terça-feira, 8 de outubro de 2024

Entre Palavras II


 Talvez seja a única pessoa sem fotografias para mostrar deste maravilhoso evento, mas ficam aqui as minhas palavras:

Em primeiro lugar, agradeço imenso o convite para fazer parte do painel de criadores de conteúdo literário. Ana, não tenho nem terei palavras para agradecer o facto de te teres lembrado deste cantinho e de confiares na nossa participação neste evento. E, se por um lado, tive de receio da minha participação no painel, a verdade é que em momento algum me senti fora do painel, fora da caixa. Apesar de terem sido umas horas de perguntas e respostas sem estarmos a falar entre nós diretamente, a verdade é que nos ficamos a conhecer todos um pouco, e fizemos parte de algo indiscritível. Somos todos diferentes! E, meu deus, como isso é incrível! Por motivos familiares, não tive tempo de ficar a conversar após o painel, e tenho imensa pena disso, mas espero que um dia possa falar convosco de uma forma ainda mais informal e sem microfones! :)

Em segundo lugar, apesar de já teoricamente saber que não há como correr mal um evento de livros, posso dizer que acho incrível aquilo que fazemos, e que é mais do que evidente, independentemente do "sucesso" da plataforma ou página, se é que lhe podemos chamar isso, o gosto que todos temos nesta partilha: a partilha de opiniões literárias, a partilha de opiniões no geral, a partilha de livros, a partilha de palavras e/ou gestos, ou até o simples observar e estar. Passei a manhã a observar! E como foi bom observar também!

E, por fim, deixo também um agradecimento especial aos criadores de conteúdo que assistiram, que me deram aquele olhar de compreensão, empatia, força, e que até interagiram comigo, independentemente de muitos deles provavelmente não conhecerem o blog, a página de instagram e mesmo eu.

Sabemos que estamos no bom caminho quando isto acontece!
Quando os livros nos unem
Quando vemos a humildade e respeito espelhados num evento
Quando vemos o encorajamento
Quando vemos a força dada quando alguém está menos bem
Quando vemos o carinho
Quando vemos a admiração pelo trabalho que todos fazemos, como sabemos e como gostamos, por um bem maior que são, neste caso, os livros

Porque eventos como este sim são o reconhecimento daquilo que fazemos! Não são os números, não são as parcerias, mas sim as marcas que todos levamos para casa neste 5 de Outubro!

O tempo não é muito, mas vamos tentar continuar a fazer aquilo que gostamos. 
E se a vida o permitir, até para o ano :)!

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Opinião "Rama II - (parte 2 de 2)", Arthur C. Clarke e Gentry Lee

Sinopse:

A conclusão de uma obra-prima da ficção científica.

Rama, uma nave misteriosa e alienígena, cruzou o Sistema Solar e maravilhou toda a Humanidade. Ao mesmo tempo, respondeu à pergunta mais antiga e importante de todas, que há milénios desafiava ideologias e religiões: será que o Homem está sozinho no Universo?

É então que, no limiar do século XXIII, uma nova nave, exatamente igual à anterior, se materializa no espaço. No entanto, apesar de muitas maravilhas de Rama terem sido reveladas à Humanidade, a maior parte dos seus mistérios continua por resolver.

Quais serão realmente as intenções de Rama? E quem a enviou? Será um aliado poderoso… ou um inimigo fatal?


Opinião:

Com Rama II (parte 2 de 2) damos por concluído o livro Rama II.

Tal como em Rendez-Vous com Rama, a exploração de uma nave extraterrestre muito evoluída tecnologicamente é o mote para este livro, tornando-os portanto semelhantes, com apenas algumas diferenças no enredo. Neste livro há um pouco mais de segundas intenções por parte dos cosmonautas, e há algumas descobertas mais significativas na nave, bem como um final com um desfecho diferente.

Apesar de achar as explorações interessantes e o enredo razoável, na minha opinião, Rama II não acrescenta muito a Rendez-Vous com Rama, tornando a história um pouco repetitiva. Não se trata de uma má obra, no entanto, o facto de ser semelhante à anterior faz com que a exploração da nave perca um pouco a magia.

Por fim, deixo o meu agradecimento ao Grupo Saída de Emergência pela cedência do exemplar para divulgação, leitura e opinião.

🌟🌟🌟


Para mais informações consulta o site da Saída de Emergência aqui.

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sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Opinião “Ceifador”, Neal Shusterman

Sinopse:

Primeiro mandamento: matarás.

A Humanidade conquistou todas as barreiras... até mesmo a morte. Agora, os Ceifadores são os únicos que podem pôr fim a uma vida, e é-lhes ordenado que o façam, a fim de manter o crescimento da população sob controlo.

Citra e Rowan são escolhidos como aprendizes de Ceifador — um cargo que nenhum deles quer, mas que terão de desempenhar para não perderem a sua própria vida. Porém, algo corre terrivelmente mal, e Citra e Rowan veem-se um contra o outro, num jogo perigoso em que só um pode ganhar.

Ceifador é o primeiro livro de uma emocionante série do autor vencedor do National Book Award, Neal Shusterman, na qual Citra e Rowan aprendem que um mundo perfeito só existe quando se paga um preço muito elevado.


Opinião:

Foi com grande curiosidade que enveredei nesta leitura. E desta vez resolvemos experimentar cá em casa a leitura conjunta 😊, coisa que nunca tínhamos feito.

Já tinha saudades de ler uma distopia, por isso, este livro serviu como uma luva. Achei a premissa em que se baseia deveras interessante. Basta ler a sinopse para ficarmos curiosos: “Primeiro mandamento: matarás”. O autor apresenta-nos uma realidade em que a morte natural ou provocada por qualquer pessoa não existe, e em que apenas os ceifadores podem pôr fim a uma vida. No entanto, eles não só podem, como têm que pôr fim a determinado número de vidas por ano, para manter o crescimento da população sob controlo.

Nesta obra acompanhamos principalmente Citra e Rowan, dois adolescentes, que são escolhidos como noviços do Ceifador Faraday. No entanto, como seria esperar, nem todos os ceifadores possuem a alma mais pura no uso do poder da morte, e quando somos orientados por alguém, esse alguém deixa inevitavelmente uma marca em nós como aprendizes.

Apesar de o tema principal ser a morte, não posso dizer que seja uma leitura pesada. No entanto, isso não significa que seja uma comédia ou uma leitura leve. Penso que o autor conseguiu fazer um equilíbrio brilhante na forma como abordou o tema, não nos deixando para já de coração apertadíssimo, mas não deixando o leitor indiferente às personagens, à morte, e ao ato de matar.

Fiquei indecisa entre as quatro e cinco estrelinhas. Gostei muito do livro, não lhe encontro propriamente uma falha ou algo que faria diferente, mas não posso dizer que me tenha arrebatado completamente. No entanto, trata-se de um livro que recomendo, principalmente para os fãs de distopias ou fantasia.


🌟🌟🌟🌟




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domingo, 25 de agosto de 2024

Opinião “Rama II - (parte 1 de 2)”, Arthur C. Clarke & Gentry Lee

Sinopse:

O regresso de Rama.

Em 2130, Rama, uma enorme e enigmática nave extraterrestre, navegou pelo sistema solar, provando que existia vida noutro local do Universo. Este produto de uma civilização alienígena revelou muitas maravilhas à Humanidade – mas a maior parte dos seus mistérios está ainda por resolver…

Vários anos depois, aproxima-se outra nave da Terra. A cultura e tecnologia de Rama foi analisada, mas ninguém está preparado para o que se encontra a bordo de Rama II: segredos cósmicos que são chocantes, assustadores… e talvez mesmo fatais.

Será que as questões deixadas por Rama poderão ser finalmente respondidas?


Opinião:

Em Rama II – parte 1, temos uma nova nave espacial a passar na nossa galáxia e, desta vez, os humanos estão melhor preparados para conseguirem explorar a nave Ramana. Tudo indica que esta seja exatamente igual à que visitou o nosso sistema solar há cerca de meio século e, por isso, é destacada uma equipa para a exploração desta nova aparição.

No início o livro foca-se mais no que aconteceu em termos sociais e políticos no planeta Terra após os acontecimentos de Rendez-Vous com Rama, o que estava a tornar a leitura menos prazerosa. Mas após estes capítulos iniciais, onde também nos são introduzidos os novos astronautas que irão explorar esta nova nave, o livro torna-se bem mais interessante.

Nesta primeira parte ainda temos pouco de Rama e de ficção científica, o autor foca-se mais nas diversas personagens que exploram esta nova aparição e nos seus interesses pessoais. Quando estes interesses pessoais são postos à frente da segurança da missão, podem acarretar consequências fatais, principalmente quando exploram uma nave tão avançada tecnologicamente.

Sendo a primeira parte de um livro é sempre complicado escrever uma opinião, mas fiquei muito curioso para saber como tudo vai acabar. Voltarei em breve com a segunda parte deste livro.

Por fim quero deixar um agradecimento à Saída de Emergência pela cedência de um exemplar para divulgação, leitura e opinião.

🌟🌟🌟


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sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Opinião "O Conto do Pedrito Coelho", Beatrix Potter

Sinopse:

Era uma vez quatro coelhinhos chamados Flosi, Mopsi, Rabinho-de-Algodão e Pedrito, que vivem com a mãe num belo bosque, próximo de uma grande horta. Apesar do aviso da Senhora Coelha, o Pedrito decide ir até à horta do Senhor Gregório encher a barriguinha com alfaces, feijão e rabanetes. O senhor Gregório avista-o e corre atrás dele para o apanhar! O Pedrito está metido num grande sarilho. Será que consegue escapar? Como? Haverá um esconderijo? Onde está o portão? Neste clássico de Beatrix Potter, o Pedrito salta para a sua primeira aventura e para os corações dos leitores.


Opinião:

Este foi dos primeiros livrinhos que compramos para o nosso pequeno Tomás. Com uma re-edição acabadinha de sair (em Maio deste ano), num formato muito apelativo para os mais pequenos, não resistimos a comprá-lo.

E, apesar de o Tomás ter apenas 5 mesinhos, a verdade é que já ouviu esta história inúmeras vezes! Não é uma história muito pequena, mas a verdade é que conseguimos lê-la sempre até ao fim sem que ele chore ou resmungue :). Assim, é certo que vamos querer ler os restantes livros do Pedrito Coelho.

É verdade que existem inúmeras histórias bonitas e recentes, mas há uma certa beleza quando lemos e reencontramos contos clássicos e intemporais: contos que aparentemente são apenas uma história, sem lição de moral óbvia, mas que, de cada vez que o lemos, nos ensinam algo de novo. Fica na cabeça e no coração o Pedrito e o Sr. Gregório. :) 


🌟🌟🌟🌟🌟

Por fim, deixamos uma pequena amostra desta aventura do Pedrito Coelho:





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quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Opinião "Solo leveling 8", Chugong, DUBU (Redice Studio)

Sinopse:

Chegou o oitavo volume do fenómeno da Manhwa que já tem milhões de leitores em todo o mundo!

Um regresso ao Japão, um novo desafio e… Uma arma secreta.

Seong Jinu regressa a casa, no final do seu raid. Sim, ele tem uma nova capacidade que lhe permite trocar de lugar com uma sombra, esteja ela onde estiver, e o seu objetivo principal nunca mudou desde o início da sua carreira de caçador.

Agora, Seong Jinu pode mesmo voltar para junto da mãe, que, infelizmente, sofre de uma doença que todos, até agora, creem ser incurável. No entanto, assim que chega ao seu país, outros dão conta do seu regresso: Seong Jinu é convidado para um desafio entre caçadores de nível S coreanos e japoneses. Estes últimos parecem estar em vantagem, mas a tentativa de reconquista da Ilha de Jeju pode não correr assim tão bem…

Continua a saga Solo Leveling, que já conquistou milhares de leitores portugueses e que já tem anime e videojogo.



Opinião:

Neste oitavo volume continuamos a seguir as aventuras de Seong Jinu após sair do castelo com novos poderes. Seong finalmente consegue cumprir o seu objetivo de obter o elixir para curar a sua mãe. Será que vai mesmo funcionar?

Neste livro, a narrativa foca-se mais em apresentar-nos todos os caçadores nível S da Coreia e do Japão, antes deles unirem forças e seguirem para a tentativa de reconquista de Jeju. No entanto, há uma grande rivalidade entre os caçadores destes dois países e a entreajuda poderá estar em risco. Os seus objetivos parecem diferir entre eles, e é aí que as coisas podem correr mal.

Trata-se, por isso, de um livro com menos ação do que os anteriores, mas com um enredo com mais conspiração, traição e incertezas.

Certamente que Seong terá uma palavra a dizer no meio disto tudo, depois de neste volume ter uma contribuição mais discreta.


🌟🌟🌟🌟


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quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Pensamento do Dia

“Na manhã em que levei a minha avó a enterrar, há muito que ela me tinha morrido. Somente o seu invólucro entrou na terra. Foi vazio de histórias. De um segundo para o outro, até de respirar o corpo se esqueceu. Largado esse hábito, libertou-se de tudo.

Morri eu primeiro, morreu o seu filho, morreram as pessoas e os lugares e as palavras. Morremos nós, antes dela. Morremos nas conversas e num momento único e em queda, sem amparo. Viver até tarde tem um custo elevado: vemos desaparecer a família, amigos, conhecidos, até que o círculo se fecha.

O último a morrer será o último a lembrar e a esquecer. Tinha esta certeza até ver uma doença desfazer a sua memória. Ela era apenas um bebé velho com o tempo marcado na pele e o hálito da morte em cada movimento e em cada nome esquecido. A vida foi-se esfiapando e com isso desapareceu quem lhe ocupou a infância, a juventude e os anos antes da extremidade da vida. Desapareceram um a um, com drama, sem drama, de doença, por acidente, apagados linha a linha. Somos feitos de histórias e desaparecemos se nõa há ninguém para as contar.”

Mário Rufino, Cadente

quarta-feira, 31 de julho de 2024

Opinião "A Cidade de Bronze", Shannon Chakraborty

Sinopse:

Nas ruas do Cairo do século XVIII, Nahri é uma jovem vigarista de talentos incomparáveis. Por meio de leituras de mãos, de exorcismos e de um misterioso dom de cura, faz dos nobres otomanos o seu principal alvo, num esforço para sobreviver.

Mas quando um dia, durante um dos seus “golpes”, evoca acidentalmente Dara, um misterioso guerreiro jinn, acaba por perceber que até os estratagemas mais inteligentes podem ter consequências fatais.


Opinião:

A Cidade de Bronze acompanha principalmente duas personagens, Nahri, uma jovem com talento para a cura e para enganar pessoas, e Alizayd, um príncipe numa cidade misteriosa. Quando Nahri invoca acidentalmente um jinn – Dara – a vida dela torna-se um constante perigo. Agora, com a ajuda de Dara, tem que se esconder das criaturas que pretendem apanhá-la.

Shannon Chakraborty traz-nos criaturas misteriosas, com um enredo ambientado no Médio Oriente, onde os jinns são as criaturas que queremos conhecer melhor. Descobrir os mistérios da cidade de Daevabad é outro ponto alto do livro.

Trata-se de uma obra de leitura fácil, com mistério e alguma ação, sendo fácil criar empatia com Nahri, Alizayd e o misterioso Dara.

Como não estou muito ambientado ao folclore daquela região do planeta, e o início da leitura não foi tão contínuo e encadeado quanto eu gostaria, confesso que por vezes tive dificuldade em identificar aqueles nomes todos e, por isso, o glossário final deu uma grande ajuda.

A Cidade de Bronze é o primeiro livro que leio da editora Kathartika. Com uma boa tradução e uma capa muito bonita, a editora está de parabéns. Certamente não será o último livro que leio desta editora, pois está quase a chegar o tão desejado livro de Brandon Sanderson. :)


🌟🌟🌟🌟



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terça-feira, 30 de julho de 2024

Opinião "Os Sentimentos Mudam Como... O Rio", Tom Percival

Sinopse:

O Ricardo adora o rio e sabe que ambos têm muito em comum, porque estão sempre a mudar.

Ora se sente leve e feliz, ora lento e triste, ora zangado e rebelde.


Opinião:

Compramos este livro pela capa, num impulso, sem sequer ler o interior antes de o trazer para casa:). Se calhar não devíamos fazer sempre isso, mas posso dizer que desta vez correu bem!

Se a capa já era bonita, o interior não lhe fica nada atrás; quer no que diz respeito às ilustrações, quer no que diz respeito à mensagem que transmite! E, apesar de o Tomás ser ainda muito pequenino, ouviu-me três vezes a ler esta história hoje :) e acompanhou à sua maneira as ilustrações.

Depois desta leitura fiquei com vontade de adquirir os restantes livros publicados pela Jacarandá de Tom Percival. O que mais dizer? Trata-se de um livro com ilustrações maravilhosas, mensagem muito bonita e, acima de tudo, essencial para os pequenos leitores que um dia se tornarão grandes.


🌟🌟🌟🌟🌟

Deixamos-te aqui uma pequena amostra:

 

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quarta-feira, 24 de julho de 2024

Opinião "Eu visto-me - Bebé Montessori", Agnese Baruzzi , Chiara Piroddi

Sinopse:

Explora o conceito e vira as páginas deste livro com o teu bebé.
Um livro com texturas e imagens a preto, branco e vermelho, inspirado no método Montessori.

Este livro permite:
• a exploração sensorial de texturas;
• a observação de imagens a preto, branco e vermelho que estimulam o desenvolvimento visual do bebé.



Opinião:

São inúmeras as vezes que pegamos neste livrinho com o pequeno Tomás e, digo-vos já, ele adora-o! Temos até vários cartões de contraste, mas ele tem claramente uma preferência :). Já com quatro mesinhos começou agora a pôr as suas mãos nas texturas e a querer inclusive virar as páginas cartonadas!

É um livro que recomendo, assim como os restantes da coleção que estou a pensar adquirir, já que ele gostou tanto dele. Nunca é cedo para mostrar um livrinho aos pequeninos. E este é um bom exemplo para começar!

Por fim, deixo o meu agradecimento ao Grupo Editorial Presença pela cedência do exemplar para divulgação, leitura e opinião.


🌟🌟🌟🌟🌟


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terça-feira, 23 de julho de 2024

Opinião “Origem”, Dan Brown

Sinopse:

Finalista Prémio Livro do Ano Bertrand 2017

Bilbau, Espanha.
Robert Langdon, professor de simbologia e iconologia religiosa da universidade de Harvard, chega ao ultramoderno Museu Guggenheim de Bilbau para assistir a um grandioso anúncio: a revelação da descoberta que «mudará para sempre o rosto da ciência.» O anfitrião dessa noite é Edmond Kirsch, bilionário e futurista de quarenta e dois anos cujas espantosas invenções de alta tecnologia e audazes previsões fizeram dele uma figura de renome a nível global.

Kirsch, um dos primeiros alunos de Langdon em Harvard, duas décadas atrás, está prestes a revelar um incrível avanço científico… que irá responder a duas das perguntas mais fundamentais da existência humana. No início da noite, Langdon e várias centenas de outros convidados ficam fascinados com a apresentação tão original de Kirsch, e Langdon percebe que o anúncio do amigo será muito mais controverso do que ele imaginava. Mas aquela noite tão meticulosamente orquestrada não tardará a transformar-se num caos e a preciosa descoberta do futurista pode muito bem estar em vias de se perder para sempre.

Em pleno turbilhão de emoções e em perigo iminente, Langdon tenta desesperadamente fugir de Bilbau. Tem ao seu lado Ambra Vidal, a elegante diretora do Guggenheim que trabalhou com Kirsch na organização daquele provocador evento. Juntos, fogem para Barcelona, com a perigosa missão de localizarem a palavra-passe que os ajudará a desvendar o segredo de Kirsch.

Percorrendo os escuros corredores de história oculta e religião extremista, Langdon e Vidal têm de fugir de um inimigo atormentado que parece tudo saber e que parece até de alguma forma relacionado com o Palácio Real de Espanha… e que fará qualquer coisa para silenciar para sempre Edmond Kirsch.

Numa viagem marcada pela arte moderna e por símbolos enigmáticos, Langdon e Vidal vão descobrindo as pistas que acabarão por conduzi-los à chocante descoberta de Kirsch… e a uma verdade que até então nos tem escapado e que nos deixará sem fôlego.



Opinião:

Tal como nos já vem habituando, Dan Brown apresenta-nos mais um tema interessante. Neste caso, Igreja vs Tecnologia acaba por ser o mote para esta narrativa. Edmond Kirsch acredita que encontrou a resposta para duas das perguntas mais antigas da humanidade: De onde vimos? E Para onde vamos?

Mas parece que há muita gente interessada em que esta informação não veja a luz do dia, ficando perdida para sempre. E é aqui que entra Robert Langdon, amigo de Kirsch. Mais uma vez, vê-se envolvido na investigação, e nos perigos que esta acarreta, para desvendar estes mistérios.

Com capítulos curtos, Dan Brown, conduz-nos pelos mistérios que envolvem esta história. Trata-se de um livro de leitura rápida, pois com os mistérios que rodeiam a história queremos sempre saber o que se segue. No entanto, achei este livro o mais previsível de todos deste escritor (foi fácil adivinhar quem era o “criminoso”) e também o que tem menos enigmas para resolver.

Trata-se, portanto, de um livro que cumpriu o propósito, mas que não me cativou completamente.

🌟🌟🌟



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sábado, 13 de julho de 2024

Opinião “A Irmã da Tempestade”, Lucinda Riley

Sinopse:

Se procura uma série envolvente e viciante, na qual a trama familiar é o ponto de partida para momentos épicos em vários lugares e épocas, tem o livro perfeito nas mãos. Prepare-se para viver amores impossíveis, sonhos sem limites e surpresas impressionantes.

Velejadora imparável, Ally D’Aplièse prepara-se para entrar numa das mais difíceis competições do mundo quando recebe a notícia da morte do pai. De regresso a casa, reunida com as suas cinco irmãs, a descoberta de que Pa Salt, nome carinhoso pelo qual tratavam o pai, deixou às ­filhas adotivas pistas sobre as suas origens faz Ally sentir o choque de forma ainda mais intensa. Apesar de estar a viver uma grande paixão, a perda do pai e a pista que ele lhe deixou fazem-na partir em busca da sua verdadeira história.

E é na gelada e belíssima Noruega que Ally descobre que o seu passado está ligado ao de uma jovem e desconhecida cantora, Anna Landvik, que viveu naquele país há mais de cem anos, onde participou na estreia de uma famosíssima obra do grande compositor Edvard Grieg. Quanto mais sabe sobre a vida de Anna, mais dúvidas Ally tem sobre quem era realmente o seu pai adotivo. E subsiste a maior das dúvidas: que razão há para a sétima das irmãs estar desaparecida?


Opinião:

Para começar, posso dizer que adorei este segundo volume da saga As Sete Irmãs de Lucinda Riley. Se já tinha gostado do primeiro, este superou as minhas expectativas, enchendo-me completamente as medidas.

Neste livro acompanhamos a segunda irmã – Ally D’Aplièse -, nomeadamente os eventos que decorreram antes, durante e depois da morte do pai – Pa Salt. E a cada virar de página, torna-se impossível não empatizar com a personagem principal e de torcer por ela. 

Esta é daquelas obras em que é bom partir para ela sem ler a sinopse ou sem saber muito sobre a mesma, para que possamos sentir todas as descobertas em primeira mão como se estivéssemos lá. E, por isso, não tenho intenções de diminuir o prazer da leitura a nenhum leitor. Posso apenas acrescentar à sinopse que podemos encontrar a presença constante de música, não fosse Edvard Grieg um compositor famoso; e da Segunda Guerra Mundial, que infelizmente alcançou todos de diversas formas, nomeadamente os mais inocentes.

Neste livro, a autora leva-nos até à Noruega, e apresenta-nos personagens ainda mais maravilhosas do que no primeiro volume. E desta vez o meu coração foi alcançado quer pelas personagens do presente, quer pelas personagens do passado.

Trata-se de uma leitura envolvente e que aconchega qualquer coração, uma obra sobre perda, sobre o amor, e sobre segundas oportunidades. A Irmã da Sombra já se encontra em pré-venda, e por cá, estamos ansiosos por ela 😊.

Deixo por fim o meu agradecimento ao Grupo Editorial Presença pela cedência do exemplar para divulgação, leitura e opinião.


🌟🌟🌟🌟🌟


Podem consultar a opinião do primeiro volume - As Sete Irmãs - aqui.


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sexta-feira, 12 de julho de 2024

Opinião “Gallant”, V . E. Schwab

Sinopse:

Gallant segue o percurso de Olivia Prior, uma jovem que cresceu na Escola Merilance para raparigas, apegada ao único elo com seu passado - o diário da mãe. Aparentemente, o diário leva-a por caminhos pouco claros, mas quando recebe uma carta a convidá-la para ir a Gallant, Olivia fica surpresa ao descobrir que ninguém estava à espera dela.

A casa está repleta de segredos, incluindo ghouls, que assombram os corredores, e o seu primo, o hostil Matthew. Mas Olivia está determinada a descobrir os segredos de Gallant, o que a leva a deparar-se com uma parede em ruínas no momento certo, e a descobrir um lugar que é Gallant, mas não é. Em vez da casa à qual ela cresceu apegada, é uma mansão em ruínas habitada por ghouls e por uma figura misteriosa que tudo governa. Isso leva Olivia a descobrir segredos sobre a história da sua família e as origens do pai? Mas será que ela vai assumir o seu dever de Prior, protegendo nosso mundo contra o Mestre da Casa? Ou irá ocupar o seu lugar ao lado dele?

A história tece um conto sobre o lugar onde o mundo encontra a sua sombra e uma mulher é atraída pelos dois lados.


Opinião:

Já há algum tempo que pretendia ler algo de V. E. Schwab e, finalmente, enveredei numa leitura desta autora. Apesar de ser o livro menos bem cotado da autora no Goodreads, foi o vencedor na categoria de “Best Young Adult Fantasy & Science Fiction (2022)” e sendo standalone optei por começar por Gallant.

Gallant relata a história de uma jovem órfã que cresceu numa escola para raparigas e que consegue ver espetros. Depois de receber uma carta de um familiar muda-se para a casa da família Prior – Gallant. Aqui tenta desvendar os mistérios do seu passado, pois ela achava que não tinha família. Mas Gallant não é uma casa qualquer.

Tal como seria de esperar de um livro direcionado mais para o jovem adulto, a escrita é simples e fluída, e o mistério também nos faz avançar rapidamente na leitura. Apesar de ter apreciado a leitura e a narrativa, não posso dizer que me tivesse cativado particularmente. Trata-se de uma história com poucas personagens, mas que poderiam ter sido melhor desenvolvidas. Ao não criar empatia com nenhuma delas, penso que não consegui aproveitar ao máximo a história.

Apesar deste primeiro encontro com as histórias de V. E. Schwab não ter sido o esperado, certamente voltarei a ler mais coisas da autora.


🌟🌟🌟



Para mais informações consulta o site da Almedina aqui.

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quarta-feira, 10 de julho de 2024

Opinião “Os Armários Vazios”, Annie Ernaux

Sinopse:

Esta é uma história de rutura social. Denise Lesur tem vinte anos e é a primeira da sua família a frequentar o ensino superior. Os pais, proletários e com escassa instrução, pouco têm que ver com os burgueses, educados e com acesso à cultura, a que ela está prestes a juntar-se. Sozinha no dormitório, enquanto recupera de um evento doloroso, Denise reflete sobre o seu crescimento, todos os sacrifícios feitos pelos pais, a estranheza cada vez maior em relação às suas origens e a raiva que transporta por se ver marcada pelo fracasso. Os Armários Vazios foi o primeiro romance publicado por Annie Ernaux, em 1974, e nele surgem já as sementes daqueles que serão os grandes temas da sua obra – o choque de classes, a condição da mulher, o trauma –, num questionamento tenaz da identidade.


Opinião:

Com o pequeno Tomás, o tempo para ler e escrever está sem dúvida mais reduzido e, por isso, esta opinião ficou um pouco pendente.

No geral, gosto de ler as obras de autores que alcançaram o Prémio Nobel da Literatura e, por isso, não poderia deixar de ler Annie Ernaux. Talvez não tenha começado pela sua melhor obra, nem pela mais conhecida. No entanto, diz-nos a sinopse que este foi o seu primeiro romance publicado, e que nele surgem as sementes daqueles que serão os grandes temas da sua obra.

O livro é quase um diário da autora acerca da sua vida, englobando vários temas, mas sobretudo reforçando o quanto desprezava os seus pais que, apesar de viverem de forma relativamente precária, tentaram dar-lhe tudo. Também a diferença social entre os pais e o colégio onde estudou ocupam grande plano. Deixo aqui um excerto que traduz esta diferença:


“Nem sequer era a mesma língua (...) Existe um mundo entre elas (...) É pior que uma língua estrangeira (...) Neste caso, eu percebia quase tudo o que a professora dizia, mas não teria sido capaz de usar aquelas palavras por mim própria, os meus pais também não, a prova é que eu nunca as tinha ouvido em casa.”


Confesso que o livro não me conquistou, no entanto, vou dar outra oportunidade a outras obras da autora. Apesar de tudo, a escrita visceral é diferente, e acaba por dar uma dimensão ainda maior a tudo o que a autora aborda. Independentemente de empatizarmos ou não com a autora, a verdade é que a sua honestidade e o tipo de escrita trazem ao de cima temas e problemas que nem sempre são expostos desta forma dura e crua.

Por fim, deixo o meu agradecimento à Porto Editora pela cedência do exemplar para divulgação, leitura e opinião.


🌟🌟🌟



Para mais informações consulta o site do Grupo Porto Editora aqui.

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quarta-feira, 3 de julho de 2024

Opinião “O mestre de Dachau”, Sarah Freety

Sinopse:

Um romance histórico apaixonante e único.

As figuras de porcelana branca da fábrica Allach tornaram-se um símbolo do Terceiro Reich.

No entanto, eram produzidas pelos prisioneiros dos campos de concentração.

Este romance revela a grande farsa do regime nazi e testemunha a importância da arte nos regimes mais sombrios e, simultaneamente, o seu papel revelador.


Opinião:

Devagar devagarinho vou lendo cada vez mais livros sobre a Segunda Guerra Mundial. No entanto, as minhas escolhas têm recaído sobre as obras menos pesadas sobre o tema.

Quando li a sinopse fiquei com muita curiosidade nesta leitura, e o livro cumpriu o seu propósito, não tendo defraudado as minhas expectativas.

A narrativa desenrola-se essencialmente em torno de Betina e Max (judeu), e do romance entre os dois. Perante o clima de guerra que se vivia, estas duas personagens tentam fugir tarde demais, sendo Max apanhado e levado para os campos de concentração, deixando Betina grávida.

Perante a situação, Betina faz de tudo não só para garantir a sua sobrevivência e a da sua filha, como também para tentar salvar Max do terrível destino nos campos de concentração. Max é destacado para uma fábrica de porcelana, e através da arte, como nos diz a sinopse, revela-se a grande farsa do regime nazi.

Pouco mais posso dizer sem revelar demasiado, mas espero que fiquem com vontade de conhecer a história de Betina e Max, onde o amor e a esperança perduram até ao fim.

Assim, posso dizer que gostei bastante desta obra. Permite aos leitores mais sensíveis a leitura de temas perturbadores como este, para que nunca esqueçamos o quão terrível foi a segunda guerra mundial.


🌟🌟🌟🌟



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