Sinopse
A obra mais famosa de Lewis Carroll narra a história de Alice e da sua viagem a um fantástico mundo povoado por estranhas criaturas quando persegue um Coelho Branco e cai na sua toca. Alice cruza-se então com o Chapeleiro Louco, o gato Cheshire e a terrível Rainha de Copas, personagens ora encantadoras ora cruéis ou simplesmente bizarras como as aventuras de Alice.
O estrondoso êxito e o fascínio intemporal que exerce sobre leitores de todas as idades — dos elogios que a rainha Vitória e Oscar Wilde lhe teceram à mais recente adaptação cinematográfica de Tim Burton — convertem este clássico da literatura infantil numa das obras mais importantes escritas até hoje.
Opinião
Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, é um incontornável clássico da literatura infantil. Publicado a primeira vez em 1865, distinguiu-se por ser uma história para crianças mas despojada de quaisquer moralismos. A história, familiar a todos nós, resume-se às aventuras da pequena Alice que cai na toca de um coelho e depara-se com um lugar estranho, povoado por criaturas surreais. E a narrativa é apenas isto, sem fio condutor, assistimos a um desfile de aberrações protagonizado por uma criança irritante.
Não posso dizer que seja um livro péssimo, mas tendo em conta a sua popularidade e estatuto não estava à espera de tamanha aleatoriedade, decididamente não esperava uma bizarria tão desconexa e isenta de sentido. E se por um lado é de louvar a ousadia em ser um livro que não tenta ensinar nada às crianças, por outro lado chega até a dar maus conselhos.
O final acaba por atenuar o que senti durante a leitura, mas fechei o livro bradando aos céus que Lewis Carroll deveria ter-se comedido no consumo de cogumelos mágicos.
As ilustrações, apesar de rocambolesco-macabras, não me desagradaram e ajudaram a prosseguir a leitura até ao fim.
Não posso dizer que seja um livro péssimo, mas tendo em conta a sua popularidade e estatuto não estava à espera de tamanha aleatoriedade, decididamente não esperava uma bizarria tão desconexa e isenta de sentido. E se por um lado é de louvar a ousadia em ser um livro que não tenta ensinar nada às crianças, por outro lado chega até a dar maus conselhos.
O final acaba por atenuar o que senti durante a leitura, mas fechei o livro bradando aos céus que Lewis Carroll deveria ter-se comedido no consumo de cogumelos mágicos.
As ilustrações, apesar de rocambolesco-macabras, não me desagradaram e ajudaram a prosseguir a leitura até ao fim.
Considerei interessante o facto de o escritor ter sido matemático e esta obra ser um contraste, ser algo tão absurdo face a algo tão exacto, mas simultaneamente não deixando de haver referências a alguns fenómenos da realidade quântica – gatos que estão simultaneamente vivos e mortos ou partículas que se alteram sem razão aparente.
Não concordo que seja um livro para todas as idades, como li por aí, por ser um livro que se basta e se autolimita no pouco que é.
Leiam este livro como quem olha para uma pintura de arte abstracta, talvez assim ele faça algum sentido.
Não concordo que seja um livro para todas as idades, como li por aí, por ser um livro que se basta e se autolimita no pouco que é.
Leiam este livro como quem olha para uma pintura de arte abstracta, talvez assim ele faça algum sentido.
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