sexta-feira, 17 de junho de 2016

Opinião “Quando o Cuco Chama”, Robert Galbraith

Sinopse:

“Quando uma jovem modelo cai de uma varanda coberta de neve em Mayfair, presume-se que tenha cometido suicídio. No entanto, o seu irmão tem dúvidas quanto a este trágico desfecho, e contrata os serviços do detetive privado Cormoran Strike para investigar o caso. Strike é um veterano de guerra - com sequelas físicas e psicológicas - e a sua vida está um caos. Este caso serve-lhe de tábua de salvação financeira, mas tem um custo pessoal: quanto mais mergulha no mundo complexo da jovem modelo, mais sombrio tudo se torna - e mais se aproxima de um perigo terrível...

Envolvente e elegante, mergulhado na atmosfera de Londres, Quando o Cuco Chama é o aclamado primeiro romance policial de J. K. Rowling, escrito sob o pseudónimo Robert Galbraith.”


Opinião:

Foi com alguma curiosidade que enveredei na leitura desta obra, que já estava há muito tempo na minha estante. No entanto, sinto que não escolhi a melhor altura para lê-la. Apesar de tudo o que referir acerca do livro seja a minha sincera opinião, não sei até que ponto esta teria sido diferente se o tivesse lido noutra altura.

Para começar, tenho que referir que J. K. Rowling é uma das minhas autoras preferidas, e isto deve-se maioritariamente à sua obra mais conhecida – “Harry Potter”. No entanto, ao longo do tempo, a autora foi demonstrando que não é apenas capaz de escrever histórias de fantasia e histórias para um público infantojuvenil, mas também de escrever romances como “A Morte Súbita” e policiais através deste seu novo pseudónimo “Robert Galbraith”.

Peguei neste livro numa tentativa desenfreada de me entreter, de encontrar algo que me prendesse e me fizesse abstrair das preocupações e receios do mundo real. E foi aqui que errei. Na minha opinião, esta não é uma obra que nos prende e agarra do início ao fim, não é uma obra que nos envolve e nos emociona. Apesar de estarmos perante um policial, não consegui encontrar em nenhuma parte da narrativa o ritmo frenético que esperava, até o próprio suspense era brilhantemente discreto.

E aqui posso parecer irónica. Devem estar a pensar: “Então não foi o que esperavas, não te prendeu nem agarrou, não te envolveu nem emocionou e usas aqui a palavra brilhantemente?” Apesar de o livro não ter sido o que eu esperava dele e não me ter enchido as medidas, consigo admitir que estamos perante uma obra muito bem escrita, como seria de esperar de J. K. Rowling, uma narrativa repleta de pormenores muito bem conseguidos, só que a um ritmo muito lento.

No que diz respeito à história em si, tudo começa quando "uma jovem modelo cai de uma varanda coberta de neve em Mayfair". Após averiguação do caso pela polícia e tendo em conta o historial psiquiátrico de Lula, presume-se que a causa de morte tenha sido o suicídio. No entanto, o seu irmão tem algumas dúvidas quanto isso, pelo que contrata o detective privado Cormoran Strike. Como romance que é, ao longo da narrativa podemos ver todos os passos de Strike, inquirindo todos os participantes da vida de Lula. No entanto, ao longo de 494 páginas, Robert Galbraith arranja ainda lugar para que saibamos um pouco sobre a vida de Strike e de Robin - a sua secretária temporária.

Assim, aconselho a quem quiser ler “Quando o Cuco Chama”, que escolha uma altura em que esteja disposto a apreciar cada palavra, cada frase, cada parágrafo e cada capítulo da narrativa. Escolham uma altura em que a vossa cabeça esteja capaz de estar atenta a todos os pormenores e, claro , aventurem-se a descobrir o mistério proposto ao detective Cormoran Strike.



3 comentários :

  1. JKRowling é sem dúvida uma "mestre" das letras e das palavras. E este livro é a prova da sua versatilidade enquanto escritora. Sou um fã de policiais, e este é sem dúvida um policial diferente, com uma marca muito própria que a sua autora lhe pretende imprimir...

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    Respostas
    1. É sim. Concordo plenamente.
      Vou tentar aproveitar melhor a leitura de "O Bicho de Seda". :) Já leu o segundo?

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    2. Ainda não, mas já está na estante :)
      Lamento que a presença não tenha ainda editado o terceiro da "saga"...

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