segunda-feira, 30 de junho de 2014

Opinião - " A Cidadela Branca " , Orhan Pamuk

Sinopse

“Em pleno século XVII, num mundo misto de fantástica sabedoria e de assustadora barbárie, um jovem estudante italiano viajava tranquilamente de Veneza para Nápoles quando foi capturado por piratas turcos. Após algumas voltas e reviravoltas do destino, torna-se escravo de um estranho cientista turco, conhecido como o Mestre. Este sábio, ávido pelo conhecimento científico e progressos intelectuais do Oeste, procura, recorrendo ao diferente saber do prisioneiro, conseguir o seu aperfeiçoamento intelectual e científico, e nos anos que se seguiram o escravo ensina ao Mestre o que ele aprendera no velho continente, da medicina à pirotecnia. Mas Hojas o Mestre, quer mais: quer saber o porquê de serem quem são e até que ponto, uma vez desvendados e trocados os seus mais íntimos segredos, as suas identidades não serão confundidas ou trocadas.”

Opinião

A Cidadela Branca foi o segundo livro que li de Orhan Pamuk. A minha escolha caiu sobre este, pois fiquei intrigada com a sinopse e pareceu - me uma boa premissa para uma história interessante. Contudo, tenho de admitir que acho que não percebi o objectivo do autor com a escrita desta narrativa.

Deste modo, seria de pensar que a minha opinião sobre o livro seria negativa mas, a verdade é que, apesar de tudo, a escrita é de muito fácil compreensão, há vários momentos de reflexão e ficamos interessados em saber qual será o destino das personagens, seja ele previsível ou não.

A relação entre o Mestre e o estudante, as personagens principais do livro, proporciona uma reflexão sobre algo um pouco perturbador : podemos saber tudo sobre uma pessoa, tudo o que a levou aquele local, as razões para as suas decisões, o que a marcou no seu crescimento e, no entanto, não compreender verdadeiramente a pessoas porque somos mais do que simples memórias, somos os que as memórias criam em nós.

Além disso, cheguei ao fim deste livro com a sensação que um dia terei de o reler. Daqui a algum tempo, quem sabe, poderei aprecia-lo na sua totalidade.

Deste modo,talvez não tenha compreendido o objectivo do autor mas usando as suas próprias palavras :


“... poder-se-ia escrever uma história só pelo prazer de a ler ou de a ouvir, sem que comportasse nenhuma moral ou conclusão particular?”



2 comentários :

  1. Viva,

    Nunca li mas tenho lido excelentes comentários sobre o seu livro.

    Bjs e boas leituras

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    Respostas
    1. Olá :)
      Este foi o segundo livro do autor que li. O primeiro foi o "Vida Nova" e esse adorei. :)
      Boas viagens,
      Sofia

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