Sinopse
"E se a vida como a conheces pudesse ser muito mais?
Edição: Maio 2015
Páginas: 366
ISBN: 9789895134724
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Seria Maria, uma jovem estudante portuguesa acabada de chegar a Dublin, a ajuda poderosa pela qual aguardavam há tanto tempo? Conseguiria ela aceitar tudo o que lhe era pedido? Acreditar neles e lutar ao seu lado? Dividida entre o seu dever e o amor que sente pelo herdeiro do clã irá descobrir que deve seguir o seu coração, mas esse também já não é seu. Tinha-o entregue àquele homem ainda antes de lho dizer.
Este era o início de uma nova Era… da Profecia do Sangue.” - in Goodreads
Opinião
Maria é uma jovem portuguesa que parte na aventura da sua vida: deixa tudo o que até então conheceu e vai estudar para Dublin. Até esse momento tinha tido uma existência normal - até se cruzar com o clã dos MacCumhaill, e perceber que talvez tal não tivesse acontecido por acaso, e que talvez a família não fosse tão comum quanto sempre julgara...
A premissa de "Yggdrasil" é aliciante - uma jovem com interesse académico na mitologia irlandesa dá por si rodeada por seres que vira apenas em livros, acolhida por uma secular família de guerreiros que lhe diz ser parte de uma antiga profecia. Qualquer fã do fantástico, e do mythos irlandês em específico, daria por si num folhear satisfeito esperando poder explorar mais um mundo de fadas argutas e deuses temperamentais.
Até certo ponto, temos isso em "Yggdrasil" - mas apenas como paisagem. Toda a informação sobre os Tuatha e sobre a história do clã MacCumhaill é apresentada pela autora em exposições longas e lineares, sem que qualquer esforço da parte de Maria tenha de ser feito para as descobrir, a não ser que seja necessário que ela permaneça na ignorância durante algum tempo.
Outra questão que perturba a narrativa é que toda a acção passa a segundo plano quando comparada à relação entre Maria e Rhenan. Não estou, friso, a criticar a existência de uma história de amor; estou a lamentar a importância que ela toma comparativamente à suposta batalha que o clã está a travar, e à artificialidade dos métodos usados pela autora na tentativa de criar supostos obstáculos a esta relação, mas que nunca o chegam a ser verdadeiramente, e que tocam a infantilidade.
Penso que isto se traduz num final do livro em que se voa por uma batalha final completamente anticlimática (e num tom francamente misógino, que no resto do livro se vai adivinhando) e se demora num evento familiar que pouca surpresa traz ao leitor.
Se "Lua do Lobo", o primeiro título que li de M Barreto Condado, me deixou com alguma vontade de continuar a história, "Yggdrasil", em relação ao qual tinha até mais expectativas, não deixou uma marca positiva.
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