terça-feira, 2 de abril de 2024

Opinião “O Olhar do Açor”, Sandra Carvalho

Sinopse:

A descoberta dos Açores, e todo o mistério e aventura que a envolveu, foi o mote para esta obra em dois volumes de Sandra Carvalho. O Olhar do Açor é uma narrativa que entretece com mestria verdade histórica e ficção, a realidade da sociedade portuguesa do século XV e a fantasia das personagens e dos cenários imaginados pela autora. Neste primeiro volume, que se centra nas histórias de vida dos fidalgos, ganham principal relevância as figuras de Constance, uma nobre inglesa enviada para Portugal para se casar com Gonçalves Vaz, senhor da valiosa herdade de Águas Santas; Nuno Garcia, um corsário implacável; Leonor, fruto ilegítimo da paixão de Constance e de Diogo, o jovem corajoso, protegido de Nuno Garcia e que Constance conhece durante a viagem, Guida, a escrava negra que cresceu com Leonor, e Tomás Rebelo, o fidalgo malévolo que deseja assenhorear-se de Águas Santas. Intriga, ganância, amor, paixão, e uma aura de misticismo, num romance extraordinário.


Opinião:

O Olhar do Açor é primeira obra que leio da escritora Sandra Carvalho. A Rosana já leu A Noite do Caçador e, uma vez que gostamos ambos de fantasia, recomendou-me experimentar os livros da autora. Assim, já todos moram cá em casa, estando só à espera de serem lidos :). Demorei algum tempo, mas lá acabei por enveredar por esta leitura ... e valeu a pena.

A narrativa começa de forma lenta, com uma introdução à vida em Águas Santas, onde Leonor, futura herdeira dessa terra, terá que casar com alguém para garantir a segurança da sua terra natal. Durante um passeio com um pretendente, algo sobrenatural acontece e é aqui que as coisas começam a ficar interessantes.

A partir daqui, Leonor e Guida, a sua fiel amiga, veem-se numa catadupa de acontecimentos que vão virar as suas vidas do avesso, onde apenas podem contar uma com a outra e talvez com uma pequena ajuda de um colar muito especial...

Sandra Carvalho escreve de uma forma muito peculiar, onde emprega muitas palavras menos usuais. Deu muito jeito ler no kobo, onde o dicionário está sempre à mão para vir em auxílio. Todavia, esta escrita não fez com que a leitura não fosse fluída. Foi uma leitura prazerosa, e que teve o condão de me enriquecer um pouco mais o vocabulário. É por isso que ler bons escritores portugueses é sempre um regalo.

Em breve regressarei com Filhos do Vento e do Mar, o segundo volume das Crónicas da Terra e do Mar.

🌟🌟🌟🌟



Para mais informações consulta o site do Grupo Editorial Presença aqui.

Caso queiras comprar o livro, podes usar os nossos links de afiliados:

Sem comentários :

Enviar um comentário