Depois da morte, em circunstâncias estranhas, do seu tio-avô, Francis Thurston descobre nos documentos que herdou a existência de uma seita que venera uma criatura inominável, adormecidahá milhões de anos.
Sacrifícios indescritíveis praticados nas docas do Luisiana, mortes misteriosas em vários locais do globo, artistas assolados pela demência depois de visões nocturnas terríficas e, sobretudo, uma cidade ciclópica que surge do oceano depois de uma tempestade… Pouco a pouco, Thurston descobre que as investigações do seu tio-avô relacionadas com o culto a Cthulhu são mais verdadeiras do que imaginava e que, nas sombras, os seguidores do deus pagão se preparam para o acordar, prontos para trazer a loucura e a destruição ao mundo.
Os astros estão alinhados? Estará o fim próximo?
Lovecraft escreveu nos anos 20 do século xx uma das mais famosas histórias da literatura fantástica americana. Cthulhu, o grande ancião que sonha e que espera nas profundezas do abismo do oceano negro, tornar-se-á por si próprio o símbolo de todo o universo criado pelo autor de Providence, e ganha vida nestas páginas ilustradas pelo reconhecido François Baranger.
Fascinado desde sempre por esta obra povoada por criaturas que espreitam dos recantos mais sombrios e por Anciães titânicos cujo único olhar é suficiente para nos fazer mergulhar na loucura, François Baranger, ilustrador reconhecido mundialmente pelos seus talentos de concept artist para cinema e videojogos, começou a trabalhar na tarefa «ciclópica» de reproduzir em imagem os principais contos de H. P. Lovecraft.
Opinião
Começo por parabenizar a Saída de Emergência por ter sempre edições tão cuidadas e lindíssimas das quais sou imensamente fã. Agradeço à editora por ter feito chegar até mim este conto de H. P. Lovecraf.
O Despertar do Cthulhu foi escrito nos anos 20 do século XX, e deve, por isso, ser lido tendo em conta a sua datação, o leitor deve relembrar que foi Lovecraft um dos pioneiros na literatura fantástica e de terror.
A narrativa é muito simples e O Despertar do Cthulhu é um texto sobretudo descritivo, não existe propriamente uma acção central. Mas cada palavra parece ter sido minuciosamente escolhida para criar um ambiente de suspense e medo, o que torna esta leitura agradável ainda que inicialmente um pouco monótona e confusa.
Lovecraft dá-nos a conhecer Francis Thurston que depois da morte, em circunstâncias estranhas, do seu tio-avô, descobre nos documentos que herdou a existência de uma seita que venera uma criatura de cósmicas dimensões cuja idade parece ultrapassar a do próprio tempo. Se inicialmente Francis se mostra céptico em relação às descobertas do seu tio-avô, à medida que investiga as pistas que ele deixou começa a acredita que Cthulhu possa ser real, adormecido algures no Oceano Pacífico aguardando que as estrelas se alinhem para que saia das profundezas onde se encontra para aniquilar o planeta Terra. Encarem esta leitura como uma conversa com o protagonista que vos conta com assombro as suas descobertas.
O Despertar do Cthulhu
permite-nos perceber a genialidade de Lovecraft, embora já me tenham
dito que este não é o melhor dos seus trabalhos, e compreendemos este
autor enquanto visionário num género literário que tem agora
tantos fãs.
Face a um terror de outra dimensão não podemos deixar de ficar surpreendidos com a imaginação de Lovecraft incrivelmente bem representada pelas ilustrações François Baranger que consegue dar forma a conceitos muito abstractos. As ilustrações fazem desta edição um livro que embeleza qualquer estante! O único detalhe gráfico que não me agradou nesta maravilhosa edição de luxo foi o tamanho de letra diferente, percebo que a ideia fosse salientar alguma passagens mas visualmente não resultou para mim.
Assim, acredito que O despertar do Cthulhu é uma óptima sugestão de presente de Natal para os fãs do género ou simplesmente para os fãs de livros bonitos!
Assim, acredito que O despertar do Cthulhu é uma óptima sugestão de presente de Natal para os fãs do género ou simplesmente para os fãs de livros bonitos!
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