quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Opinião - "Shadowfell", Juliet Marillier

Sinopse

"Na terra de Alban, onde o jugo tirânico de Keldec reduziu o mundo a cinzas e terror, a esperança tem um nome que só os mais corajosos se atrevem a murmurar: Shadowfell. Diz a lenda que aí se refugia uma força rebelde que lutará para libertar o povo das trevas e da opressão. E é para lá que se dirige Neryn, uma jovem de dezasseis anos que detém um perigoso Dom Iluminado: o poder de comunicar com os Boa Gente e com as criaturas que vivem nas profundezas do Outro Mundo. Será Neryn forçada a fazer esta perigosa viagem sozinha? Ou deverá antes confiar na ajuda de um misterioso desconhecido cujos verdadeiros desígnios permanecem por esclarecer? Perseguida por um império decidido a esmagá-la e sem saber em quem pode confiar, Neryn acabará por descobrir que a sua viagem é um teste e que a chave para a salvação do reino de Alban pode estar nas suas próprias mãos."

Opinião

Já estava relativamente familiarizada com a obra de Juliet Marillier quando comecei a ler Shadowfell. A sua trilogia Sevenwaters marcou a minha adolescência. Na altura adorei, fiquei completamente absorvida naquele universo e nas suas personagens. Partindo para esta série, ia em busca de uma leitura que não exigisse grande esforço da minha parte, e foi precisamente isso que encontrei.
 
Talvez a minha memória esteja já toldada pelos anos que passaram desde que li Sevenwaters, e talvez me tivesse entregue mais completamente a essa trilogia do que a este livro, mas esta leitura pareceu-me bastante mais leve, um virar de páginas embalado pelas aventuras e desventuras da protagonista Neryn, uma rapariga com um dom invulgar num reino há anos sulcado pela repressão de um monarca, o rei Keldec. A sua viagem leva-a a testemunhar vários acontecimentos e ultrapassar múltiplos desafios, incluindo a sua desconfiança relativamente a Flint, o cativante e misterioso herói masculino (ou não se tratasse esta obra de um Romance Fantástico).
 
Durante todo o livro, Neryn encontra-se a caminho de um lugar-utopia, Shadowfell, onde a liberdade que falta no resto do reino abunda. Marcada pelo sofrimento e por provações físicas e emocionais, por fome e frio, Neryn cruza-se durante esta incessante e cansativa jornada com várias criaturas sobrenaturais. Mas apesar de o seu dom se revelar aos poucos durante a sua viagem, e de a protagonista ter feito notáveis progressos nesse campo, soube-me a pouco. Gostaria de ter visto mais a acontecer, de ver a história a progredir mais nesta que é a primeira parte da trilogia. Espero que a acção esteja reservada para os restantes volumes, e que o papel de Neryn na libertação de Alban, que promete ser central, assim se revele.

Não tendo prendido a minha atenção nem sido tão absorvente como o seu congénere da trilogia Sevenwaters, Shadowfell foi de facto uma leitura leve e deveras agradável! Espero ter a oportunidade de terminar esta trilogia e descobrir que outras desafios se avizinham para Neryn, no longo caminho que a separa do domínio do seu dom, e de acompanhar os desenvolvimentos da sua relação com as restantes personagens, em particular com o interessante Flint.

 

2 comentários :

  1. Gostei muito muito desta trilogia. Mais dos restantes do que do primeiro, mas também acho este muito bom.

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    1. Olá!

      Tem muito potencial! :) O termo de comparação é que foi mesmo muito bom. Vou sem dúvida terminar a trilogia :)

      Boas viagens,
      Isabel

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