quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Opinião "Não devias ter vindo", Jeneva Rose

Sinopse

Podem ler a sinopse aqui.



Opinião 

Começo por agradecer à Saída de Emergência pela cedência de um exemplar de Não devias ter vindo, de Jeneva Rose.
Este livro é apresentado ao leitor como um thriller, mas tal como já havia reparado noutras reviews, é um thriller muito sui generis que nos deixa intrigados à medida que vamos avançando na leitura e nos vimos imergidos num romance escaldante e inusitado.

Grace Evans procura um escape da sua vida quotidiana e agitada em Nova Iorque, e escolhe um rancho no meio do nada para tentar encontrar a tranquilidade que tanto procura. A sua escolha recai por um Airbnb cujo dono é o atraente e misterioso Calvin Wells. A partir do primeiro momento a química entre Grace e Calvin é inegável, no entanto, as motivações de cada um vão-se tornando suspeitas à medida que eventos mais ao menos sombrios os vão rodeando e uma ou outra pista são deixadas no subconsciente do leitor.

Este livro é puro entretenimento, a leitura é rápida e viciante e a escrita é facil, a sensação que a narrativa nos transmite é de algum desconforto, uma sensação visceral, o que me agradou bastante e me faz recomendar-vos vivamente esta leitura.

O final embora surpreendente não me surpreendeu na totalidade, não o consegui advinhar em detalhe mas supus um final dentro do sucedido.

Fico ansiosa pelos próximos livros da Jeneva Rose e espero que não demorem a chegar aos leitores portugueses.

🌟🌟🌟

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domingo, 17 de novembro de 2024

Opinião "A Criada", Freida McFadden

Sinopse

Podem ler a sinopse aqui



Opinião

Freida McFadden anda nas bocas do mundo, todos os seus livros são um sucesso e por isso estava na hora de eu comprovar por mim mesma se todo este hype é justificado. E posso dizer-vos que sim! Li A Criada de uma assentada, sem me ter sido possível parar pela ânsia de conhecer o desenrolar da narrativa. Freida escreve de uma maneira que nos deixa com a respiração em suspenso e rodeados de mistério a cada frase, o ambiente criado pela autora vai-se tornando cada vez mais denso, como se a cada página começássemos a ver tudo em funil e fossemos submergidos numa vertigem avassaladora.

Em A Criada, conhecemos Millie uma jovem com um passado conturbado, mas que tenta refazer a sua vida conseguindo emprego como empregada interna na casa dos Winchesters. O emprego idílico rapidamente se torna num castigo insuportável, Millie tem de dormir num sótão claustrofóbico, aturar a sua patroa Nina e as suas excentricidades e ainda ser babysitter da irritante Cellie. Apenas o marido de Nina aparenta ser uma pessoa normal.

Mas a máxima deste livro é sem dúvida 'nem tudo é o que parece' e quando a reviravolta nos atinge temos mesmo de segurar o queixo!
Super aconselho este thriller doméstico, uma das melhores leituras deste ano!

🌟🌟🌟🌟🌟

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domingo, 10 de novembro de 2024

Opinião “Ceifador”, Neal Shusterman

Sinopse:

Primeiro mandamento: matarás.

A Humanidade conquistou todas as barreiras... até mesmo a morte. Agora, os Ceifadores são os únicos que podem pôr fim a uma vida, e é-lhes ordenado que o façam, a fim de manter o crescimento da população sob controlo.

Citra e Rowan são escolhidos como aprendizes de Ceifador — um cargo que nenhum deles quer, mas que terão de desempenhar para não perderem a sua própria vida. Porém, algo corre terrivelmente mal, e Citra e Rowan veem-se um contra o outro, num jogo perigoso em que só um pode ganhar.

Ceifador é o primeiro livro de uma emocionante série do autor vencedor do National Book Award, Neal Shusterman, na qual Citra e Rowan aprendem que um mundo perfeito só existe quando se paga um preço muito elevado.

Opinião:

Ceifador é uma distopia imaginada por Neal Shusterman que se passa no futuro, onde a humanidade conseguiu evoluir de forma às pessoas não morrerem. No entanto, isto origina um problema de sobrepopulação. Para evitar este problema foi criada a Ceifa. Aqui, os ceifadores são responsáveis por colher as pessoas, de forma a manter o planeta sustentável.

O autor usa humor negro na sua prosa, o que torna a abordagem destes temas engraçados. Tem uma escrita simples e é muito fácil criar empatia quer com as personagens principais, nomeadamente Citra e Rowan, bem como com as personagens secundárias, como os ceifadores Faraday e Curie.

Rowan foi a personagem que mais me cativou. É uma personagem que apesar de ser simples no início da história, torna-se complexa devido aos seus dilemas e pelas várias situações que tem que enfrentar.

Gostei muito de ler Ceifador e estou muito curioso com os desenvolvimentos que me esperam em Tempestade.

🌟🌟🌟🌟🌟


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sábado, 9 de novembro de 2024

Opinião “Cadente”, Mário Rufino

Sinopse:

Esta é a história da luta contra a culpa – e contra a dor, o esquecimento e a morte. É a história da luta contra a doença de Alzheimer.

A avó é forçada a cuidar do neto, quase adolescente, quando a mãe lho entrega. Depois de ter sofrido durante a revolução (por estar «no lado errado da história»), de perder tudo e de regressar à vida, tem de cuidar de um neto que mal conhece. Quando ele entra na adolescência e na droga, ela procura um emprego duro para conseguir pagar as contas.

Até que a doença muda tudo - é lenta, mas imparável. Ela precisa de cada vez mais cuidados; ele quer começar uma vida nova, mas vai percebendo que morre um pouco de cada vez que a avó se esquece das suas histórias e do seu nome. Para se resgatar, tem de lidar com o passado e com a sua própria culpa. Mais do que isso: tem de aprender a olhar para ela, ouvi-la e guardar as memórias para a salvar do esquecimento.


Opinião:

Foram várias as vezes que me sentei em frente ao computador para tentar escrever esta opinião, mas fui sempre interrompida por algo ou alguém. Os dias foram passando, mas a marca que a obra me deixou enquanto leitora ainda cá está.

Para começar posso dizer que apesar do tamanho pequenino, esta foi para mim uma leitura que tocou naquelas zonas mais frágeis do nosso coração, e por isso, deixo os meus parabéns ao autor por dar à Doença de Alzheimer mais uma perspetiva na primeira e na terceira pessoa 😊.

Considero que não se trata de uma obra para qualquer leitor nem mesmo para qualquer idade. Não é que seja uma obra complicada ou de difícil interpretação, pelo contrário, a escrita do autor é simples e capaz de nos transportar para o interior do livro sem o mínimo esforço. Mas o tema que este nos traz penso que poderá não alcançar da mesma forma o leitor mais jovem.

Falando do livro propriamente dito, esta podia ser a história de qualquer um de nós: a história de uma avó, de um filho, de um neto; a história que alguém contou enquanto o esquecimento não ganhou. Se pensarmos bem, todos nós já ouvimos falar de pessoas com este tipo de doenças, no entanto, é muito diferente estar lá, viver e sentir. Adorei a forma como o autor leva o leitor a seu lado, tornando-nos o amigo que acompanha cada palavra sua, porque a história que Mário Rufino nos traz é extremamente intimista, honesta, transparente e até real.

E mais do que continuar a tentar pôr nas minhas palavras o que achei do livro, deixo um excerto que partilhei aquando da leitura, mas que nunca é demais voltar a partilhar.


“Na manhã em que levei a minha avó a enterrar, há muito que ela me tinha morrido. Somente o seu invólucro entrou na terra. Foi vazio de histórias. De um segundo para o outro, até de respirar o corpo se esqueceu. Largado esse hábito, libertou-se de tudo.

Morri eu primeiro, morreu o seu filho, morreram as pessoas e os lugares e as palavras. Morremos nós, antes dela. Morremos nas conversas e num momento único e em queda, sem amparo. Viver até tarde tem um custo elevado: vemos desaparecer a família, amigos, conhecidos, até que o círculo se fecha.

O último a morrer será o último a lembrar e a esquecer. Tinha esta certeza até ver uma doença desfazer a sua memória. Ela era apenas um bebé velho com o tempo marcado na pele e o hálito da morte em cada movimento e em cada nome esquecido. A vida foi-se esfiapando e com isso desapareceu quem lhe ocupou a infância, a juventude e os anos antes da extremidade da vida. Desapareceram um a um, com drama, sem drama, de doença, por acidente, apagados linha a linha. Somos feitos de histórias e desaparecemos se não há ninguém para as contar.”


Por fim, deixo o meu agradecimento à Quetzal Editores pela cedência deste exemplar para divulgação, leitura e opinião.

🌟🌟🌟🌟



Para mais informações consulta o site da Quetzal Editores aqui.

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domingo, 3 de novembro de 2024

Opinião “Portugal - A História de uma Nação”, Henry Morse Stephens

Sinopse:

«A nação portuguesa é um produto da sua História: isto dá à História de Portugal um valor eminente». É assim que Henry Morse Stephens, docente da Universidade da Califórnia, começa esta obra notável, que em muito contribui para trazer ao conhecimento comum diversos acontecimentos até agora desconhecidos da História de Portugal.

Abrange a instauração da nacionalidade, a consolidação do território e da independência, atravessa o período heroico dos Descobrimentos e a criação de um império global, as navegações em África, na Índia, no Próximo Oriente e no Brasil, e culmina no período de declínio, que começa na fatídica batalha de Alcácer Quibir e se prolonga mais ou menos até aos nossos dias, iluminado aqui e ali com alguns lampejos de uma glória fugaz.

Na primeira fase, aliou-se uma força combatente a uma sabedoria administrativa e um tato de governo que granjearam o respeito de toda a Europa. Na segunda, a dos Descobrimentos, a visão estratégica dos principais dirigentes do reino e o insuperável heroísmo dos navegadores trouxeram glória e poder à alma lusa. Finalmente, com a perda da independência e as respetivas consequências, Portugal entra na fase mais negra da sua História.

Este é um livro essencial para entender o contexto e os acontecimentos que conferiram ao reino uma individualidade e uma existência nacionais de que justamente se orgulha e para vislumbrar como conseguiu um país tão pequeno erguer o primeiro império global da História.

Opinião:

Portugal: A História de uma Nação, relata os principais acontecimentos da história de Portugal, desde um pouco antes da sua fundação até ao final da era da monarquia.

Trata-se de um livro um pouco maçador de ler, pois a narrativa retrata com muito pormenor as personalidades que se destacaram ao longo de quase 9 séculos de história. No entanto, é sempre interessante conhecer um pouco mais da nossa história, da qual nos podemos orgulhar, pois sendo o reinado com o território mais pequeno da Europa, conseguimos ser pioneiros em muitas coisas, o que nos chegou a tornar a nação mais rica do mundo.

É, por isso, um livro obrigatório para quem quer saber mais sobre Portugal e os feitos impensáveis pelos quais o povo passou desde a sua fundação, passando pela descoberta do caminho marítimo para a Índia e Brasil, bem como as provações aquando do reinado Filipino e a sua independência.

🌟🌟🌟


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segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Opinião "Pedrito Coelho - A Caça ao Tesouro na Floresta", Beatrix Potter

Sinopse:

O Pedrito e as irmãs estão com muita vontade de ir brincar fora da toca, mas uma tempestade levou os seus brinquedos pelos ares! Será que conseguem encontrar tudo o que se perdeu? Junta-te ao Pedrito e às suas irmãs nesta doce aventura, com muitas abas para levantar!


Opinião:

E as aventuras do Pedrito Coelho não podem faltar cá em casa! Por isso, enveredamos na caça ao tesouro com o Pedrito e a sua família.

Apesar de ainda ser um livro complexo para o nosso pequeno Tomás, trata-se de uma história engraçada, onde podemos acompanhar o Pedrito e as irmãs à procura de tudo o que a tempestade levou.

Com as várias abas dispersas ao longo das páginas vamos encontrando as cordas de saltar, o lenço de assoar, entre outros objetos perdidos!

E vocês? Já conhecem O Mundo do Pedrito Coelho?

🌟🌟🌟🌟


Espreita um pouco do interior deste livro, que nos foi gentilmente cedido pela Bertrand Editora.








Para mais informações consulta o site da Bertrand Editora aqui.


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terça-feira, 8 de outubro de 2024

Entre Palavras II


 Talvez seja a única pessoa sem fotografias para mostrar deste maravilhoso evento, mas ficam aqui as minhas palavras:

Em primeiro lugar, agradeço imenso o convite para fazer parte do painel de criadores de conteúdo literário. Ana, não tenho nem terei palavras para agradecer o facto de te teres lembrado deste cantinho e de confiares na nossa participação neste evento. E, se por um lado, tive de receio da minha participação no painel, a verdade é que em momento algum me senti fora do painel, fora da caixa. Apesar de terem sido umas horas de perguntas e respostas sem estarmos a falar entre nós diretamente, a verdade é que nos ficamos a conhecer todos um pouco, e fizemos parte de algo indiscritível. Somos todos diferentes! E, meu deus, como isso é incrível! Por motivos familiares, não tive tempo de ficar a conversar após o painel, e tenho imensa pena disso, mas espero que um dia possa falar convosco de uma forma ainda mais informal e sem microfones! :)

Em segundo lugar, apesar de já teoricamente saber que não há como correr mal um evento de livros, posso dizer que acho incrível aquilo que fazemos, e que é mais do que evidente, independentemente do "sucesso" da plataforma ou página, se é que lhe podemos chamar isso, o gosto que todos temos nesta partilha: a partilha de opiniões literárias, a partilha de opiniões no geral, a partilha de livros, a partilha de palavras e/ou gestos, ou até o simples observar e estar. Passei a manhã a observar! E como foi bom observar também!

E, por fim, deixo também um agradecimento especial aos criadores de conteúdo que assistiram, que me deram aquele olhar de compreensão, empatia, força, e que até interagiram comigo, independentemente de muitos deles provavelmente não conhecerem o blog, a página de instagram e mesmo eu.

Sabemos que estamos no bom caminho quando isto acontece!
Quando os livros nos unem
Quando vemos a humildade e respeito espelhados num evento
Quando vemos o encorajamento
Quando vemos a força dada quando alguém está menos bem
Quando vemos o carinho
Quando vemos a admiração pelo trabalho que todos fazemos, como sabemos e como gostamos, por um bem maior que são, neste caso, os livros

Porque eventos como este sim são o reconhecimento daquilo que fazemos! Não são os números, não são as parcerias, mas sim as marcas que todos levamos para casa neste 5 de Outubro!

O tempo não é muito, mas vamos tentar continuar a fazer aquilo que gostamos. 
E se a vida o permitir, até para o ano :)!

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Opinião "Rama II - (parte 2 de 2)", Arthur C. Clarke e Gentry Lee

Sinopse:

A conclusão de uma obra-prima da ficção científica.

Rama, uma nave misteriosa e alienígena, cruzou o Sistema Solar e maravilhou toda a Humanidade. Ao mesmo tempo, respondeu à pergunta mais antiga e importante de todas, que há milénios desafiava ideologias e religiões: será que o Homem está sozinho no Universo?

É então que, no limiar do século XXIII, uma nova nave, exatamente igual à anterior, se materializa no espaço. No entanto, apesar de muitas maravilhas de Rama terem sido reveladas à Humanidade, a maior parte dos seus mistérios continua por resolver.

Quais serão realmente as intenções de Rama? E quem a enviou? Será um aliado poderoso… ou um inimigo fatal?


Opinião:

Com Rama II (parte 2 de 2) damos por concluído o livro Rama II.

Tal como em Rendez-Vous com Rama, a exploração de uma nave extraterrestre muito evoluída tecnologicamente é o mote para este livro, tornando-os portanto semelhantes, com apenas algumas diferenças no enredo. Neste livro há um pouco mais de segundas intenções por parte dos cosmonautas, e há algumas descobertas mais significativas na nave, bem como um final com um desfecho diferente.

Apesar de achar as explorações interessantes e o enredo razoável, na minha opinião, Rama II não acrescenta muito a Rendez-Vous com Rama, tornando a história um pouco repetitiva. Não se trata de uma má obra, no entanto, o facto de ser semelhante à anterior faz com que a exploração da nave perca um pouco a magia.

Por fim, deixo o meu agradecimento ao Grupo Saída de Emergência pela cedência do exemplar para divulgação, leitura e opinião.

🌟🌟🌟


Para mais informações consulta o site da Saída de Emergência aqui.

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sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Opinião “Ceifador”, Neal Shusterman

Sinopse:

Primeiro mandamento: matarás.

A Humanidade conquistou todas as barreiras... até mesmo a morte. Agora, os Ceifadores são os únicos que podem pôr fim a uma vida, e é-lhes ordenado que o façam, a fim de manter o crescimento da população sob controlo.

Citra e Rowan são escolhidos como aprendizes de Ceifador — um cargo que nenhum deles quer, mas que terão de desempenhar para não perderem a sua própria vida. Porém, algo corre terrivelmente mal, e Citra e Rowan veem-se um contra o outro, num jogo perigoso em que só um pode ganhar.

Ceifador é o primeiro livro de uma emocionante série do autor vencedor do National Book Award, Neal Shusterman, na qual Citra e Rowan aprendem que um mundo perfeito só existe quando se paga um preço muito elevado.


Opinião:

Foi com grande curiosidade que enveredei nesta leitura. E desta vez resolvemos experimentar cá em casa a leitura conjunta 😊, coisa que nunca tínhamos feito.

Já tinha saudades de ler uma distopia, por isso, este livro serviu como uma luva. Achei a premissa em que se baseia deveras interessante. Basta ler a sinopse para ficarmos curiosos: “Primeiro mandamento: matarás”. O autor apresenta-nos uma realidade em que a morte natural ou provocada por qualquer pessoa não existe, e em que apenas os ceifadores podem pôr fim a uma vida. No entanto, eles não só podem, como têm que pôr fim a determinado número de vidas por ano, para manter o crescimento da população sob controlo.

Nesta obra acompanhamos principalmente Citra e Rowan, dois adolescentes, que são escolhidos como noviços do Ceifador Faraday. No entanto, como seria esperar, nem todos os ceifadores possuem a alma mais pura no uso do poder da morte, e quando somos orientados por alguém, esse alguém deixa inevitavelmente uma marca em nós como aprendizes.

Apesar de o tema principal ser a morte, não posso dizer que seja uma leitura pesada. No entanto, isso não significa que seja uma comédia ou uma leitura leve. Penso que o autor conseguiu fazer um equilíbrio brilhante na forma como abordou o tema, não nos deixando para já de coração apertadíssimo, mas não deixando o leitor indiferente às personagens, à morte, e ao ato de matar.

Fiquei indecisa entre as quatro e cinco estrelinhas. Gostei muito do livro, não lhe encontro propriamente uma falha ou algo que faria diferente, mas não posso dizer que me tenha arrebatado completamente. No entanto, trata-se de um livro que recomendo, principalmente para os fãs de distopias ou fantasia.


🌟🌟🌟🌟




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domingo, 25 de agosto de 2024

Opinião “Rama II - (parte 1 de 2)”, Arthur C. Clarke & Gentry Lee

Sinopse:

O regresso de Rama.

Em 2130, Rama, uma enorme e enigmática nave extraterrestre, navegou pelo sistema solar, provando que existia vida noutro local do Universo. Este produto de uma civilização alienígena revelou muitas maravilhas à Humanidade – mas a maior parte dos seus mistérios está ainda por resolver…

Vários anos depois, aproxima-se outra nave da Terra. A cultura e tecnologia de Rama foi analisada, mas ninguém está preparado para o que se encontra a bordo de Rama II: segredos cósmicos que são chocantes, assustadores… e talvez mesmo fatais.

Será que as questões deixadas por Rama poderão ser finalmente respondidas?


Opinião:

Em Rama II – parte 1, temos uma nova nave espacial a passar na nossa galáxia e, desta vez, os humanos estão melhor preparados para conseguirem explorar a nave Ramana. Tudo indica que esta seja exatamente igual à que visitou o nosso sistema solar há cerca de meio século e, por isso, é destacada uma equipa para a exploração desta nova aparição.

No início o livro foca-se mais no que aconteceu em termos sociais e políticos no planeta Terra após os acontecimentos de Rendez-Vous com Rama, o que estava a tornar a leitura menos prazerosa. Mas após estes capítulos iniciais, onde também nos são introduzidos os novos astronautas que irão explorar esta nova nave, o livro torna-se bem mais interessante.

Nesta primeira parte ainda temos pouco de Rama e de ficção científica, o autor foca-se mais nas diversas personagens que exploram esta nova aparição e nos seus interesses pessoais. Quando estes interesses pessoais são postos à frente da segurança da missão, podem acarretar consequências fatais, principalmente quando exploram uma nave tão avançada tecnologicamente.

Sendo a primeira parte de um livro é sempre complicado escrever uma opinião, mas fiquei muito curioso para saber como tudo vai acabar. Voltarei em breve com a segunda parte deste livro.

Por fim quero deixar um agradecimento à Saída de Emergência pela cedência de um exemplar para divulgação, leitura e opinião.

🌟🌟🌟


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sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Opinião "O Conto do Pedrito Coelho", Beatrix Potter

Sinopse:

Era uma vez quatro coelhinhos chamados Flosi, Mopsi, Rabinho-de-Algodão e Pedrito, que vivem com a mãe num belo bosque, próximo de uma grande horta. Apesar do aviso da Senhora Coelha, o Pedrito decide ir até à horta do Senhor Gregório encher a barriguinha com alfaces, feijão e rabanetes. O senhor Gregório avista-o e corre atrás dele para o apanhar! O Pedrito está metido num grande sarilho. Será que consegue escapar? Como? Haverá um esconderijo? Onde está o portão? Neste clássico de Beatrix Potter, o Pedrito salta para a sua primeira aventura e para os corações dos leitores.


Opinião:

Este foi dos primeiros livrinhos que compramos para o nosso pequeno Tomás. Com uma re-edição acabadinha de sair (em Maio deste ano), num formato muito apelativo para os mais pequenos, não resistimos a comprá-lo.

E, apesar de o Tomás ter apenas 5 mesinhos, a verdade é que já ouviu esta história inúmeras vezes! Não é uma história muito pequena, mas a verdade é que conseguimos lê-la sempre até ao fim sem que ele chore ou resmungue :). Assim, é certo que vamos querer ler os restantes livros do Pedrito Coelho.

É verdade que existem inúmeras histórias bonitas e recentes, mas há uma certa beleza quando lemos e reencontramos contos clássicos e intemporais: contos que aparentemente são apenas uma história, sem lição de moral óbvia, mas que, de cada vez que o lemos, nos ensinam algo de novo. Fica na cabeça e no coração o Pedrito e o Sr. Gregório. :) 


🌟🌟🌟🌟🌟

Por fim, deixamos uma pequena amostra desta aventura do Pedrito Coelho:





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quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Opinião "Solo leveling 8", Chugong, DUBU (Redice Studio)

Sinopse:

Chegou o oitavo volume do fenómeno da Manhwa que já tem milhões de leitores em todo o mundo!

Um regresso ao Japão, um novo desafio e… Uma arma secreta.

Seong Jinu regressa a casa, no final do seu raid. Sim, ele tem uma nova capacidade que lhe permite trocar de lugar com uma sombra, esteja ela onde estiver, e o seu objetivo principal nunca mudou desde o início da sua carreira de caçador.

Agora, Seong Jinu pode mesmo voltar para junto da mãe, que, infelizmente, sofre de uma doença que todos, até agora, creem ser incurável. No entanto, assim que chega ao seu país, outros dão conta do seu regresso: Seong Jinu é convidado para um desafio entre caçadores de nível S coreanos e japoneses. Estes últimos parecem estar em vantagem, mas a tentativa de reconquista da Ilha de Jeju pode não correr assim tão bem…

Continua a saga Solo Leveling, que já conquistou milhares de leitores portugueses e que já tem anime e videojogo.



Opinião:

Neste oitavo volume continuamos a seguir as aventuras de Seong Jinu após sair do castelo com novos poderes. Seong finalmente consegue cumprir o seu objetivo de obter o elixir para curar a sua mãe. Será que vai mesmo funcionar?

Neste livro, a narrativa foca-se mais em apresentar-nos todos os caçadores nível S da Coreia e do Japão, antes deles unirem forças e seguirem para a tentativa de reconquista de Jeju. No entanto, há uma grande rivalidade entre os caçadores destes dois países e a entreajuda poderá estar em risco. Os seus objetivos parecem diferir entre eles, e é aí que as coisas podem correr mal.

Trata-se, por isso, de um livro com menos ação do que os anteriores, mas com um enredo com mais conspiração, traição e incertezas.

Certamente que Seong terá uma palavra a dizer no meio disto tudo, depois de neste volume ter uma contribuição mais discreta.


🌟🌟🌟🌟


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quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Pensamento do Dia

“Na manhã em que levei a minha avó a enterrar, há muito que ela me tinha morrido. Somente o seu invólucro entrou na terra. Foi vazio de histórias. De um segundo para o outro, até de respirar o corpo se esqueceu. Largado esse hábito, libertou-se de tudo.

Morri eu primeiro, morreu o seu filho, morreram as pessoas e os lugares e as palavras. Morremos nós, antes dela. Morremos nas conversas e num momento único e em queda, sem amparo. Viver até tarde tem um custo elevado: vemos desaparecer a família, amigos, conhecidos, até que o círculo se fecha.

O último a morrer será o último a lembrar e a esquecer. Tinha esta certeza até ver uma doença desfazer a sua memória. Ela era apenas um bebé velho com o tempo marcado na pele e o hálito da morte em cada movimento e em cada nome esquecido. A vida foi-se esfiapando e com isso desapareceu quem lhe ocupou a infância, a juventude e os anos antes da extremidade da vida. Desapareceram um a um, com drama, sem drama, de doença, por acidente, apagados linha a linha. Somos feitos de histórias e desaparecemos se nõa há ninguém para as contar.”

Mário Rufino, Cadente

quarta-feira, 31 de julho de 2024

Opinião "A Cidade de Bronze", Shannon Chakraborty

Sinopse:

Nas ruas do Cairo do século XVIII, Nahri é uma jovem vigarista de talentos incomparáveis. Por meio de leituras de mãos, de exorcismos e de um misterioso dom de cura, faz dos nobres otomanos o seu principal alvo, num esforço para sobreviver.

Mas quando um dia, durante um dos seus “golpes”, evoca acidentalmente Dara, um misterioso guerreiro jinn, acaba por perceber que até os estratagemas mais inteligentes podem ter consequências fatais.


Opinião:

A Cidade de Bronze acompanha principalmente duas personagens, Nahri, uma jovem com talento para a cura e para enganar pessoas, e Alizayd, um príncipe numa cidade misteriosa. Quando Nahri invoca acidentalmente um jinn – Dara – a vida dela torna-se um constante perigo. Agora, com a ajuda de Dara, tem que se esconder das criaturas que pretendem apanhá-la.

Shannon Chakraborty traz-nos criaturas misteriosas, com um enredo ambientado no Médio Oriente, onde os jinns são as criaturas que queremos conhecer melhor. Descobrir os mistérios da cidade de Daevabad é outro ponto alto do livro.

Trata-se de uma obra de leitura fácil, com mistério e alguma ação, sendo fácil criar empatia com Nahri, Alizayd e o misterioso Dara.

Como não estou muito ambientado ao folclore daquela região do planeta, e o início da leitura não foi tão contínuo e encadeado quanto eu gostaria, confesso que por vezes tive dificuldade em identificar aqueles nomes todos e, por isso, o glossário final deu uma grande ajuda.

A Cidade de Bronze é o primeiro livro que leio da editora Kathartika. Com uma boa tradução e uma capa muito bonita, a editora está de parabéns. Certamente não será o último livro que leio desta editora, pois está quase a chegar o tão desejado livro de Brandon Sanderson. :)


🌟🌟🌟🌟



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terça-feira, 30 de julho de 2024

Opinião "Os Sentimentos Mudam Como... O Rio", Tom Percival

Sinopse:

O Ricardo adora o rio e sabe que ambos têm muito em comum, porque estão sempre a mudar.

Ora se sente leve e feliz, ora lento e triste, ora zangado e rebelde.


Opinião:

Compramos este livro pela capa, num impulso, sem sequer ler o interior antes de o trazer para casa:). Se calhar não devíamos fazer sempre isso, mas posso dizer que desta vez correu bem!

Se a capa já era bonita, o interior não lhe fica nada atrás; quer no que diz respeito às ilustrações, quer no que diz respeito à mensagem que transmite! E, apesar de o Tomás ser ainda muito pequenino, ouviu-me três vezes a ler esta história hoje :) e acompanhou à sua maneira as ilustrações.

Depois desta leitura fiquei com vontade de adquirir os restantes livros publicados pela Jacarandá de Tom Percival. O que mais dizer? Trata-se de um livro com ilustrações maravilhosas, mensagem muito bonita e, acima de tudo, essencial para os pequenos leitores que um dia se tornarão grandes.


🌟🌟🌟🌟🌟

Deixamos-te aqui uma pequena amostra:

 

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