"A Alegria de Ser Miserável é o segundo romance da autora de Ensaio sobre o Dever (Ou a Manifestação da Vontade), finalista do Prémio LeYa em 2015 e que recebeu o aplauso e o reconhecimento dos leitores, pela narrativa invulgar e intimista e pela maturidade da escrita. Rute Simões Ribeiro usa as palavras «sem medo» (Lígia Casimiro, Viajar pela Leitura), sendo-lhe apontado um apurado sentido de humor, aliado à «estudada leveza filosófica» com que escreve (Helena Coimbra, Deus me Livro). Foi colocada pelos leitores na geração de escritores composta por Valter Hugo Mãe e Afonso Cruz, sentindo-se «grande semelhança com José Saramago» (Márcia Balsas, planetamarcia) que, caso não tivesse existido, o estilo «incategorizável» de Rute Simões Ribeiro seria «completamente inovador e revolucionário» (Bárbara Castro, Bloguinhas Paradise). Com o seu primeiro romance, a autora surpreendeu os leitores com uma edição independente à altura das melhores editoras e publica em 2018 um aguardado segundo livro.
O romance A Alegria de Ser Miserável explora a vida de um homem de feitio rude, que despreza o seu contexto social e a necessidade de relação com os outros. «Se alegria houvesse, e festa se anunciasse para a celebrar, Zé era convocado por carta, para não contaminar contentamentos». Porém, sofre uma embolia que lhe retira «a capacidade de sentir tristeza», ficando «impossibilitado de ficar deprimido», perdendo «competências em ser miserável». A sua irmã Alma da Encarnação, que «teria muito para fazer nesta vida e noutras, quem sabe, que no nome para lá tinha atalho», é uma personagem secundária que, num inesperado jogo de perspetivas, desenvolve uma singular densidade arquitetónica. O protagonista, Zé da Paixão, experimenta várias profissões irrelacionáveis, numa vida que é conduzida pelo acaso, e vem a conhecer uma mulher por quem sente uma fixação inconsequente. Num exercício literário que ultrapassa as habituais técnicas narrativas, a autora faz o seu personagem central assumir a coragem de sobrepor a vontade à oportunidade, conduzindo-o pelas suas teias mentais, dando uso a recursos narrativos atípicos. E à medida que a leitura se faz deixamos de ter a certeza se se trata na verdade de uma história de amor. É uma escrita leve, mas com subtis sinais de seriedade embutidos num intuitivo e engenhoso sentido de humor. Rute Simões Ribeiro expõe uma narrativa nova, destacando-se dela própria e ilimitando-se numa escrita, uma vez mais, sem grilhos e sem condicionantes."
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Para (re)lerem a opinião do primeiro romance da autora, Ensaio sobre o Dever (ou a Manifestação da vontade), aceder aqui.
Para (re)lerem a Entrevista com a Rute Simões Ribeiro aceder aqui.
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