Sinopse
Durante os anos da Depressão, Atticus Finch, um advogado viúvo de Maycomb, uma pequena cidade do sul dos Estados Unidos, recebe a dura tarefa de defender um homem negro injustamente acusado de violar uma jovem branca. Através do olhar curioso e rebelde de uma criança, Harper Lee descreve-nos o dia-a-dia de uma comunidade conservadora onde o preconceito e o racismo caracterizam as relações humanas, revelando-nos, ao mesmo tempo, o processo de crescimento, aprendizagem e descoberta do mundo típicos da infância. Recentemente, alguns dos mais importantes livreiros norte-americanos atribuíram grande destaque ao livro, ao elegerem-no como o melhor romance do século XX.
Opinião
Mataram a Cotovia, de Harper Lee, é considerado um dos melhores romances do século XX e o livro preferido de tantos leitores, por isso, parti para esta leitura com muitas expectativas, acredito que foram elas as responsáveis por eu não ter gostado assim tanto desta obra.
Percebo a importância deste livro por ter sido pioneiro a abordar a temática do racismo e do preconceito ao descrever-nos as vivências de uma pequena comunidade conservadora, no sul dos Estados Unidos, durante a Grande Depressão.
Atticus Finch, um advogado viúvo, recebe a árdua tarefa de defender um homem negro injustamente acusado de um crime hediondo. Os seus filhos, Scout e Jem, vêem-se vítimas de represálias que não entendem e procuram na figura do pai, um homem que vive de acordo com as suas convicções, conselhos e apoio. Gostei da relação entre eles, uma relação de igual para igual em que muitas vezes Atticus os incentivava à reflexão em vez de lhes impingir os seus ideais.
O início deste livro é bastante lento, passamos a primeira centena de
páginas a observar três crianças a brincar, encenando pequenos teatrinhos que reflectem a inocência da infância e o medo do desconhecido, aqui personalizado na figura de Boo Radley, uma lenda local.
Scout, a protagnsita, é uma menina rebelde e que apesar de crescer no seio de uma sociedade racista, cedo percebe que o certo e o errado não tem cor, gostei que a narrativa seja conduzida pela sua perspectiva, pela visão de uma criança. O seu olhar inocente embate de frente com a crueldade do mundo que a rodeia.
O resto da história pareceu-me seguir um curso linear, básico e expectável e se a ideia era mostrar-nos o sofrimento das pessoas negras face à superioridade branca essa mensagem ficou para segundo plano. Durante a leitura somos impelidos a sofrer por Atticus e pela sua família, pelas ameaças que sofrem e acabamos por esquecer Tom, o acusado, e a sua família.
Mataram a Cotovia aborda questões fracturantes que ainda hoje se mantêm pertinentes, vale pela sua mensagem e pelo lugar que ocupa na literatura do século XX, mas não me convenceu.
Tenho a mesma opinião! Li o livro este ano e confesso que fiquei desiludida. Apesar de ser uma história muito boa, principalmente pelas personagens, confesso que não compreendo o estatuto de "clássico" que esta obra ganhou. Mas gostei do livro e curiosamente é um dos poucos que tenho mesmo vontade de reler num futuro próximo :)
ResponderEliminarOlá Marina :)
EliminarFoi mesmo esse o sentimento! Mas não fiquei com vontade de reler, pelo menos para já.
Boas leituras :)
Bárbara Tomé