Sinopse:
“No ano de 1918, o jovem médico tenente Nicolau Lopes Moreira regressa da Frente francesa, ferido e traumatizado, para o seio de uma família burguesa de posses e para um país marcado pelo esforço de guerra, pela eleição de Sidónio Pais e pela pobreza e agitação social e política. No regresso, Nicolau vê-se confrontado com uma antiga relação com Rosalinda, dançarina e amante de senhores endinheirados, e com as peculiaridades de uma família progressista. Enquanto a Guerra se precipita para o fim e, em Lisboa, se vive a aflição da epidemia e da difícil situação política, a família experimenta o medo e perda, e Nicolau conhece um amor inesperado enquanto trava as suas próprias batalhas contra a doença e os próprios fantasmas.
O Ano da Dançarina é um romance de grande fôlego, histórico, empolgante e profundo, sobre a superação pessoal e uma saga familiar num tempo de grande mudança e turbulência em Portugal.”
Opinião:
Mais uma opinião em atraso, das que não poderiam ficar apenas na minha cabeça e no meu coração. Sinto que livros de autores portugueses não têm de todo a mesma visibilidade que muita da literatura estrangeira publicada. No entanto, superam muitos destes em termos de qualidade. E esse é um dos principais motivos pelo qual tento escrever esta opinião um ano após a sua leitura, aliado à cedência da obra pela Marcador para leitura e opinião.
Para quem não sabe, Carla M. Soares é, sem sombra de dúvida, uma das minhas autoras preferidas, quiçá a minha autora portuguesa preferida. E, como tal, não posso deixar de ler todos os seus livros! Começando por Alma Rebelde, seguindo com Chama ao Vento, crescendo para O Cavalheiro Inglês, eis que cheguei a este O Ano da Dançarina!
Trata-se de mais um romance histórico a acrescentar nas minhas estantes - um género que apesar de escasso nelas, tem vindo a crescer. Se há livros que li há um ano atrás e que me lembro das personagens é este! A forma brilhante como a autora caracteriza as personagens não é nenhuma novidade; é impossível não as ficar conhecer a todas como se fossem reais.
A história desenrola-se em torno de Nicolau, um jovem tenente-médico, ferido e traumatizado após a guerra, uma personagem extremamente humana e portuguesa, imperfeita, com a qual se torna impossível não empatizar. No entanto, não conseguimos também esquecer Cecília, César e até mesmo a dançarina. É bom quando nos apercebemos que a autora não se dedica apenas à personagem principal com maior intensidade, mas também a todas as outras, permitindo ao leitor por vezes gostar ainda mais destas últimas do que da primeira.
A história desenrola-se em torno de Nicolau, um jovem tenente-médico, ferido e traumatizado após a guerra, uma personagem extremamente humana e portuguesa, imperfeita, com a qual se torna impossível não empatizar. No entanto, não conseguimos também esquecer Cecília, César e até mesmo a dançarina. É bom quando nos apercebemos que a autora não se dedica apenas à personagem principal com maior intensidade, mas também a todas as outras, permitindo ao leitor por vezes gostar ainda mais destas últimas do que da primeira.
Trata-se de um livro muito bem caracterizado, simples e claro para quem já não se recorda muito da história de Portugal, não se tornando em momento algum maçudo ou pesado. Às vezes tenho pena de não nos podermos dedicar a tudo. Quem me dera lembrar-me pelo menos do que estudei em tempos sobre a história de Portugal! Quem me dera ter tempo para aprender até mais coisas sobre a mesma! E é com estas belas obras que o gostinho pelo nosso país e tudo o que temos de bom é relembrado!
E como seria de esperar nos livros de Carla, uma pitada de história de amor :). Foi por pouco que não alcançou mais uma vez as 5 estrelas. Mas tenho a confessar que talvez a culpa seja das minhas expectativas extremamentes elevadas depois de Alma Rebelde - um dos meus livros preferidos.
E como seria de esperar nos livros de Carla, uma pitada de história de amor :). Foi por pouco que não alcançou mais uma vez as 5 estrelas. Mas tenho a confessar que talvez a culpa seja das minhas expectativas extremamentes elevadas depois de Alma Rebelde - um dos meus livros preferidos.
Um ano depois, infelizmente não consigo traduzir completamente o que senti e, por isso, fica mais uma vez o meu pedido de desculpas à Marcador e à Carla M. Soares, por não ser provavelmente a opinião ideal, digna da obra em questão.
Recomendo a obra sem reservas e não apenas para fãs do género, esperando que um dia estas pérolas literárias não fiquem esquecidas na nossa história :). Escusado será dizer que já tenho Limões na Madrugada na minha estante, à espera de um tempinho para pegar nele. :)
Subscrevo tudo o que escreveste sobre o livro. É mesmo um livro que fica no coração, porque a beleza das palavras deixa a história viver dentro de nós.
ResponderEliminar"Limões na Madrugada" foi o que menos gostei até agora. Ainda me falta "O Cavalheiro Inglês".
Boas leituras.
Olá :)
EliminarPelo que fui lendo de outras opiniões, "Limões na madrugada" será de um género um pouco diferente, mas tenho-o na minha estante para descobrir :)
Obrigada pelo comentário! :)
Um beijinho,
Rosana
Olá Rosana :)
EliminarSim, é um género diferente.
Apesar de não ter gostado muito da história não foi nada aborrecido ler o livro. A escrita é tão boa e bonita que compensa o resto. Depois virei ler a tua opinião.
Boas leituras.
Beijinhos