Sinopse:
«O meu pai quis matar a minha mãe num domingo de junho, ao começo da tarde.»
É com esta frase que Annie Ernaux inicia a história de uma menina de doze anos, agora mulher, escritora e bem-sucedida, defronte dos ecos de uma recordação que marcaria para ela o fim da infância. Valendo-se da voz cativante da melhor literatura e do olhar analítico das ciências sociais, Annie Ernaux parte de vestígios concretos daquela época, fotografias, canções, livros e revistas, para convocar as sensações, os medos e anseios escondidos de uma jovem a quem ensinaram, acima de tudo, a evitar o que é malvisto. Esta é uma reflexão possante sobre o poder da memória e a forma como um só evento é capaz de alterar a consciência que se tem de si e do seu meio social.
«A vergonha transformou-se, para mim, num modo de vida. No limite, já nem me apercebia dela, fazia parte do meu próprio corpo.»
Tradução: Maria Etelvina Santos ISBN: 978-989-711-236-2 Páginas: 96 Coleção: Dois Mundos Classificação Temática: Romance |
Sobre a autora:
Annie Ernaux nasceu em Lillebonne, na Normandia, em 1940, e estudou nas universidades de Rouen e de Bordéus, sendo formada em Letras Modernas. É atualmente uma das vozes mais importantes da literatura francesa, destacando-se por uma escrita onde se fundem a autobiografia e a sociologia, a memória e a história dos eventos recentes. Galardoada com o Prémio de Língua Francesa (2008), o Prémio Marguerite Yourcenar (2017), o Prémio Formentor de las Letras (2019) e o Prémio Prince Pierre do Mónaco (2021) pelo conjunto da sua obra, destacam-se os seus livros Um Lugar ao Sol (1984), vencedor do Prémio Renaudot, e Os Anos (2008), vencedor do Prémio Marguerite Duras e finalista do Prémio Man Booker Internacional. Em 2022, Annie Ernaux foi distinguida com o Prémio Nobel de Literatura.
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