Sinopse
O corpo de uma jovem é encontrado no fundo de uma falésia, perto do farol de Kálfshamarsvík. Terá sido suicídio? Em pleno inverno, com a neve intensa e a violência das ondas no local, ela poderá simplesmente ter tropeçado e caído.
Mas quando o inspetor Ari Thór descobre que, 25 anos antes, a mãe e a irmã mais nova da vítima haviam perdido a vida no mesmo local, logo surge a suspeita de que a causa da morte pode não ter uma explicação assim tão simples, e que algo mais sinistro poderá, afinal, ter acontecido.
Mas quando o inspetor Ari Thór descobre que, 25 anos antes, a mãe e a irmã mais nova da vítima haviam perdido a vida no mesmo local, logo surge a suspeita de que a causa da morte pode não ter uma explicação assim tão simples, e que algo mais sinistro poderá, afinal, ter acontecido.
Opinião
Não tendo lido muitos policiais não vos posso confirmar que Branco Puro, de Ragnar Jónasson, seja o policial do ano como consta na capa, mas o The Times acredita que é! O que vos posso dizer é que esta foi uma leitura compulsiva e gelada! Penso que terá sido a minha estreia na literatura nórdica e gostei muito!
Ragnar Jónasson transporta-nos para um fria paisagem na Islândia que tem tanto de belo como de sombrio, e fá-lo com uma mestria que nos faz sentir a neve a tocar na nossa pele. Reconheço a este autor a capacidade de nos conseguir transportar realmente para outro local, e para um local que existe mesmo, o que terá implicado também algum trabalho de investigação, o que tem, naturalmente, o seu mérito.
Como podem ler na sinopse o corpo de uma jovem é encontrado no fundo de uma falésia levantando-se a hipótese de suicídio, no entanto, a mãe e a irmã mais nova da vítima, 25 anos antes haviam sofrido o mesmo fim. Várias pontas soltas e uma família destruída exigem uma explicação, e o inspector Ari Thór, o nosso protagonista, a par do seu parceiro, Tómas, abdicam da época natalícia para desvendar este caso sinistro.
Os poucos suspeitos que nos são apresentados são bem construídos, e coabitam numa das poucas casas na proximidade do local do crime onde um majestoso farol se levanta do chão, tudo isto são detalhes que a meu ver contribuem para a claustrofobia e isolamento que sentimos durante a leitura e que contrasta tão bem com a tentativa de existir, ainda assim, um ambiente Natalício.
O meu único reparo é que o autor, nos dando apenas um mão cheia de suspeitos, deveria ter feito incidir a dúvida sobre cada um deles de forma mais incisiva para aumentar no leitor o mistério e a incerteza. De resto, sem nada a apontar!
Descobri só no final da leitura que este livro faz parte da série Dark Iceland, que certamente vou revistar! Recomendo!
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