Opinião
Saramago é o meu escritor português preferido, e é sempre com muitas expectativas que início a leitura de uma das suas obras. Mas também com uma certa melancolia, por saber que o seu legado não é infinito, e que a cada livro que leio, mais perto fico de ter lido todos os seus romances.
A Viagem do Elefante, não se tornando um dos meus livros prediletos de Saramago, é uma leitura consistente, com uma mensagem clara: o importante é a viagem, o destino é o mesmo para todos, a morte.
Não há muito a contar sobre a narrativa, que se resume à viagem de um elefante de Lisboa até Viena, após o rei D. João III o ter oferecido ao Arquiduque Maximiliano da Áustria. Esta peculiar viagem aconteceu mesmo, todavia os detalhes históricos a esse respeito são escassos, e por isso Saramago conta-nos, à sua maneira deliciosa, o que poderia ter acontecido, apresentando-nos personagens e peripécias que nos entretêm, apesar do ritmo relativamente lento do livro e que pode não agradar a todos os leitores.
Como sempre a escrita é exímia e de uma beleza e musicalidade que só encontro neste autor.
Obrigada à Porto Editora pela oferta de um exemplar para partilhar convosco a minha opinião.
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