Sinopse:
“O inimigo já não é o mesmo. O inimigo somos nós. Eles estão entre nós, eles estão sobre nós, eles não estão em lado nenhum. Querem a Terra, mas querem que seja nossa. Vieram para nos dizimar, mas querem salvar-nos. Porém, sob estes enigmas esconde-se uma verdade: Cassie foi traída. E também o foram. Ringer. Zombie. Nugget. E todos os sete mil milhões e meio de pessoas que viviam no nosso planeta. Primeiro traídos pelos Outros e depois por nós próprios. Nestes últimos dias, os sobreviventes terão de decidir o que é mais importante: salvar-se… ou salvar o que nos torna humanos.”
Opinião:
Anos depois de ler o primeiro e o segundo volume, finalmente terminei esta trilogia. Para quem nos tem acompanhado desde o início sabe que gostei de A 5ª Vaga e da premissa a ela inerente. No entanto, já em Mar Infinito, o segundo capitulo desta história, senti que a obra tinha ficado aquém das minhas expectativas.
Ao retomar a trilogia, já não me recordava bem das personagens secundárias e demorei um pouco a reentrar no ritmo de leitura. No entanto, através da sua escrita, Rick Yancey faz-nos sempre ler a uma velocidade estonteante até ao fim, acabando por nos envolver na narrativa, mesmo neste caso em que inicialmente se revelou difícil.
Para quem não conhece a trilogia, esta retrata o nosso mundo, as nossas pessoas, os nossos princípios, os nossos sentimentos. Tudo começa quando o planeta Terra é invadido por extraterrestres e apenas ao longo dos três livros percebemos o seu objetivo. Aquilo que experenciamos durante a leitura é de certa forma desumano. Brilhantemente o autor consegue transpor nas palavras a perda daquilo que tanto nos carateriza à medida que o tempo avança e que “Os Outros” vão ganhando terreno. Se em tempos as personagens nos disseram algo, se em tempos as personagens significavam algo umas para as outras, tudo isso se vai perdendo, o que se torna assustador!
E depois de uma corrida desenfreada para alcançar o fim do livro, estávamos à espera de algo mais claro e evidente. Mas o que encontramos foram intervenções confusas, deixando o leitor perdido no que de facto tinha acontecido no final. Já havia sentido isto em “Mar Infinito” e acaba novamente por tirar um pouco do valor de “A Última Estrela”. Sabemos que no final ficou o “amor”, que nem tudo nos pode ser retirado.
"I've learned that people forget what you said, people forget what you did, but people never forget how you made them feel"
Maya Angelou
Assim, é certo que não foi a melhor distopia que já li. No entanto, em todas elas cresci enquanto pessoa. O que me ensinou A 5ª Vaga? Relembrou-me o que faz de nós quem somos, relembrou-me que não está errado errar, e que nunca a vida será perfeita, espero que acreditando nesta premissa, não sejamos nós a destruir a Humanidade :)!
Sem comentários :
Enviar um comentário