Sinopse
"O êxito de vendas mais rápido de sempre.
O livro que vai mudar para sempre o modo como vemos a vida dos outros.
Todos os dias, Rachel apanha o comboio... No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente.
Até que um dia...
Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada. Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos."
Opinião
Como êxito de vendas que foi, e sendo fã de policiais e mistérios, não podia deixar de ler "A Rapariga do Comboio". E foi completamente diferente do que estava à espera...
Não pior, talvez melhor, mas definitivamente... diferente. As personagens têm problemas sérios, que não se adivinhavam pela sinopse. A protagonista, sobretudo, gera sentimentos contraditórios. Se por um lado, enquanto leitora, torcia por ela, sofrendo com os seus desaires e sentindo o seu desespero, não consegui deixar de sentir aqueles "oh não..." de desilusão quando voltava a cometer os mesmos erros de sempre e a tomar as más decisões do costume. "A Rapariga do Comboio" é , ela própria, um desastre de comboio prestes a acontecer, ao qual o leitor pode apenas assistir...
...Até o mistério se revelar. Na minha opinião, foi um dos pontos fortes desta obra. É, de facto, misteriosa. Não se adivinha facilmente o que aconteceu, nem como, nem porquê, nem até que ponto. Adivinha-se ao ritmo que a autora decidiu, apanhando as migalhas que deixa pelo caminho para no final perceber de que era o pão. Até hoje, ainda não decidi se isto se deveu à personalidade construída para algumas personagens ter sido deliberadamente alterada para servir os propósitos do enredo, o que afectaria a coerência da história. Porém, as pessoas são assim na vida real, revelam-se diferentes do que julgávamos. E, de qualquer modo, foi um ritmo que me satisfez, e que não é assim tão comum nos mistérios contemporâneos.
Há obras que nos deixam com pena de não as poder reler não sabendo o desfecho, só pelo prazer de o saborear novamente, e esta é uma delas. Com a adaptação cinematográfica nos cinemas no próximo dia 6 de Outubro, sentirei certamente o mesmo quando for assistir ao filme. Mas escolhendo a priori entre o filme e o livro, um final é sempre mais sentido quando alcançado pelo virar de páginas, palavra a palavra, num universo que pertence apenas ao livro e ao leitor...
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