Sinopse:
“Ela é uma modista de chapéus pouco conhecida; ele, um ghostwriter de políticos menores e personalidades duvidosas. Quando trocam a pacata Aix-en-Provence pela imponente Paris, levam consigo toda uma bagagem de sonhos e promessas de glamour. Porém, o crescente sucesso profissional do marido depressa reduz Mara ao papel de mãe e dona de casa, arrastando-a para um abismo de solidão e desencanto. É então que se envolve com Matthéo, um jovem chef mais novo do que ela, e de súbito se vê enredada numa espiral de sentimentos contraditórios onde a lealdade, a luxúria e o dever encerram as agonizantes perguntas: poderá uma adúltera ser uma boa mãe? Poderá ela esperar que este amor proibido a salve de si mesma e da sua falta de fé?”
Opinião:
Creio que será difícil transmitir com as palavras certas a minha opinião relativamente a esta obra, assim como foi difícil atribuir-lhe um classificação no goodreads. No entanto, vou tentar fazê-lo da melhor maneira possível. Para começar, estava bastante curiosa com a leitura deste livro, uma vez que nunca li nada de Tânia Ganho. No entanto, não era bem disto que estava à espera.
“A Mulher-Casa” traduz uma realidade bastante comum não só nos dias de hoje, mas também do passado e do futuro. Se por um lado antigamente era costume a mulher ficar em casa, nos dias de hoje isso também acontece. Mudam os motivos, o número de casos, mas é algo que se vê e que se verá no futuro também. E aqui há que reconhecer um grande mérito à autora por trazer ao papel uma temática que apesar de muito falada antigamente por motivos óbvios, acaba por ser um pouco esquecida na actualidade em que vivemos.
A narrativa desenrola-se essencialmente em torno de Mara. Como podemos ler na sinopse, “o crescente sucesso profissional do marido depressa reduz Mara ao papel de mãe e dona de casa, arrastando-a para um abismo de solidão e desencanto”. E é basicamente nesta premissa que assenta toda a obra, tendo Tânia Ganho demonstrado ser capaz de traduzir em pleno esta realidade.
No entanto, apesar de a premissa me ter cativado e me ter dado vontade de ler o livro, a verdade é que não fui conquistada pela mesma. Mas não consigo encontrar nenhuma culpa nem na obra nem na autora. Acabei por atribuir apenas 4 estrelas ao livro por este motivo. Está muito bem escrito e muito bem descrito. No entanto, penso que não é o “meu livro”, talvez por não me identificar com Mara, talvez por não aceitar certas decisões e escolhas. E com isso sinto-me um pouco frustrada por não conseguir atribuir mais estrelas à obra, pois acho que ela tem muita qualidade.
Assim, não quero ser mal interpretada nesta opinião. É perfeitamente possível que quem for ler esta obra a ache brilhante e que seja uma das suas obras favoritas, assim como é verdade que a Tânia Ganho é uma excelente escritora.
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