Sinopse:
“Catarina I foi a primeira mulher a governar a Rússia por direito próprio. Neste romance empolgante conhecemos a extraordinária história da serva que se tornou Czarina.
São Petersburgo, 1725. Pedro, o Grande, está a morrer no seu magnífico Palácio de Inverno. Sem um herdeiro, a Rússia corre o perigo de cair no caos. Mas Catarina, a sua segunda mulher, companheira de tantos anos, não pretende deixar que tal aconteça. Num jogo perigoso, decide esconder a morte do czar, enquanto planeia destruir os seus inimigos e tomar a coroa para si. Filha ilegítima de um camponês, nasceu no meio de uma pobreza devastadora. Aos 15 anos foi vendida como criada e o seu desespero levou-a a matar em legítima defesa. Viveu inúmeras desgraças até o destino a conduzir ao campo de batalha do exército do Czar. Foi aí que a sua extraordinária beleza chamou a atenção de Pedro, o Grande, vivendo com ele, como amante e depois como mulher, uma relação apaixonada e turbulenta. Mesmo no meio do esplendor e opulência da sua nova vida, entre festas, vistosas joias e palácios luxuosos, Catarina sabe do perigo que a rodeia e não esquece que a primeira mulher de Pedro está presa numa cela.
Czarina é a apaixonante história da ascensão ao poder de uma mulher astuta, ambiciosa e invulgar, que sobreviveu a inúmeros perigos, mas também um retrato vivo do nascimento da Rússia moderna, da brutalidade da guerra e de uma época onde a vida humana valia pouco."
Opinião:
Foi com grande curiosidade que enveredei nesta leitura. Apesar de a fantasia e os romances serem o meu porto seguro, cada vez mais tenho vontade em ler romances históricos, ou livros que me ensinem algo.
Como nos diz bem a sinopse, a narrativa desenrola-se em torno da Czarina Catarina I, a primeira mulher a governar a Rússia por direito próprio. Achei esta leitura deveras interessante e talvez seja mesmo esta a principal caraterística da obra a meu ver. O livro acaba por ser quase autobiográfico, retratando tudo pelo que a Czarina passou desde a sua adolescência.
Como pano de fundo temos a Rússia bem antes de 1725. Acompanhamos principalmente a guerra entre a Rússia e a Suécia, assim como a evolução e mudança de mentalidades ao longo dos anos. E, como tal, também outras personagens têm lugar de destaque durante a narrativa, nomeadamente Pedro – o czar, que apesar de ter más atitudes, o que mais queria era a evolução e o investimento na educação.
Torna-se impossível até imaginar como terá sido viver nestas datas e nestes locais. Se, por um lado, a ascenção da Czarina ocorreu em parte por sorte, por outro lado, é inegável a coragem e força desta mulher, o mérito em ser czarina, quase até mais do que ser czar.
Chegamos ao fim desta leitura a admirar Marta (como se chamava) / Catarina (como se passou a chamar a czarina e imperatriz da Rússia). No entanto, mesmo tendo esta posição de destaque, não deixou de sofrer ao longo da sua vida aquilo porque todas as mulheres foram passando ao longo do tempo. Para além de realçar que também as mulheres podem governar, o livro traz-nos bem mais do que mensagens em relação ao poder.
Considero tratar-se de um bom livro, no entanto, não é daquelas leituras que pegamos e queremos levar muito rápido até ao fim, pelo menos para mim. Refletindo, é um livro que nos recorda da sorte que temos nos dias de hoje, de que tudo o que temos não nos chegou numa bandeja, mas a troco de muito sofrimento. Por fim, o que sinto é: Catarina merecia mais :).
E claro deixo o meu agradecimento à Planeta Editora pela cedência deste exemplar para divulgação, leitura e opinião.
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