terça-feira, 1 de junho de 2021

Opinião "Os Filhos de Krondor - O Príncipe Herdeiro", Raymond E. Feist

Sinopse:

"Os gémeos Borric e Erland são os homens mais despreocupados do Reino das Ilhas. Mas a bem-aventurada juventude deles termina quando se preparam para suceder ao trono do seu pai, o Príncipe Arutha. Como primeira tarefa, o Príncipe envia-os no papel de embaixadores ao reino de Kesh, a mais poderosa das nações. Mas, mesmo antes de partirem, uma tentativa de assassínio a Borric, o mais velho dos irmãos, é evitada no último momento. Trata-se somente do início de uma jornada traiçoeira que levará os irmãos por caminhos separados e mortíferos – um, enquanto fugitivo, o outro, enquanto futuro rei. Agora, cada um deles deve traçar o seu próprio caminho rumo à maturidade, honra e paz, enquanto os que anseiam pela guerra se tornam cada vez mais audaciosos." 


Opinião:

Em Os Filhos de Krondor – O Príncipe Herdeiro, Arutha decide enviar os seus dois filhos mais velhos para Kesh, em representação do Rei, para o aniversário da Imperatriz. No entanto, a paz que se vive entre as duas nações é muito delicada, o que torna esta viagem incerta. 

O facto de a imperatriz já ter uma idade avançada origina vários jogos de bastidores para eleger o próximo líder o que faz com que a viagem de Borric e Erland se torne perigosa e com muitos mistérios por descobrir, não sabendo em quem confiar. 

Feist descreve-nos mais uma vez de forma detalhada e fluída esta nova cidade com uma cultura e costumes muito diferentes. 

Ao longo da narrativa, podemos ver o desenvolvimento do carácter dos irmãos, como passam de dois jovens despreocupados que se sentem invencíveis até perceberem os perigos que correm e, tendo personalidades parecidas, estas vão se alterando com os diferentes caminhos a que são sujeitos nas suas aventuras. Ao longo da jornada amadurecem, e se ao início não estavam prontos para serem líderes de uma nação, talvez no final estejam um pouco melhor preparados. 

Mais uma vez, Feist desenvolve personagens de tal forma que ficamos irremediavelmente ligados a a elas, criamos afecto. Este é o grande trunfo de Feist na sua escrita. O peculiar Nakor, o Cavaleiro Azul, e os seus “truques” é um desses exemplos. 

Este livro é um pouco diferente dos anteriores, não se focando tanto em magia, mas sim em conspirações e jogos de poder. A escrita continua muito fluída, com as todas as pormenorizações essenciais, nunca tornando a leitura chata. 

Sem dúvida um livro a ler. Segue-se “O corsário do Rei” para terminar a saga de “Os Filhos de Krondor”.


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