Quase-Ode à Humanidade
Somos a verdade
Escondida nas mentiras que contamos.
Somos as lágrimas e os sorrisos
De quem amamos.
Somos a Poesia encoberta,
Somos a nau rumo à descoberta.
Somos a distância que nos separa
E a saudade que nos ampara.
Somos a noite da insónia acesa,
Somos a sonolenta tristeza.
Somos o caos em alvoroço,
Somos o desmedido esforço.
Somos a fé na Esperança
E o vento da mudança.
Somos o suor da roupa despida no chão
E a vergonha das promessas feitas em vão.
Somos a imensidão dos defeitos sem fim
E o pensar só em mim.
Mesmo quando outro ser almejamos,
E nele tudo tão desejamos,
Somos tão sem coração.
Humanos.
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