Sinopse
Siddhartha, filho de um brâmane, nasceu na Índia no século VI a.C. Passa a infância e a juventude isolado das misérias do mundo, gozando uma existência calma e contemplativa. A certa altura, porém, abdica da vida luxuosa, protegida, e parte em peregrinação pelo país, onde a pobreza e o sofrimento eram regra. Na sua longa viagem existencial, Siddhartha experimenta de tudo, usufruindo tanto as maravilhas do sexo, quanto o jejum absoluto. Entre os intensos prazeres e as privações extremas, termina por descobrir «o caminho do meio», libertando-se dos apelos dos sentidos e encontrando a paz interior. Em páginas de rara beleza, Siddhartha descreve sensações e impressões como raramente se consegue. Lê-lo é deixar-se fluir como o rio onde Siddhartha aprende que o importante é saber escutar com perfeição.
Opinião
Parti para esta leitura com grandes expectativas, acreditei tratar-se de um livro life-changing, adorado por aqueles que abraçam crises existenciais todas as segundas-feiras quando toca o despertador. Mas, embora a temática seja do meu agrado, Siddhartha não me conquistou, gostei mas não adorei.
Siddhartha, o protagonista, nasce na Índia, numa casta privilegiada. Quando adulto sente-se insatisfeito e parte à descoberta, à procura de si mesmo e do sentido da vida. Inicialmente e por vontade própria passa privações extremas, aprende a viver com a fome e com o frio para depois se deixar enlear pelo jogo e pela riqueza, vivendo anos envolto em álcool e luxúria, voltando depois à procura da sua voz interior, voltando para renascer.
Siddhartha experiência assim os extremos da vida sentindo-se sempre incompleto, terminando a sua viagem existencial percebendo que o amor, mais do que qualquer doutrina, é soberano, que devemos ouvir o nosso coração e que a paz interior é mais um equilíbrio do que a vida num extremo. Vivemos tão focados com os nossos objectivos e com a procura que somos consumidos e ficamos alheados do que realmente importa.
Siddhartha é um livro bonito pelas passagens que o preenchem. Todos nós em algum momento nos questionamos tal como o protagonista, por isso, recomendo esta leitura apesar de não ter sido tão revolucionária como eu esperava.
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