório ser seguidor do blogue Bloguinhas Paradise.
3. Para participar é obrigatório colocar "gosto" na página do Facebook de Bloguinhas Paradise.

4. Colocar "gosto" na página do Facebook da autora Ana Macedo,
5. Os vencedores serão determinados pela aleatorização das participações válidas.
6. Neste passatempo apenas serão aceites participações de residentes em Portugal Continental e Ilhas.
7. O blogue não se responsabiliza por eventuais extravios dos CTT.



Pensamento do Dia


(...) a vida não é tão longa assim, nem custa tanto a passar...é uma brisa estonteante que percorre um corpo, uma cidade, um mundo, e que depois cessa, cansa-se de correr para lugar nenhum.

Ana Macedo, Sem Pecados na Culpa

sábado, 25 de julho de 2015

Opinião - "Sem Pecados na Culpa" - Ana Macedo

Sinopse

"Sem Pecados na Culpa é um livro forte e complexo no modo como visualiza situações bem próximas das realidades das famílias contemporâneas, mas também deixa antever a fragilidade, a instabilidade, a insegurança, o desequilíbrio afectivo, o refúgio em si próprio e no mundo imaginário da personagem principal."


Opinião

Ana Macedo presenteia-nos, em Sem Pecados na Culpa, com a peculiar história do jovem João que vive mergulhado no sofrimento de uma doença psiquiátrica que lhe oferece uma realidade alternativa, onde vive um amor sem limites com a incrível e totalmente fictícia Aimee.

Acompanhamos a vida de João desde a sua adolescência, altura em que nos é apresentado como um rapaz pacato e sensível com uma imaginação extraordinária, que aos poucos e poucos vai descobrindo a natureza da disfuncionalidade da sua família, que aos poucos e poucos se apercebe que é fruto de um casamento sem amor, que aos poucos e poucos deixa de saber onde encontrar o perdão para dar à mãe fria e ausente e ao pai, que apesar de todos os esforços, não consegue aproximar-se.

João cresce, forma-se médico e casa com Maria. Ao longo da leitura, por vezes temos a certeza que João é verdadeiramente apaixonado por Maria, outras vezes, porém, parece-nos que apenas procura nela a Aimee dos seus sonhos. João torna-se um homem, mas não lhes consigo dizer se um homem bom ou mau, e grande parte do mérito deste livro reside nessa dúvida! É que esta personagem é um imprestável de um marido, um médico irresponsável, bem, um valente idiota! Mas é também o resultado de uma criança que cresceu sem amor, que viveu numa mentira, vítima e escravo da sua própria mente. Mas ao mesmo tempo tem um insight tão grande do errado das suas acções e tanta dificuldade em pedir desculpas -
Ela pensava que eu era mau, e com razão, porque eu nunca pedia desculpas - que o leitor acaba por se perder na dificuldade em discernir se João é mesmo mau ou se o podemos compreender face à sua doença. Impõe-se a questão: até onde podemos desculpabilizar as acções dos outros pela inclinação e tortuosidade do caminho que percorreram, pelas mazelas que sofreram, pelo que o mundo os obrigou a ser?

Quando o ouvimos dizer 
Nunca soube amar e, mesmo assim, continuava a cair no erro de o fazer ficamos a querer acreditar que João ame mesmo Maria, mas à sua maneira, uma maneira difícil de ser aceite, uma maneira despreocupada e desleixada, uma maneira que deixa transparecer como facilmente deixamos de investir nas relações quando as tomamos como certas.

Sem Pecados na Culpa retrata bem as relações interpessoais, a complexidade do ser humano nas suas incertezas, na sua tão grande vontade de dizer o que sente e na sua ainda maior incapacidade de o fazer.

O fim, apesar de previsível desde uma fase muito inicial, era o necessário, ainda que nos deixe com a sensação de fracasso na luta contra os nossos demónios interiores, mas é assim a vida, nem sempre conseguimos escapar daquilo que somos, nem sempre nos conseguimos afastar do que nos mata.

Em alguns momentos senti que a narrativa não avançava ou avançava devagar, o que possivelmente se deve a ser um livro mais sobre pessoas e de como as suas acções têm consequências do que propriamente sobre as acções em si. Uma linha temporal confusa também me deixou um pouco reticente, mas consigo enquadrá-la no facto da maior parte do livro nos ser narrada pelo protagonista para quem o tempo poderia não ser algo muito exacto e relevante.

Apesar de ter gostado da simplicidade da escrita, conseguida pela fluidez dos discursos do quotidiano, que tornam a leitura muito fácil e agradável, nota-se que há muito potencial a ser trabalhado e, nesse sentido, gostava mesmo de ler algo mais amadurecido desta autora.

O título da obra foi muito bem conseguido, quantas não são as vezes em que nos sentimos culpados sem termos cometido nenhum pecado a não ser termos sido nós próprios?

Termino deixando-vos um excerto que conseguiu despoletar na minha pessoa um profundo suspiro e um enorme sorriso por ser, simplesmente, das mais bonitas descrições que li nos últimos tempos acerca desse tão abstracto sentimento que os mais entendidos ousam chamar de Amor.

Só quem ama consegue acreditar verdadeiramente em algo, seja em Deus, na vida, na essência real, num propósito rico em alegrias que nos leve a percorrer este caminho espinhoso a voar. Se amas, descobres euforias, ridículas aos olhos dos não iluminados; abrem-se horizontes de sonhos sem fim, o teu olhar abrange o mundo, e tens angústias por ver tão pouco amor à tua volta. Choras e ris como quem abre e fecha os olhos, como quem passeia os dedos pelas páginas de um livro que devora. Cantas e gritas porque és dono e és posse, porque estás preenchido e não podes controlar nada do que te preenche, porque o amor toma conta de ti. Se nunca amaste vais achar-me um idiota, um poeta talvez. Mas se algum dia experimentares o sabor de uma ausência que te pese, um beijo que te envolva até à alma…vais atribuir muitas mais palavras a este sentimento, porque então será o teu.





Um muito obrigada à Ana Macedo pela disponibilidade em nos ceder os seus livros!

Pensamento do Dia




"...Como se a sua morte se tivesse tornado mais importante que a sua vida, o ter existido."

Ana Macedo, in Lágrimas Coloridas

Opinião - "Lágrimas Coloridas", Ana Macedo

Sinopse:

"Este romance, escrito por Ana Macedo, aborda de uma forma só capaz de ser captada por uma alma e uns olhos adolescentes, os problemas da sua vida. É neste cenário que toda a maravilhosa trama nos mostra a força e dinamismo da juventude. O mistério faz parte do dia-a-dia. A obra envolve-se de magia e é inundada por lágrimas que ganham cor e constituem o arco-íris."


Opinião:

"Lágrimas coloridas" conta a história de Luís, um rapaz de 17 anos igual a muitos outros que se cruzam connosco na rua todos os dias. Contudo, um evento traumático na sua vida o torna algo mais, ou melhor, a autora com o seu olhar eleva-o, ao usá-lo como personagem principal nesta bonita história.

Durante a narrativa, o que mais me tocou foi o quão bem a escritora descreve os sentimentos de Luis, a sua sensação de perda, culpa e amor. E acima de tudo uma personagem extremamente real, que nos fica no coração e nos permite reflectir de uma forma que apenas as personagens bem construídas podem.

Além disso, é um livro com uma excelente perspectiva sobre as relações humanas e como elas funcionam, e de como são o motor que faz o mundo girar, para o lado correcto a maior parte das vezes. No entanto, além da perspectiva humana da história também possui elementos de mistérios que deixam o leitor agarrados a cada página com vontade de saber e conhecer mais.

Contudo, a narrativa tornava-se um pouco apressada com os eventos a acontecer, por vezes de forma precipitada. Além disso, havia certos elementos do enredo que eram de certa forma previsíveis.

Todavia, é um livro cheio de bons momentos, com frases e situações que reli varias vezes pelo sentimento positivo que inspiravam. Aguardo ansiosamente pela oportunidade de voltar a ler algo desta autora, que tanto potencial e capacidade demonstra na descrição de emoções.

Tenho que por fim agradecer a autora Ana Macedo por ter gentilmente cedido este exemplar para opinião, foi um prazer ler esta história.



sexta-feira, 24 de julho de 2015

Pensamento do Dia


Passo o dia com uma máscara que afinal não me protege, nunca me protegeu, e agora que me apetece atirá-la ao mar, descubro que está colada à minha pele (...) e não me deixa ser livre.

Ana Macedo, Sem Pecados na Culpa

Posso Perguntar? Posso? - com Ana Macedo

Sobre o autor:

"Ana Macedo nasceu em 1985, em Vila Nova de Gaia. Aprendeu a ler aos três anos, aos cinco queria ser escritora e aos catorze escreveu um romance que enviou para algumas editoras.
O seu sonho concretizou-se quando a GAILIVRO apostou no seu talento e publicou o seu primeiro livro.
Assim nasceu Lágrimas Coloridas, um livro carregado de emoções, de reflexões e contendo uma mensagem de força e de esperança.
Embora escrito por uma adolescente, Lágrimas Coloridas é o fruto de uma maturidade precoce onde a autora partilha com o leitor a essência de si própria. É, por isso, um livro para jovens lido com prazer e alguma perplexidade pelos adultos.
Lágrimas Coloridas foi referido no extinto programa Acontece como livro de qualidade e recomendado pelo Professor Marcelo Rebelo de Sousa. O romance vai já na 4ª edição e Ana Macedo tem percorrido o país, visitando várias escolas onde são organizados “Encontros com Autor” e é recebida com entusiasmo por alunos e professores.
Sem Pecados na Culpa, o segundo romance da autora, vai já na 2ª edição. Ana Macedo confirma assim a sua genialidade e o desenvolvimento do seu talento. Sem Pecados na Culpa é já um trabalho maduro, consistente e com qualidade literária. A sabedoria latente que começa a despontar nesta jovem levou o psicólogo Carlos Ribeiro a denominá-la de “profeta da vida” e o ilustre psiquiatra Professor Daniel Sampaio a referir que este é um livro “escrito com coragem e verdade”.
Em 2002, participou no Concurso de Literatura Juvenil Ferreira de Castro, obtendo a 1ª menção honrosa em prosa.
Concluiu, em 2009, a licenciatura do curso de Saúde Ambiental, na Escola Superior de Tecnologias da Saúde do Porto.
Ana Macedo esteve envolvida no projecto de uma nova banda, os Flat Major, finalistas do concurso Rock Rendez Worten, como autora das letras das suas músicas iniciando assim a vertente de letrista na sua carreira de escritora.
Tem um projecto na área da literatura infantil, em parceria com o Agrupamento de Escolas de Chaves, e procura editora para a sua publicação.
Está a trabalhar no seu próximo romance, que promete ser ainda mais intenso e surpreendente..."

Retirado de http://anamacedoescritora.blogs.sapo.pt/

Entrevista: 

1. Quando é que começou a escrever?

O romance Lágrimas coloridas surge dos 14 para os 15 anos. Mas lembro-me de rabiscar poemas, histórias inacabadas, desabafos em diários, pensamentos. .. Desde que aprendi a escrever!

2. Qual é o primeiro livro que se recorda de ler?

Essa não é fácil. .. Talvez algum da Anita ou, ainda antes, os contos tradicionais em formato mini (o meu pai tinha a colecção) ou no livro 365 histórias. Pelo menos lembro-me de os ter lido muitas vezes e de os terem lido para mim também.

3. Qual é o próximo livro na sua lista de leitura?

Não tenho uma lista. Normalmente os livros escolhem - me... Ou porque me chama a atenção o título ou porque alguém me oferece ou recomenda. Mas tenho A menina dos olhos de ouro, de Balzac, que comprei usado numa feira do livro e pretendo começar a ler quando acabar A chuva antes de Cair, de Jonathan Coe (que um amigo me ofereceu) :)

4. Quais são os seus livros preferidos? E autores?

Tenho alguns livros que me marcaram de alguma forma e em épocas diferentes da minha vida... O meu pé de laranja Lima é um deles. A montanha da água lilás, de Pepetela, é outro. Gostei de ler na língua original O retrato de Dorian Gray, de Óscar Wild. A confissão de Lúcio, de Mário de Sá Carneiro e Vinho Mágico, de Joanne Harris, também me ficaram na memória, assim como Benjamim, de Chico Buarque.

Quando era mais nova lembro - me que me marcaram Pedro Alecrim, de António Mota e Se perguntarem por mim digam que voei, de Alice Vieira.
Há outros autores que me fascinam, Jorge Amado, Sophia de Mello Breyner, Fernando Pessoa...

5. Qual a melhor companhia para um livro? Um café, a praia, o quentinho do sofá?

Para ler um livro... A luz de um candeeiro talvez. :) E a solidão é protagonista para a leitura e para a escrita; embora não seja necessária.

6. Que autores influenciaram a sua escrita?

Embora não de uma forma consciente, acredito que todos os autores que li influenciaram de alguma forma a minha escrita; quer na forma como no estilo ou até mesmo na abordagem de algum assunto... No entanto, o leque de autores que conhecia ate à data da criação do segundo romance não era assim tão vasta... Creio que mais do que os livros que eu lia, as aulas de Português e aquilo que eu ia aprendendo sobre os diversos autores, sobre as imensas possibilidades de escrita e a riqueza da nossa língua me inspiraram para a criação das minhas próprias histórias.

7. O que a inspirou ao escrever Sem Pecados na Culpa e Lágrimas coloridas?

A inspiração surge de formas diferentes mas sempre com um elemento comum: a observação das reacções e interacções humanas. Ao contrário do que muitos conhecidos meus acham que sabem, não é fácil conhecer-me através dos meus romances, nem mesmo conhecer opiniões ou interesses. Gosto muito de fugir de mim durante o exercício da escrita (salvo algumas excepções em que a uso para mergulhar em mim, excluídas ou camufladas nas publicações ), usando "os outros" para criar novas realidades.

8. Em Sem Pecados na Culpa, João, o protagonista, tem uma doença psiquiátrica, fez alguma pesquisa para desenvolver esta personagem?

No processo de criação das minhas personagens, e sobretudo uma tão intensa e controversa como o João, as minhas "antenas" estão mais activas. Procuro e absorvo traços de personalidade, formas de estar, de entrega ou de isolamento...e também informações relevantes que tornem as minhas personagens fiáveis e reais. No entanto não me dedico a fazer pesquisa propriamente dita, em livros ou na Internet... Apenas nas gavetas do meu conhecimento.
9. As suas personagens são baseadas em alguém que conheça?

Elas vão surgindo quase em sonhos, deve ser porque adormeço a pensar nelas. Naturalmente que vão tendo características de pessoas que conheço, mas muito menos do que possa parecer à partida. E se atribuo deliberadamente um qualquer traço de alguém, procuro afastar-me dessa pessoa nas restantes características.

Atribuí quase sempre nomes de pessoas próximas ou que conheci, embora, lá está, o nome não associe a personagem à personalidade da pessoa em questão.

10. Gostava de ver alguma das suas obras adaptadas ao cinema/televisão?

Posso dizer que sim. Porque não? Seria interessante ver alguém a interpretar o João ou mesmo a Aimee ou a Maria, do "Sem pecados na culpa". Como é que o realizador imaginaria as cenas das viagens psicadélicas da Aimee?!

Ou então um filme mais leve, para adolescentes, o "Lágrimas coloridas"; mas desta vez sem vampiros ou lobisomens, para variar...

11. Já alguma vez se deparou com alguém a ler os seus livros por exemplo num transporte público ou outro local? Como se sentiu?

Engraçada a pergunta porque nunca tive oportunidade de comentar. ..aconteceu no Verão passado (ou terá sido há 2 anos?)...O meu irmão Ricardo estava de férias com os meus tios e primas no Algarve quando me enviou uma foto de 2 irmãs, na beira da piscina a ler cada uma um dos meus romances. Foi engraçada a coincidência e logo num dos poucos locais do país onde ainda não realizei Encontros de Autor, portanto onde as minhas obras não estão tão divulgadas. De qualquer forma as meninas também deveriam vir de outro local e estariam ali de férias. ..

12. Quando escreve vai mostrando a alguém ou só no final pede opinião? E quem é a primeira pessoa a quem mostra o seu trabalho?

O meu processo de escrita é egoísta e não gosto de partilhar enquanto não dou o trabalho por concluído. No entanto, o facto de ter enveredado por outras vertentes da escrita, como letras para músicas e histórias infantis, impulsionou a divulgação e a interacção do meu trabalho durante o processo de produção. contudo, quanto aos meus romances, aceito e absorvo as críticas e opiniões mas apenas depois da obra publicada, pelo que estas apenas poderão influenciar um próximo trabalho...

13. Considera que se aposta nos autores portugueses ou que as editoras tem deixado escapar ou não dão a devida atenção e visibilidade a bons livros escritos por pessoas menos conhecidas?

Não sou das pessoas mais indicadas para responder a esta questão. Eu era uma autora perfeitamente desconhecida e muito jovem quando tive a felicidade de ver publicada a minha primeira obra. É certo de desde então muitas coisas mudaram no meio editorial e certamente aquilo que é comercial vem sempre à frente do que é de qualidade, mas apenas posso testemunhar como um exemplo de aposta de uma editora (a infelizmente extinta Gailivro) numa autora Portuguesa.

14. O que diria a alguém que se estiver a iniciar como autor?

O que poderei dizer senão que acredite em si e que seja persistente no seu trabalho até gostar dele o suficiente para o divulgar? Que leia o quanto puder e que enriqueça a alma de todas as outras formas que encontrar. O resto talvez dependa da sorte...

15. Quais são os seus projectos para o futuro?

Continuar a ser fiel ao meu estilo de escrita, procurando sempre exercitar outros que me possam também satisfazer... Terminar o terceiro romance ainda este século e publicar as histórias infantis que ainda tenho na gaveta! Poder vir a publicar noutras línguas e que não me falte "o engenho e a arte" para continuar a crescer como autora.


Agradecemos à Ana Macedo por se ter disponibilizado para a entrevista.
Desejamos-lhe as maiores felicidades e sucesso!

Um Fim de Semana Com..

E para acabar o mês de Julho em grande preparamos para vocês um fim-de-semana incrível na companhia da escritora portuguesa Ana Macedo!

E porque nunca é demais reforçar, fiquem atentos ao longo deste fim-de-semana, ao qual daremos início ainda hoje com a publicação da entrevista com a autora!

Desejamos-vos um fim-de-semana fantástico!!!


terça-feira, 21 de julho de 2015

Novidade Editorial Presença - John Green

" Cidades de Papel" - John Green

 

Sinopse:

"Quentin Jacobsen e Margo Roth Spiegelman são vizinhos e amigos de infância, mas há vários anos que não convivem de perto. Agora que se reencontraram, as velhas cumplicidades são reavivadas, e Margot consegue convencer Quentin a segui-la num engenhoso esquema de vingança. 

Mas Margot, sempre misteriosa, desaparece inesperadamente, deixando a Quentin uma série de elaboradas pistas que ele terá de descodificar se quiser alguma vez voltar a vê-la. Mas quanto mais perto Quentin está de a encontrar, mais se apercebe de que desconhece quem é verdadeiramente a enigmática Margot. 

 
Cidades de Papel é um romance entusiasmante, sobre a liberdade, o amor e o fim da adolescência. A adaptação do livro para o cinema chega a Portugal em julho de 2015!"


 
Mais informações sobre o livro no site da Editorial Presença. A adaptação cinematográfica estreia dia 23 de Julho ! 

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Divulgação - Novo Website de Ana Nunes

Ana Nunes, autora da colecção infanto-juvenil 4 Quadrantes, publicada pela Coolbooks, lançou um novo website, onde é possível descobrir mais sobre a colecção e as suas coloridas personagens.


Sendo uma autora tão querida às Bloguinhas, cujas obras já passaram pelos nossos "Um Fim de Semana com...", não podíamos deixar de vos convidar a visitá-lo, em:


Revejam também as nossas opiniões a "O Enigma do Castelo Assombrado" (aqui) e a "O Segredo da Cascata dos Murmúrios" (aqui)!


Desejamos à autora os maiores sucessos, e que haja em breve uma continuação à colecção!
 

Bloguinhas

sábado, 18 de julho de 2015

Vamos partir. Mas só por um instante.

Avizinham-se tempos de mudança para as Bloguinhas: um fim que se aproxima, mas que como qualquer outro fim traz em si um recomeço. Falamos de um sonho, a Medicina, que tal como a paixão pela literatura, também nos une e nos acolhe nos dias frios, como um café quente que fervorosamente nos aquece o coração.

Prestes a acabar o curso vemo-nos na impossibilidade de nos desdobramos, como temos tentado fazer, e dar-vos a nossa companhia com a qualidade que merecem! Por isso, optamos por nos próximos meses , que para nós serão de estudo intenso, deixar-vos sentir um pedacinho daquele tão português sentimento, a saudade! O blogue estará mais inactivo, no entanto, iremos publicar  o que já temos programado. Esperamos que no entretanto leiam muito e que, quando voltarmos, partilhem connosco as vossas viagens!





Vamos partir. Mas só por um instante. Vamos partir em viagem. E já voltamos.


Boas Viagens,


Bloguinhas

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Novidade Editorial Presença - Rick Yancey

" O Mar Infinito" - Rick Yancey

 

Sinopse:

"A Terra foi invadida por extraterrestres - os Outros -, que têm como único objetivo o extermínio de toda a população do planeta. Sem aviso, lançaram quatro vagas de destruição que devastaram parte da humanidade. Cassie Sullivan e os seus companheiros contam-se entre os poucos que sobreviveram e agora, com a espécie humana quase extinta e com uma quinta vaga em marcha, os jovens têm de tomar uma decisão crucial: enfrentar o duro inverno e ficar à espera que Evan Walter regresse, ou partir à procura de mais sobreviventes antes que o inimigo se aproxime demasiado - porque o próximo ataque é mais do que possível, é inevitável.

Ninguém é capaz de prever até onde os Outros podem descer, nem estes sabem o quanto a humanidade se pode erguer. É a derradeira batalha entre a vida e a morte, a esperança e o desespero, o ódio e o amor.

O Mar Infinito é o segundo volume da trilogia A 5.ª Vaga."



Mais informações sobre o livro no site da Editorial Presença.

Podem ler a opinião de "A 5ª Vaga" da Sofia e da Rosana.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Pensamento do Dia


"Decidi confiar ..., mas tal como alguém disse certa vez, não podemos fazer-nos confiar em alguém. Por isso guardamos todas as nossas dúvidas numa caixinha, que depois enterrados bem fundo, tentando esquecer onde a escondemos. O meu problema é que essa caixa escondida é como um casarão que eu não consigo parar de coçar."

Rick Yancey

Opinião “A 5ª Vaga”, Rick Yancey

Sinopse:

“A 5ª Vaga, o volume que dá início à trilogia com o mesmo nome, é uma obra-prima da ficção científica moderna. É um épico extremamente original, que nos apresenta um cenário de invasão extraterrestre do planeta Terra como nunca antes foi escrito ou sequer imaginado. Nesta narrativa assombrosa, uma nave extraterrestre fixa-se na órbita da terra, à vista de todos mas sem estabelecer qualquer interação. Até que, subitamente, uma gigantesca onda eletromagnética desativa todos os sistemas da Terra, e todas as luzes, comunicações e máquinas deixam de funcionar. A esta primeira vaga seguem-se outras, num crescendo de violência que devasta grande parte da humanidade. 

Será este o fim da existência humana sobre a Terra? Haverá ainda alguma salvação possível? A 5ª Vaga é um thriller de alta voltagem, com todos os ingredientes para se tornar um grande clássico da literatura fantástica universal.”


Opinião:

Com o incentivo da bloguinha Sofia, fui transportada para o interior das páginas desta obra! E com isto devo dizer que, sem querer, parti para esta leitura com as expectativas um pouco elevadas. Não sei se isto aconteceu pelo grande entusiasmo da Sofia ou se pelos livros que tenho lido, mas a verdade é que esperava algo mais, algo diferente desta distopia.

Como distopia que é, Rick Yancey proporciona ao leitor um mundo que consegue ter muitas facetas. Por um lado, este não é de todo aquele em que vivemos actualmente, mas por outro lado, podia perfeitamente sê-lo. E mais do que poder sê-lo, quem sabe não será o nosso futuro? Este é um dos grandes pontos fortes do livro! Um tema que consegue ao mesmo tempo ser real e irreal!

Somos confrontados com o planeta Terra invadido por extraterrestres, que nos leva a um ambiente repleto de dúvidas. O que são/Quem são os extraterrestres? São bons ou maus? O que querem do planeta Terra? E é com a dúvida permanente que embarcamos nesta viagem, descobrindo, passo a passo, as respostas para as nossas inseguranças e dúvidas. E aqui também há que congratular o autor pela forma como nos deixa descobrir lentamente e ao nosso ritmo cada uma das revelações guardadas em cada página. É uma obra que permite ao leitor saborear cada página, cada personagem e cada acontecimento como se o estivesse a ver de perto.

Mas claro que tal não seria possível se as personagens também não fossem bem construídas e caracterizadas. Se conseguimos descobrir cada passo, sentir cada receio e viver cada momento, isso também se deve ao seu alcance. Em cada capítulo vemos a história contada por pessoas diferentes, e cada vez que estas mudam, altera-se a voz do escritor!

Apesar de ter sentido que faltava algo na obra, fico ansiosamente à espera do segundo volume e é um livro que recomendo sem reservas! 

Apesar de finalista na categoria de Fantasia para Jovens Adultos: Goodreads Choice Awards, 2013 e finalista dos Children´s Choice Book Awards na categoria Teen Book of The Year 2014, é uma obra actual e intemporal, para a qual não há apenas uma idade adequada para a ler.



Podem ler a opinião da Sofia aqui.
 
Para mais informações sobre o livro, pode consultar o site da Editorial Presença aqui.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Novidade Marcador - John Sandford

" Sem Regras"

UM ASSASSINO INTELIGENTE, UM JOGO INFERNAL
UM TRILLER IRRESISTIVEL RECHEADO DE SUSPENSE

JOHN SANDFORD PRÉMIO PULITZER 


Sinopse: 

"Após três assassínios, Lucas Davenport é chamado a intervir. Na opinião dos colegas, tudo neste tenente é diferente. E têm razão – nos jogos de computador que inventa e vende, no Porsche que conduz até ao trabalho, passando pelo tipo de mulheres que atrai, e para sua busca incessante pela justiça, tudo é distinto.

O serial killer que persegue é um jogador, não é um sociopata como os que vêm nos livros; tem um gosto perverso pelo jogo, tendência que o leva a matar apenas pelo desafio.

Lucas Davenport terá de empregar toda a sua força mental – e coragem física – para aprender a pensar e a agir como o assassino. Porque a única forma de o vencer é entrando no seu jogo infernal."


«Um enredo recheado de suspense, um thriller de leitura irresistível que faz acelerar a batida cardíaca. Muitos dos autores mais conhecidos neste género literário teriam orgulho em chamar sua a esta obra.» 

Publishers Weekly

Sobre o autor : 

"JOHN SANDFORD nasceu com o nome John Camp a 24 de fevereiro de 1944, em Cedar Rapids, Iowa. Frequentou escolas públicas em Cedar Rapids e concluiu o liceu na Washington High School em 1962. Esteve no exército dos EUA entre 1966 e 1968, trabalhou como repórter no Cape Girardeau Southeast Missourian entre 1968 e 1970, e regressou à Universidade do Iowa em 1970-1971, para tirar um mestrado em Jornalismo. Trabalhou como jornalista para The Miami Herald entre 1971 e 1978, e depois para o St. Paul Pioneer-Press, entre 1978 e 1990; em 1980 foi finalista do prémio Pulitzer, que veio a vencer em 1986, com uma série de reportagens sobre a crise agrícola no Midwest americano. Desde 1990 tem-se dedicado a escrever thrillers. Também publicou dois livros de não-ficção, um sobre cirurgia plástica e outro sobre arte. É o principal financiador de um grande projeto de arqueologia no vale do Jordão, em Israel, com um sítio na Internet em www.rehov.org. Além da arqueologia, interessa-se muito por arte (pintura) e fotografia. Também caça e pesca.

Já à venda! Mais informações sobre o livro aqui.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Pensamento do Dia



"Eles precisavam de acreditar que algo belo podia sair de todo aquele terror. Compreendo o impulso de querer acreditar novamente em algo belo, e segurá-lo nas mãos."

Julianna Baggott

Opinião - "Fusão", Julianna Baggott

Atenção: esta opinião não contém spoilers directos, porém pode sugestionar alguns acontecimentos.

Sinopse:

"Fusão é o segundo volume da trilogia, iniciada com o volume Puros. É o relato de uma aventura épica mas é também uma história de amor inesquecível.
Partridge é um Puro. Escapou incólume às detonações atómicas destinadas a exterminar grande parte da humanidade porque pertencia à elite protegida no interior da Cúpula. Os restantes que no exterior conseguiram sobreviver às explosões, ficaram deformados com mutações terríveis. Contudo, Partridge decide abandonar o mundo seguro da Cúpula para viver com os mutantes. E agora essa elite, sob as ordens de Willux, pai do jovem, desencadeia uma aterrorizadora operação para o obrigar a regressar. 
Porém, ele sabe que pode contar com o apoio dos seus companheiros: Pressia, a jovem determinada a descobrir os segredos do passado; Lyda, a guerreira; Bradwell, o revolucionário; e por fim El Capitan, o guarda. Juntos organizam um grupo de guerrilha para pôr termo a um plano secreto e diabólico que está a ser arquitetado pela elite científica da Cúpula. Se conseguirem vencer, milhares de vidas serão salvas mas, se falharem, a humanidade irá pagar um preço demasiado elevado."

Mais informações sobre o livro aqui

Opinião : 

Acabei o primeiro livro desta saga com a sensação de que faltava algo. A escritora era exímia nas descrições, mas era difícil criar uma ligação com as suas personagens. Neste segundo volume, a sua capacidade descritiva não diminuiu e as personagens ficaram muito mais apelativas. 

A história retorna no ponto onde terminou, com as personagens do lado de fora da Cúpula a organizarem-se para ver a justiça a ser feita.  Depois das descobertas feitas, Pressia e Partridge vêm-se, mais uma vez, separados. Cada um a lutar pelo mesmo, mas em locais diferentes. 

O ritmo da acção torna-se muito mais rápido, sentimos a necessidade constante de virar a página, de saber o que vão fazer, ou que verdade aterradora vai ser descoberta na página seguinte. 

O desenvolvimento das personagens é enorme, começamos a perceber como elas funcionam e o quão complexas e belas são, apesar de todas as falhas e todos os erros cometidos. Além do mais, há personagens que se revelam autênticas surpresas. Fazem o nosso coração bater ligeiramente mais rápido, dão - nos vontade de entrar naquele mundo e de dar um abraço para reconfortar a personagem que está a sofrer. Além disto, Baggott demonstra um sentido de humor apurado que enriquece a narrativa tornando-a mais interactiva. 

Durante a história, leva-nos a reflectir sobre quais os limites que estaríamos dispostos a atravessar para fazer o que está correcto e a saber que as pessoas que nos parecem mais vulneráveis são capazes de grandes gestos de coragem e de amor. Personagens como Lyda e El Capitan tornam-se cada vez mais profundas, constituindo uma verdadeira surpresa neste capítulo da história. 

Além de dar vontade de não parar de ler, dá também vontade de reler o primeiro livro para absorver todos os pormenores que poderão ter falhado da primeira leitura. Em suma, este volume torna-se ainda melhor que o primeiro. Destaca-se por ser uma distopia diferente de todas as outras, com um mundo criado de forma pormenorizada e detalhada com personagens que nos ficam na memória.

Por fim, gostaria de agradecer à Editorial Presença pela oferta deste exemplar para leitura e opinião.


" Quando vierem por mim,eu estarei pronto. Puro por dentro. E você,estará? É essa a questão. Estará?"




Opinião do livro "Puros" aqui.

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Novas Aquisições: Junho

Promoções apetitosas, a generosidade de autores e editoras e a sorte em alguns passatempos fizeram com o nosso mês de Junho fosse contemplado com estas felizes aquisições!

Algumas destas obras desperta a vossa curiosidade? Também foram vítimas das promoções de Verão que nos levam à desgraça? Contem-nos como conseguem resistir!





Lançamento do Livro: "Do Caos - A Depressão em Fragmentos"

Sinopse

"Apoiou as mãos na pia. Olheiras e o reflexo. Número sete. Tarja preta. Respirou fundo. Não queria morrer, apenas acabar com a dor que parecia esmagar o peito. Angústia de dias. Solidão e lágrimas que não se desgrudavam e já eram convidadas sem qualquer educação. Olhou mais uma vez para o espelho. Vermelhos. Sem fim. Joelhos no chão. Dorso pendente. Piso claro molhado. Olhos fechados e a serenidade da escuridão. O silêncio e um melódico ressonar embriagavam o apartamento. Apenas. Nada se mexia. Nem as plantas ousavam piscar os olhos. Porta aberta. E os gritos subitamente romperam o silêncio e pararam diante do ressonar. Pausa que durou a eternidade de todos os sóis. Lágrimas desesperadas tentavam mexer o corpo. Tentavam. Mais gritos. Respiração profunda e olhos arregalados. Mais uma vez a serenidade da escuridão. Pernas em movimento e nada se achava. As agendas haviam sumido, as canetas evaporado, a voz embargara. Enfim, à procura da salvação, do olhar dele, da palavra não dita."




Se ficaram curiosos com a sinopse temos que partilhar convosco que, em Julho, o escritor Pablo Pereira vem até Lisboa para o lançamento e sessão de autógrafos deste seu livro, Do Caos - A Depressão em Fragmentos, publicado pela Chiado Editora!


A Bloguinha Tomé já leu a obra, podem ver a opinião aqui!